O processo de internacionalização da Educação Superior (ES) apresenta cada vez mais centralidade na dinâmica de desenvolvimento desse setor e se expressa em diversas respostas por meio das quais os sistemas e as instituições tentam fazer frente aos desafios da globalização e da regionalização. Embora a internacionalização não se reduza ao fenômeno da mobilidade estudantil, esta tem sido uma das formas mais visíveis e impactantes. Esse artigo tem como objetivo descrever e interpretar tendências da mobilidade internacional de estudantes da ES e analisar essas tendências de mobilidade entre regiões globais e na sua relação com o Brasil. Para atingir o objetivo, fizemos revisão da literatura especializada, de documentos de políticas e institucionais, assim como bases de dados estatísticos internacionais. Ao discutir, o artigo justifica que os mecanismos de mobilidade criados são inconsistentes, resultando muitas vezes na transferência de recursos financeiros significativos dos países em desenvolvimento para os países desenvolvidos.
O estudo aqui registrado envolveu docentes brasileiros que realizaram suas práticas docentes em Instituições de Educação Superior africanas. Os docentes responderam a questionários com perguntas abertas, enviados por correio eletrônico. Três professores exerceram a docência em Angola; e uma professora, em Moçambique. O objetivo da pesquisa procurou compreender o quão significativa esta experiência foi para os docentes que dela participaram e quais os desafios e as possíveis tensões vividas por eles nesse processo de ensinar e aprender em solo africano. Os docentes estiveram atentos ao sentimento altruísta em relação aos estudantes africanos, ao processo de colonização, aos impactos relativos à infraestrutura, entre outros desafios.
O texto aborda as questões relacionadas à educação superior, incluindo os desafios para a definição de critérios de qualidade, no contexto brasileiro. A demanda populacional por oportunidades educacionais vem provocando movimentos e mudanças em todos os níveis educativos. Se a expansão das matrículas se constitui numa importante ação política em prol da inclusão, o mesmo acontece com necessidade de rever as práticas pedagógicas tradicionais, pois elas são portadoras das concepções valorativas e ideológicas do campo educacional. Na emergência de provocar inovações, compreendemos que elas representam uma ruptura com a forma tradicional de ensinar e aprender; envolvem a gestão participativa, a reconfiguração dos saberes e a reorganização da relação teoria/prática, incorporando a dimensão de processo, que explicitaria a dimensão da qualidade da educação superior.
ResumoO texto apresenta relato de uma pesquisa que teve como foco investigar a internacionalização promovida pelos programas de mobilidade estudantil. Considerando a internacionalização um dos aspectos em que a universidade brasileira teve um bom protagonismo nos últimos anos, o texto analisa experiências de estudantes brasileiros que estudaram em outros países e de estudantes africanos que estudaram em Instituições de Educação Superior no sul do Brasil. Serão apresentados apenas dois focos entre os vários pesquisados pelo projeto: a) as motivações que levaram os estudantes a estudar fora do país; b) as dificuldades e desafios encontrados pelos estudantes. O contexto pesquisado foram três Instituições localizadas no sul do Brasil, duas no estado de Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul. Participaram da pesquisa 210 intercambistas, sendo 103 estudantes brasileiros que fizeram intercâmbio em Instituições estrangeiras e 107 estudantes africanos que estudaram em IES do sul do Brasil. O texto está trabalhado em unidades de análise, sendo as motivações a primeira unidade de análise, dividida em duas categorias: a) aproximação da linguagem materna e a imersão cultural; b) formação acadêmica. Quanto às dificuldades, foram observadas também duas categorias: a) o sentimento de distanciamento e b) a discriminação social. Em relação aos desafios identificou-se questões voltadas para os processos de ensinar e aprender nas IES. Palavras-chave: Educação superior. Internacionalização. Mobilidade estudantil. AbstractThis research has the internationalization as investigating theme and intend to understand how the mobility experience is seen by the student. As the mobility is one of the main aspects in which the Brazilian university had in recent years a major role, the text analyzes the Brazilian students' opinions about the experience of studying in other countries and the African students' opinion who studied in higher education institutions in southern Brazil. We chose to present in this text only two foci among several surveyed by the project: a) the motivations that led students to study abroad; b) the difficulties and challenges encountered by students. The researched context were three Higher education Institutions located in southern Brazil, two in the state of Santa Catarina and one in Rio Grande do Sul. The research participants were 205 exchange students, including 103 Brazilian students, who did exchange in foreign institutions and 102 African students. Regarding to the first analysis unit-the motivations-, there are two categories: a) approach the mother language and cultural immersion; and b) academic training. The difficulties also stand out two categories: a) the sense of detachment and b) social discrimination. Regarding the challenges, the project identifies issues facing the processes of teaching and learning in HEIs.
O Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável para a Educação (ODS4) representa um desafio para os países do sul-global, em especial, as metas para a Educação Superior (ES) de Qualidade. Como objetivo quer cotejar os encaminhamentos realizados na Angola e no Brasil para realizar as metas propostas no ODS4, em especial a Educação Superior de Qualidade. A pesquisa qualitativa, de cunho interpretativo, tem como contexto a ES da Angola e do Brasil (países do sul global). O método da Análise Documental, tomou a Declaração de Incheón, a Agenda 2030, o Censo da Educação Superior (INEP, 2019), para o Brasil, e do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a Angola, como informantes dos encaminhamentos nos dois países. A Análise de Conteúdo de Bardin (1977) auxiliou na interpretação dos achados. O resultado evidenciou que ambos países adequaram seus Planos de Desenvolvimento Educativo, no entanto seguem com os encaminhamentos realizados antes das Metas estabelecidas nos ODS4, justificando os avanços já realizados, mas efetivamente não ampliando seu investimento após orientações da UNESCO.
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