OBJETIVO: analisar a associação entre os estados emocionais maternos depressivo e ansioso, combinados ou de modo isolado, em relação à presença de risco ao desenvolvimento infantil na faixa etária de 0 a 4 meses. MÉTODO: trata-se de estudo observacional, analítico e de coorte. Para a obtenção dos dados foram utilizados os Inventários de Beck de Depressão e de Ansiedade e analisada a interação mãe-bebê a partir do protocolo de índices de risco ao desenvolvimento infantil em uma amostra de 182 díades. RESULTADOS: o percentual de bebês com pelo menos um índice de risco no grupo de mães que apresentaram depressão e ansiedade combinada foi significantemente maior (34,2%; p<0,001) do que nas mães sem alteração emocional. O mesmo foi obtido em relação às mães com algum nível de depressão ou de ansiedade (26,6%; p<0,01). Ainda, obteve-se correlação significante entre os graus de depressão e ansiedade (G= 0,83; p< 0,01e), o que demonstra que mães com maior grau de depressão, também obtiveram maior grau de ansiedade. CONCLUSÕES: houve associação significante entre ansiedade e depressão maternas e presença de risco ao desenvolvimento infantil, o que indica a necessidade de inserção de políticas públicas para o acompanhamento e tratamento de tais díades quando necessário.
Objetivo investigar as relações enunciativas estabelecidas entre pais e crianças com risco ao desenvolvimento infantil, sobretudo, os efeitos da presença do risco no processo de aquisição da linguagem. Métodos a amostra constituiu o estudo de três crianças que apresentaram risco ao desenvolvimento, acompanhadas de 0 a 18 meses a partir dos Indicadores de Risco ao Desenvolvimento Infantil, bem como, por filmagens da interação dos pais com as crianças. A análise dos dados considerou a perspectiva enunciativa proposta por Carmen Silva (2007, 2009) e a psicanalítica. Resultados nos três casos constatou-se dificuldade de separação da mãe com a criança o que refletiu no processo de semantização da língua, sobretudo, na ampliação dos possíveis interlocutores. Contudo, os sujeitos evidenciaram a possibilidade de domínio semiótico da língua tendo em vista que os três mecanismos enunciativos propostos por Silva (2007). Conclusões o estudo evidenciou que as dificuldades de separação mãe-bebê e a fragilidade da entrada da função paterna obstacularizaram a posição da criança na língua, uma vez que as crianças mostraram-se bastante dependentes da fala dos pais para suas produções.
RESUMOTema: fatores de risco psíquico ao desenvolvimento infantil e as implicações para a fonoaudiologia Objetivos: estudar, por meio de uma revisão teórica os riscos psíquicos ao desenvolvimento infantil, com ênfase nos riscos para aquisição da linguagem, e discutir as implicações para a atuação fonoaudiológica em idade precoce. Conclusão: a partir da literatura revisada, constatou-se que crianças que convivem com riscos biológicos e, sobretudo psíquicos, nos primeiros anos de vida, são mais propensas a desenvolver problemas que podem afetar o seu desenvolvimento. Assim, considera-se a necessidade da atuação fonoaudiológica estar vinculada a uma constante observação dos fatores de risco psíquico ao desenvolvimento infantil e aquisição da linguagem, podendo participar da detecção e estimulação precoces em uma perspectiva promocional. . Dessa forma, existe ainda, a necessidade de identificar essas crianças e encaminhá-las a um serviço especializado 5 . Este seria o papel do profissional de atenção primária na vigilância do desenvolvimento infantil. DESCRITORES:Nessa perspectiva, tem-se entre as novas concepções de Sistema Único de Saúde (SUS) a de promoção da saúde que visa à melhoria da qualidade de vida e prioriza a saúde e não a doença 7 . Esta nova concepção vem ao encontro da idéia de que a prevenção de problemas durante a infância exerce efeitos benéficos por toda a vida do ser humano 2 , pois, dependendo da idade do diagnós-tico de determinadas psicopatologias há maiores dificuldades no que se refere à intervenção bem sucedida 8 . INTRODUÇÃODurante os três primeiros anos de vida ocorrem os grandes avanços nas áreas motora, cognitiva e social da criança, bem como, a aquisição e o controle da linguagem, os quais são essenciais para o seu desenvolvimento global 1 . Este desenvolvimento está intrinsecamente relacionado às condições nutricionais, ambientais, à estimulação que pode ser favorecida pela relação familiar, ao padrão cultural e ao nível educacional e socioeconômico da família 2 . Quando algum desses aspectos exerce influência negativa no desenvolvimento integral das crianças, tem-se o risco de atrasos e distúrbios no desenvolvimento infantil, que podem vir a comprometer a saúde geral do sujeito causando diversos danos futuros, inclusive, referentes à aquisição e ao
Abordamos aqui a possibilidade de detecção do risco e da intervenção precoce do autismo na visão dos médicos. A análise dos resultados de uma pesquisa feita em 2009 com sete pediatras e três neuropediatras de uma cidade da região central do Rio Grande do Sul, utilizando a análise de conteúdo de Bardin (1977) relacionada à Psicanálise, aponta que os diagnósticos de autismo são feitos tardiamente. Os profissionais não estão preparados para a detecção dos sinais de risco, o que não possibilita a intervenção precoce. É necessário, portanto, trabalhar com esses profissionais para indicar-lhes os sinais de risco de autismo.
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