INTRODUÇÃO: Ao nascer, os neonatos prematuros são encaminhados para a Unidade Neonatal, um ambiente de cuidado que possui diversos fatores estressantes capazes de influenciar no desenvolvimento desses recém-nascidos, como os ruídos e a sua manipulação constante. Dessa forma, a fim de evitar repercussões negativas na sua maturação, a equipe de saúde desses locais deve prestar uma assistência humanizada. Diante dessa perspectiva, o banho realizado rotineiramente nessas unidades com o intuito de higienizar o neonato pode causar-lhe diferentes consequências fisiológicas e neurocomportamentais, as quais dependem da forma que é promovido. OBJETIVO: Identificar estudos nacionais e internacionais acerca dos diferentes tipos de banhos realizados em recém-nascidos prematuros e compreender de que forma eles influenciam nas alterações fisiológicas e neurocomportamentais. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa composta por 19 artigos, que foram selecionados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual da Saúde e Cochrane, com o intuito de responder à questão norteadora: “Quais são os impactos fisiológicos e neurocomportamentais no recém-nascido pré-termo durante a aplicação dos diferentes tipos de banhos disponíveis na literatura?”. Foram incluídos artigos originais, com recorte temporal de 10 anos e nos idiomas inglês, português ou espanhol. Foram excluídos estudos que focaram em outras temáticas, além de teses e dissertações, projetos de pesquisa, artigos em árabe e que não possuíam seus textos na íntegra disponíveis. RESULTADOS: O estudo é composto por 19 artigos que foram categorizados em 4 grupos de acordo com as suas semelhanças, os quais são: banho tradicional de imersão em banheira, banho envolto em lençol, banho de esponja e banho de clorexidina. Exceto pelo banho de clorexidina, todas as outras categorias apresentaram diferenças estatisticamente significativas nos impactos fisiológicos e neurocomportamentais no recém-nascido prematuro. Foi evidenciado nos estudos que os banhos envoltos em lençóis garantiram maior relaxamento, menor desorganização comportamental, auxiliando no crescimento e desenvolvimento do bebê, minimizando o estresse, a perda de peso, a queda de saturação e a apneia, uma melhor regulação térmica e uma diminuição no choro. Já os banhos de imersão e de esponja apresentaram como principais resultados uma significativa diminuição da temperatura corporal, taquicardia, dessaturação e alterações na coloração da pele. CONCLUSÃO: Os estudos que compreenderam a busca apontaram que os banhos envoltos garantiram uma maior humanização da assistência ao serem comparados aos banhos de imersão e de esponja, os quais apresentaram maior nocividade à saúde dos neonatos. Logo, esta revisão auxilia na demonstração aos profissionais sobre a importância desse tema e contribui para o planejamento de ações estratégicas na área da enfermagem neonatal. É imprescindível a adaptação das intervenções para a sua humanização, a fim de estimular a neuroproteção, o conforto do paciente e a estabilidade dos sinais vitais (como temperatura, frequência cardíaca e saturação), visando proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos neonatos.