A prática do uso de plantas medicinais, pelo homem, para se alimentar, para curar ou aliviar doenças é milenar e o conhecimento sobre ela vem sendo transmitido de geração a geração através dos tempos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 80% da população de países em desenvolvimento faz uso dessa prática. O conhecimento sobre as plantas medicinais pode e deve ser considerado como campo de interação de saberes e práticas que valorizam os recursos culturais, preservando a biodiversidade. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o perfil dos agentes comunitários de saúde (ACS) de um município do Estado do Paraná e sua relação com plantas medicinais. Para tal, foi realizado um estudo transversal, qualitativo com 123 ACS, cuja análise exploratória dos dados foi realizada no programa Stata 12, onde se identificou que os ACS em sua maioria são mulheres de descendência italiana, religião católica, casadas, com ensino médio e renda entre 2 e 4 salários mínimos, conhecem e/ou utilizam plantas medicinais, obtiveram esse conhecimento por meio de seus pais, cultivam as plantas em casa, as utilizam por ser recurso terapêutico natural e principalmente têm o hábito de difundir conhecimentos sobre plantas medicinais.
O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo etnobotânico de plantas medicinais utilizadas por moradores de uma área rural de um município do Estado do Paraná, Brasil. Foram entrevistados 91 moradores de uma área definida, no período de maio a outubro de 2019. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário semiestruturado. A análise qualitativa dos dados foi realizada por meio do programa Stata 12. Além da estatística descritiva, foi calculada a estatística χ2 (Qui-quadrado) para verificar a associação entre renda e uso de plantas medicinais e escolaridade e uso de plantas medicinais. O perfil dos pesquisados expôs a prevalência de mulheres (91,21%), paranaenses (59,34%), descendentes de italianos (58,24), agricultores (58,24%), católicos (96,70%), casados (72,53%), com ensino fundamental incompleto (56,04%) e renda de até dois salários mínimos (58,24%). O conhecimento sobre as plantas medicinais foi obtido dos ancestrais (86,81%). As plantas são utilizadas porque são naturais (71,43%) e são cultivadas principalmente na propriedade.
O presente trabalho objetivou realizar através de pesquisa bibliográfica um levantamento de informações etnobotânicas, etnofarmacológicas e farmacológicas das espécies medicinais das famílias Acanthaceae, Aizoaceae, Alismataceae e Amaranthaceae cultivadas no Horto Medicinal do Campus 2 da Universidade Paranaense - UNIPAR, localizada em Umuarama - PR. Para tanto, utilizou-se as seguintes bases de dados: Medline, PubMed, SciElo e Google Acadêmico, onde foram pesquisadas as palavras-chave: etnobotânica, etnofarmacologia, plantas medicinais, uso popular, ação farmacológica, composição química, efeitos adversos, além dos nomes científicos das espécies. As quatro famílias abordadas neste estudo, somaram 14 espécies, sendo a maioria delas (11 espécies) de uso medicinal com informações etnobotânicas e etnofarmacológicas registradas na literatura consultada. No entanto, somente 5 espécies apresentaram estudos farmacológicos comprovando os usos populares. E, apenas 3 espécies são de uso exclusivamente ornamental.
O medicamento fitoterápico possui como insumo, plantas medicinais ou seus derivados. Apesar de inúmeros benefícios, o uso indiscriminado e falhas durante a produção podem expor o consumidor final a efeitos nocivos à sua saúde. Nesse sentido, o estudo avaliou a qualidade físico-química e microbiológica de insumos vegetais utilizados em uma farmácia de manipulação municipal na região sudoeste do Paraná. Foram analisadas amostras de extratos secos de: Cymbopogon citratus, Baccharis trimera., Aesculus hippocastanum, Equisetum arvense, Echinodorus grandiflorus, Curcuma longa, Ginkgo biloba, Piper methysticum, Melissa officinalis e Passiflora incarnata. Para a avaliação físico-química, foram realizados os testes, segundo a Farmacopeia Brasileira (2019): características organolépticas, umidade, granulometria, pH, densidade, solubilidade e constituintes secundários, dentre os quais flavonoides, saponinas e taninos. Para a análise microbiológica, determinou-se a presença de microrganismos totais, bolores, leveduras, Salmonella sp e Shiguella sp, segundo Barbosa (2014). A avaliação organoléptica revelou que todas as amostras se apresentaram com aspecto de pó fino e homogêneo, com odor e cor característicos de cada espécie. Os extratos secos apresentaram resultados de teor de umidade, granulométricos, pH e densidade dentro dos valores de referência farmacopéicos. Com relação a solubilidade, a amostra de E. arvense se revelou praticamente insolúvel ao solvente utilizado. Todas as amostras testaram positivo para a presença de flavonoides. As amostras de G. biloba, P. methysticum e P. incarnata não apresentaram saponinas. Nenhuma amostra apresentou contaminação por bactérias totais, Salmonella sp e Shiguella sp. Portanto, os resultados obtidos nesta pesquisa atendem aos parâmetros da legislação vigente, comprovando a qualidade dos extratos estudados.
O Estado do Paraná, especialmente a região sudoeste, tem um grande número de laticínios de pequeno e médio porte, cuja contribuição em termos de águas receptoras é muito significativa. O tratamento normalmente utilizado para águas residuárias de laticínios é do tipo biológico, em função da grande quantidade de matéria orgânica presente em sua constituição. Este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência da uma estação de tratamento de efluentes de laticínio usando métodos convencionais de tratamento constituído de processos anaeróbios e aeróbios. A biodegradabilidade dos efluentes gerados na indústria de laticínio também foi avaliada, levando em consideração o processo de tratamento utilizado. Para tanto, foram analisados os parâmetros de pH, DQO e DBO5, de acordo com a metodologia padrão. O processo de tratamento empregado se mostrou eficiente na remoção de poluentes, uma vez que os valores médios de pH (8,12), DQO (94%) e DBO (90,15%) e a relação DQO/DBO (1,42) mostraram uma redução significativa nos parâmetros analisados indicando um efluente potencialmente biodegradável.
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