A prática do uso de plantas medicinais, pelo homem, para se alimentar, para curar ou aliviar doenças é milenar e o conhecimento sobre ela vem sendo transmitido de geração a geração através dos tempos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 80% da população de países em desenvolvimento faz uso dessa prática. O conhecimento sobre as plantas medicinais pode e deve ser considerado como campo de interação de saberes e práticas que valorizam os recursos culturais, preservando a biodiversidade. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o perfil dos agentes comunitários de saúde (ACS) de um município do Estado do Paraná e sua relação com plantas medicinais. Para tal, foi realizado um estudo transversal, qualitativo com 123 ACS, cuja análise exploratória dos dados foi realizada no programa Stata 12, onde se identificou que os ACS em sua maioria são mulheres de descendência italiana, religião católica, casadas, com ensino médio e renda entre 2 e 4 salários mínimos, conhecem e/ou utilizam plantas medicinais, obtiveram esse conhecimento por meio de seus pais, cultivam as plantas em casa, as utilizam por ser recurso terapêutico natural e principalmente têm o hábito de difundir conhecimentos sobre plantas medicinais.
Since ancient times the medicinal plants helped the society's development in order to reach the present resources. The Lamiaceae family is one of the main, containing a large number of species with medicinal potential and Tetradenia riparia is among them. The harvest of T. riparia leaves occurred in the morning at the Universidade Paranaense's medicinal garden, in Umuarama-PR. The extraction of the essential oil (EO) was done by hydrodistillation, the yield was calculated based on the mass of fresh leaves and EO extracted, obtaining 0.4%. Chemical characterization was performed by gas chromatography attached to a mass spectrometer and found 16 components and the major components identified were: Stigmasta-5,22-dien-3-ol (34.80%); Shyobunol (22.50%); α-Terpinene (15.79%) and β-Cembrenediol (11.05%).
O presente trabalho objetivou realizar através de pesquisa bibliográfica um levantamento de informações etnobotânicas, etnofarmacológicas e farmacológicas das espécies medicinais das famílias Acanthaceae, Aizoaceae, Alismataceae e Amaranthaceae cultivadas no Horto Medicinal do Campus 2 da Universidade Paranaense - UNIPAR, localizada em Umuarama - PR. Para tanto, utilizou-se as seguintes bases de dados: Medline, PubMed, SciElo e Google Acadêmico, onde foram pesquisadas as palavras-chave: etnobotânica, etnofarmacologia, plantas medicinais, uso popular, ação farmacológica, composição química, efeitos adversos, além dos nomes científicos das espécies. As quatro famílias abordadas neste estudo, somaram 14 espécies, sendo a maioria delas (11 espécies) de uso medicinal com informações etnobotânicas e etnofarmacológicas registradas na literatura consultada. No entanto, somente 5 espécies apresentaram estudos farmacológicos comprovando os usos populares. E, apenas 3 espécies são de uso exclusivamente ornamental.
O medicamento fitoterápico possui como insumo, plantas medicinais ou seus derivados. Apesar de inúmeros benefícios, o uso indiscriminado e falhas durante a produção podem expor o consumidor final a efeitos nocivos à sua saúde. Nesse sentido, o estudo avaliou a qualidade físico-química e microbiológica de insumos vegetais utilizados em uma farmácia de manipulação municipal na região sudoeste do Paraná. Foram analisadas amostras de extratos secos de: Cymbopogon citratus, Baccharis trimera., Aesculus hippocastanum, Equisetum arvense, Echinodorus grandiflorus, Curcuma longa, Ginkgo biloba, Piper methysticum, Melissa officinalis e Passiflora incarnata. Para a avaliação físico-química, foram realizados os testes, segundo a Farmacopeia Brasileira (2019): características organolépticas, umidade, granulometria, pH, densidade, solubilidade e constituintes secundários, dentre os quais flavonoides, saponinas e taninos. Para a análise microbiológica, determinou-se a presença de microrganismos totais, bolores, leveduras, Salmonella sp e Shiguella sp, segundo Barbosa (2014). A avaliação organoléptica revelou que todas as amostras se apresentaram com aspecto de pó fino e homogêneo, com odor e cor característicos de cada espécie. Os extratos secos apresentaram resultados de teor de umidade, granulométricos, pH e densidade dentro dos valores de referência farmacopéicos. Com relação a solubilidade, a amostra de E. arvense se revelou praticamente insolúvel ao solvente utilizado. Todas as amostras testaram positivo para a presença de flavonoides. As amostras de G. biloba, P. methysticum e P. incarnata não apresentaram saponinas. Nenhuma amostra apresentou contaminação por bactérias totais, Salmonella sp e Shiguella sp. Portanto, os resultados obtidos nesta pesquisa atendem aos parâmetros da legislação vigente, comprovando a qualidade dos extratos estudados.
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