IntroduçãoMaio de 2005. Cheguei à favela de Bela Vista 1 mais tarde do que o usual; eram cerca de duas horas da tarde. Após estacionar no pé do morro, contemplei a possibilidade de subir de Kombi. Mas, além de ter perdido a hora do rush das crianças voltando do turno matutino da escola -o que implicaria uma longa espera para a Kombi enchergostava mesmo de subir a pé. Tomei o caminho do principal beco de acesso à Bela Vista. Este conduz o pedestre por um caminho tortuoso que
O crescente uso do crack no Brasil-que desperta várias inquietações, com tentativas de compreensão, diagnóstico e ação que abrangem diversos campos do saber-envolve uma faceta recorrente: a visibilidade de tais práticas em espaços públicos de diversas cidades brasileiras. 1 Inicialmente assim nomeada em São Paulo, a chamada cracolândia 2 tem se tornado um termo generalizado (e em certas cidades, já usado no plural), o que exige uma significativa atenção quanto à sua polissemia. Isso ocorre, guardadas as proporções no tempo e no espaço, com outros termos já consagrados nas ciências sociais, como favela ou periferia, que remetem a conjunções de espacialidades, processos de longa duração, representações, relações e narrativas que exigem recortes e delimitações constantes para o devido enfrentamento de um possível excesso de significados (
Across urban studies there is an increasing preoccupation with the forms of articulation that link a multiplicity of cities across a region often known as the 'Global South'. How do cities such as Jakarta, São Paolo, Dakar, Lagos, Mumbai, Hanoi, Beirut, Dubai, Karachi, for example, take note of each other and engage in various transactions with each other in ways that are only weakly mediated by the currently predominant notions of urbanism? What might be the lines of connection and how do different cities recognize and experience the textures of their different histories and characters? Six urbanists are assembled here to write in conversation with each other as a way to embody possible collaborative lines of inquiring about these issues. Copyright (c) 2009 The Authors. Journal Compilation (c) 2009 Joint Editors and Blackwell Publishing Ltd.
Resumo O artigo reúne e divulga pela pela primeira o texto da conferência inédita proferida em 1968 por Anthony Leeds no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, acompanhado de comentário de Mariana Cavalcanti. Nela, Leeds aborda de modo inovador o tema dos investimentos em infraestrutura e dos capitais que circulavam nas favelas cariocas ao criticar a visão então hegemônica da favela como um problema, discutindo essa alternativa de localidade de moradia a partir da agência dos trabalhadores urbanos e como um projeto de vida nas cidades diante de uma situação de profunda desigualdade. A vida cotidiana constitui o ponto de partida para Leeds construir um modelo de análise que dê conta dos processos pelos quais favela e cidade se coproduzem. O texto prefigura ainda debates posteriores do autor sobre o uso da etnografia multissituada e a desmistificação da teoria da marginalidade e da cultura da pobreza.
O artigo constrói a breve trajetória do programa Morar Carioca, lançado pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 2010 com o objetivo de urbanizar todas as favelas da cidade até 2020. A narrativa se desenrola a partir da experiência e dos dados coletados em campo ao longo dos seis meses em que fui responsável pelo componente “social” do trabalho do escritório Corcovado Arquitetura e Design, no dito “agrupamento 26”, formado por 8 favelas localizadas nas proximidades de onde se encontram em construção alguns dos principais equipamentos destinados as Olimpiadas de 2016.
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