o relato apresenta o Projeto Juventude e Cidadania: Ponto de Encontro, desenvolvido na cidade de São Paulo, em 2004, em consonância com o Plano de Metas da Secretaria Municipal de Educação, que estabelecia como grandes eixos: o princípio da Cidade Educadora, a intersetorialidade das políticas públicas municipais no âmbito das prefeituras e a formação da rede de proteção social nesse espaço. O Ponto de Encontro é um local de interação do adolescente e do jovem em situações intencionalmente planejadas, constituídas por um conjunto de oficinas de diferentes naturezas temáticas, culturais, de gestão e acompanhamento e de formulação de projetos de intervenção comunitária. O relato discorre sobre a proposta, material e metodologia, bem como sobre a implementação e avaliação do projeto. Pretendeu-se implementar a formação de grupos de jovens em cada um dos 21 Centros Educacionais Unificados – CEUs, no contraturno do horário regular das aulas. A adesão foi total, contando com a participação dos profissionais dos Núcleos de Educação, Esporte e Cultura e a participação efetiva de representantes da comunidade do Conselho Gestor dos CEUs, além de lideranças locais e educadores sociais. O texto conclui que a boa recepção do projeto é evidenciada pelos vários segmentos de profissionais, que identificaram no Ponto de Encontro a potencialidade de desenvolvimento de uma proposta significativa com os jovens, no seu próprio contexto de trabalho educativo.
A abertura da escola à família e à comunidade, há muito tempo considerada fundamental pelos bons educadores e confirmada pelas recentes pesquisas sobre índices de qualidade da educação, pressupõe convivência, reconhecimento mútuo, diálogo.Apesar de inúmeros esforços e conquistas nessa direção, a realidade que temos ainda está distante da que desejamos, ficando tal proposta, muitas vezes, apenas nos discursos e nas intenções, como visão romântica do assunto, trazendo quase sempre, experiências pontuais, descontínuas, de caráter assistencialista, afetivo ou conflituoso.É importante destacar que, quando nos referimos à importância da abertura da escola para os múltiplos contextos do seu entorno, reafirmamos sua ampla capilaridade na sociedade, seu forte poder de chegar às famílias e de mobilizar a comunidade.Podemos afirmar que a escola é um espaço concreto da expressão do público porque atende a diferentes segmentos sociais. Para ela, dirigem-se todos os dias milhares e milhares de crianças, adolescentes e jovens, durantes anos seguidos de suas vidas.De acordo com Sacristán (2001), a escola tem como função social: • a fundamentação da democracia; • o estímulo ao desenvolvimento da personalidade do sujeito; • a difusão e o incremento de conhecimento e da cultura em geral; • a inserção do sujeito no mundo; e • a custódia da criança e ou adolescente por certo período da vida.Para isso, há que se dedicar especial atenção a algumas ações, como cuidar dessa criança e/ou adolescente, tarefa nada fácil, nem exclusiva da escola, que precisa ser compartilhada com outras instituições sociais que também têm a educação como objetivo.Ao defender a abertura da escola para a família e a comunidade, não se pretende sobrecarregá-la com mais uma responsabilidade social, e sim convocar usuários e instituições públicas, governamentais ou não, do território em que está inserida, a compartilharem de seu projeto, na elaboração, acompanhamento e avaliação do processo pedagógico.Afinal, por força constitucional, todos − estado, família e sociedade − são responsáveis pela educação das crianças e dos adolescentes.Por outro lado, a aproximação da família e da comunidade com a escola, incluindo as instituições do poder público local e as entidades não governamentais, é primordial para que a rede de proteção e garantia dos direitos da criança e do adolescente seja tecida, de maneira a incluir todos, não permitindo nenhum tipo de exclusão.É assim que se impõem a necessidade e o desafio de a escola articular-se com diferentes setores públicos e privados do bairro e da cidade, sem fragmentar-se, sem perder sua identidade e função e, sobretudo, sem perder seu caráter público e democrático.Quando a escola dialoga com outros espaços de educação, buscando parcerias que têm os mesmos propósitos educacionais, sem intenção de substituir o poder público, começa a se empoderar. E professores, gestores, funcionários, pais, alunos e parceiros assumem papel ativo na educação das futuras gerações.Nesse processo, a escola torna-se referência de fonte de conhecim...
<p>Trata-se do relato de prática do Projeto “Ações em Rede”, que teve inicio em 2005, fruto da parceria entre a Prefeitura Municipal de São Carlos, Secretaria Municipal Especial da Infância e Juventude (SMEIJ), Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC), o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e a Fundação Volkswagen. Devido à determinação política da Prefeitura de São Carlos no atendimento a crianças e adolescentes, e fazendo jus ao Prêmio Prefeito Amigo da Criança, optou-se pela referida cidade como referência-piloto. O espaço indicado pela SMEIJ para o desenvolvimento do projeto-piloto foi a região da Cidade Aracy (bairro da cidade de São Carlos), por ser carente e contar com alguns elementos mobilizadores.</p><p>Como opção metodológica para a implementação do Projeto, o Cenpec propôs a constituição de duas instâncias coletivas: o Grupo Gestor e o Grupo Referência, sendo que a articulação entre ambos acontecia por meio de encontros sistemáticos e alternados. O primeiro passo, em 2005, foi o conhecimento e o reconhecimento mútuo de todos os envolvidos, pois ali estavam reunidas experiências muito diferenciadas e importantes, desconhecidas umas das outras, embora pertencentes a um mesmo território. A concentração dos esforços do “Ações em Rede”, em 2006, ocorreu no Plano de Ações Integradas, definindo prioridades e princípios norteadores. O relato destaca que a gestão compartilhada do projeto permitiu a interlocução entre o Grupo Gestor, o Grupo Referência e o Cenpec. Conclui que as ações realizadas dão clareza aos limites do Projeto nas suas condições concretas, mas também revela suas possibilidades como uma mensagem de confiança no futuro.</p>
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