Resumo Objetivou-se mapear estudos científicos sobre follow-up de prematuros na área da psicologia. Buscou-se no portal BVS artigos empíricos publicados até dezembro de 2017 pelos descritores prematur* AND follow up AND child AND psychology. A partir dos critérios adotados, analisou-se 48 artigos, nas categorias: faixa etária em que os prematuros foram avaliados; objetivos do estudo; tipo de avaliação realizada; e resultados encontrados. Destaca-se que a metade realizou o follow-up entre o nascimento e a adolescência, a maioria investigou o desenvolvimento neuropsicológico e encontrou associações entre a prematuridade, déficits cognitivos e psicológicos. Compreende-se que os estudos priorizam as repercussões no desenvolvimento de habilidades e competências, dando pouca atenção aos aspectos psíquicos e às interações criança-pais-ambiente.
O número de nascidos prematuros está crescendo, porém, avanços tecnológicos e dos serviços prestados nas Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal (UTINs) vêm permitindo a sobrevivência desses bebês. Em contrapartida, estudos apontam problemas no desenvolvimento das crianças, e a intervenção precoce surge como uma possibilidade de prevenir a instalação de psicopatologias futuras. Diante disso, este artigo descreve uma intervenção psicanalítica realizada com pais-bebês prematuros em uma UTIN e orientada pelas operações fundamentais que balizam a constituição psíquica à luz dos Indicadores Clínicos de Risco ao Desenvolvimento Infantil (IRDI). Constatou-se que o trabalho psicanalítico na primeira infância e no contexto da prematuridade é um campo riquíssimo para prevenção em saúde mental.
O número de nascidos prematuros no país é alto e, embora as tecnologias das Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal (UTINs) ampliem a sobrevivência, pode haver prejuízos. Além da urgência do corpo, há a subjetiva, pois são bebês separados dos pais, manuseados e submetidos a dolorosos procedimentos, carecendo de representações. Objetivou-se narrar o acompanhamento psicanalítico realizado com quatro bebês prematuros extremos e muito prematuros e seus pais a fim de favorecer a constituição psíquica desde a internação em UTIN até os seus 12 meses de vida. Realizou-se estudo qualitativo de casos múltiplos e síntese dos casos cruzados usando-se os Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI). Evidenciou-se a emergência de operações fundamentais para a constituição psíquica e a potencialidade do acompanhamento psicanalítico na promoção e prevenção em saúde mental.
RESUMO: A prematuridade e a internação em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) têm efeitos sobre pais e filhos, podendo obstaculizar essa relação e a constituição psíquica da criança. Esse estudo qualitativo objetivou compreender as vivências parentais na prematuridade, da internação do bebê até os 12 meses de vida. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com pais de quatro bebês prematuros durante sua internação na UTIN, após a alta e aos 12 meses de vida utilizando-se a análise temática, que gerou cinco grandes temas. Evidenciaram-se obstáculos vivenciados pelos pais, contudo, fortaleceram-se e retomaram a capacidade de cuidar, investir e sentirem-se investidos pelos filhos
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