RESUMOIntrodução: A Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ) é uma epilepsia idiopática generalizada, que, apesar de descrita há mais de um século, é uma entidade clínica ainda subdiagnosticada. Objetivo: Apresentar o perfil clínico, epidemiológico e terapêutico de pacientes com EMJ, além de mensurar a qualidade de vida destes. Metodologia: Foram avaliados dezenove pacientes com EMJ, acompanhados no Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas, com o Protocolo de Consulta Clínica e o QOLIE-31 (Quality of life in epilepsy), versão brasileira. Resultados: O estudo mostrou que dentre os 19 pacientes selecionados, 12 (63%) eram do sexo feminino; a idade de início das crises epiléticas teve média de 12 anos (±3); a história familiar para epilepsia foi positiva 78,9% dos entrevistados; todos apresentavam crises mioclônicas de predomínio matinal associadas a crises tônico-clônicas generalizadas; 14 pacientes (73,7%) estavam em monoterapia, sendo 13 com o ácido valpróico. A "Pontuação Global" (Overall score) do QOLIE-31 variou de 26 a 98, com média de 62,1 (±18,4) e T-score (escore padronizado) corresponde a 47. Conclusão: A análise dos resultados auxilia sobremaneira na melhor caracterização deste grupo de pacientes, além de quantificar através de instrumento validado, pela primeira vez, a qualidade de vida destes, a qual não pode mais ser ignorada no seu manejo.Unitermos: Epilepsia mioclônica juvenil, qualidade de vida, QOLIE-31. ABSTRACTJuvenile myoclonic epilepsy: a clinical, epidemiological, therapeutic and quality of life study Introduction: The Juvenile Myoclonic Epilepsy (JME) is an idiopathic generalized epilepsy that, despite being descripted for more than a century, it is still a clinical entity often misdiagnosed. Objective: Introduce the clinical, epidemiological and therapeutic profile of patients with JME, addition to measuring the quality of their life. Methodology: Nineteen patients carrying JME were evaluated. They had been examinated at the Federal University of Alagoas' Academic Hospital, with the Clinical Enquiry Protocol and the QOLIE-31 (Quality of life in epilepsy), Brasilian version. Results: Among the 19 selected patients, 63% were female; the average age for the first seizure was twelve years (±3); the epilepsy familiar history were positive in 78,9% of the patients; all patients presented myoclonic seizures with matinal predominance associated to generalized tonic-clonic seizures; 14 patients (73,7%) were in monotherapy, 13 of these with sodium valproate. The "Overall score" of QOLIE-31 range from 26 to 98, with an average score of 62,1 (±18,4) and T-score (standardized score) corresponding 47. Conclusion: The analysis helps considerably in the best characterization of this group of patients and quantifies for the first time, through validated instrument, the quality of life of them, which can no longer be ignored in their management.
Objetivo: Avaliar o desenvolvimento da cefaleia por uso excessivo de medicamentos (CEM) nos discentes de medicina, bem como determinar os possíveis gatilhos. Métodos: Pesquisa quantitativa, do tipo exploratória, utilizando um questionário aplicado aos discentes de medicina de um centro universitário. Resultados: Participaram da pesquisa 240 discentes de medicina, 23,50% (n=43) preenchendo os critérios para cefaleia crônica. Destes, 26 (60,47%) apresentam critérios para CEM. A prevalência de cefaleia crônica foi uma variável dependente do consumo de analgésicos simples (p<0,0001), analgésicos combinados (p < 0,0001), ergots (p < 0,0001) e triptanos (p=0,0450). Dos gatilhos investigados, 51,25% dos discentes referiram não ter uma qualidade do sono excelente e 37,92% associaram ao período de provas/apresentação de trabalhos (p<0,0001). Apenas 10,83% se consideraram etilistas e 1,67%, tabagistas. Dentre os fatores protetores, apenas 23,26% realizavam terapia não medicamentosa (acupuntura, compressa gelada) e 51,16% praticavam atividade física regularmente. Conclusão: Os achados do estudo alertam as comunidades científicas sobre os riscos da CEM entre os discentes de medicina. Práticas de conscientização e estratégias pedagógicas devem ser instituídas em todas a m s instituições de ensino superior a fim de minimizar os prejuízos acadêmicos.
Resumo: Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais enfatizam que os currículos médicos devem se basear nas necessidades de saúde da população. Por entender que a cefaleia é um problema de saúde pública, ela deve estar entre as competências exigidas para a atuação profissional em nível da atenção primária. Assim, a avaliação do ensino das cefaleias na graduação de Medicina é fundamental. O objetivo do trabalho é apresentar uma metodologia inovadora de avaliação que utiliza vídeo com personagens virtuais para avaliar o conhecimento dos estudantes de Medicina sobre as cefaleias. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, quantitativa, em que o conhecimento dos internos de Medicina de uma universidade pública federal foi avaliado por meio de casos clínicos com pacientes virtuais. Os dados foram analisados de acordo com as categorias a priori: 1. diagnóstico da cefaleia, 2. tratamento agudo da cefaleia, 3. tratamento profilático da cefaleia e 4. necessidade de exames complementares ou avaliação com especialista. Resultados: Dentre os 155 estudantes matriculados no internato, 31 participaram da pesquisa. A análise mostrou que apenas 16,13% identificaram a enxaqueca crônica, 93,55% reconheceram os sinais de alarme para a cefaleia secundária e 96,77% diagnosticaram a cefaleia tensional. No tratamento da fase aguda da enxaqueca, as classes mais prescritas foram os anti-inflamatórios e analgésicos simples. No caso da cefaleia secundária, de etiologia infecciosa, a maioria (69,56%) prescreveu antibioticoterapia empírica. Com relação à terapia profilática, 87,09% a indicaram na enxaqueca e apenas 29,03%, na cefaleia tensional. Na indicação de exames complementares, 77,42% não a consideraram adequada na enxaqueca, enquanto 77,42% indicaram o estudo do líquido cefalorraquidiano na cefaleia secundária. A maioria dos estudantes solicitou parecer da neurologia para a cefaleia secundária e não o solicitaram na cefaleia tensional. A ferramenta avaliativa foi eficaz na avaliação do conhecimento sobre cefaleia. A utilização de vídeos com pacientes virtuais é uma ferramenta útil na avaliação do conhecimento sobre cefaleias. Conclusões: Os resultados obtidos permitem concluir que existem lacunas no diagnóstico e manejo das cefaleias durante a graduação de Medicina da universidade estudada, e, por isso, é imperativa a definição de uma matriz de competências mínimas para o ensino, no Brasil, da cefaleia na graduação de Medicina.
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