Introdução: A função imune é geralmente suprimida por procedimentos cirúrgicos de grande porte e pela desnutrição proteico-energética. A imunomodulação se torna uma opção de terapêutica para pacientes com câncer submetidos a cirurgias, reduzindo complicações infecciosas no pós-operatório e tempo de internação hospitalar. Objetivo: Avaliar o impacto do uso de dieta imunomoduladora em pacientes com câncer colorretal submetidos a cirurgias eletivas com abreviação de jejum pré-operatório. Método: Foi realizada uma coorte de dados retrospectivos com pacientes com câncer colorretal submetidos à cirurgia no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, em 2013. A amostra foi dividida em grupo 1 - pacientes que realizaram abreviação de jejum pré-operatório e receberam suplementação nutricional com dieta imunomoduladora no pré-operatório (n=20); e grupo 2 - pacientes que realizaram apenas a abreviação de jejum pré-operatório (n=30). Foram coletados dados de identificação do paciente, clínicos e cirúrgicos dos prontuários. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa SPSS, 17.0. Resultados: A amostra foi composta por 50 pacientes, submetidos à ressecção anterior do reto, com idade média de 61,9 anos ±13,8 anos, sendo 52% do sexo masculino. O sítio tumoral mais prevalente foi o reto (44%). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em relação às características nutricionais, clínicas e cirúrgicas, aos exames bioquímicos (pré e pós-operatórios), às intercorrências gastrointestinais, à ocorrência de complicações no pós-operatório e à permanência hospitalar. Conclusão: Nas condições estudadas, a imunomodulação no pré-operatório não contribuiu para redução de complicações pós-operatórias, da incidência de intercorrências gastrointestinais e do tempo de internação hospitalar.
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