O estudo teve por objetivo identificar a percepção dos Presidentes, Conselheiros de Administração e Auditores internos acerca das práticas de controle interno em cooperativas de crédito, baseando-se no framework do COSO ICIF 2013. Para tanto, utilizou-se um survey para capturar os contextos institucionais dos respondentes. Os dados foram analisados em conjunto e pelas médias dos grupos, por meio do teste não paramétrico de Kruskal Wallis. Os resultados indicam a existência de práticas de controle interno nas instituições, todavia, não há uniformização conceitual de controle interno. Além disso, as práticas relacionadas aos componentes: Ambiente de controle e atividades de controle, são mais evidentes, todavia, as práticas relacionadas aos demais componentes necessitam de reforço para garantirem o funcionamento constante do sistema de controle interno. No panorama geral, conclui-se que, apesar da divergência conceitual, as cooperativas possuem estruturas de controles internos, sendo corroboradas pela expressiva concordância acerca da implementação de práticas de controle interno.
A pesquisa analisou a influência da regulação na adoção de práticas de controle interno nas Operadoras de planos de saúde (OPS) do Nordeste brasileiro, com base no framework do COSO ICIF (2013). A amostra foi formada por 43 respondentes (gestores financeiros, contábeis ou de auditoria interna). Utilizando uma metodologia mista, quantitativa e qualitativa, foi aplicado o teste de Kruskal-Wallis e análise de conteúdo das respostas discursivas, confirmando o pressuposto que há influência da regulação na adoção de práticas de controle interno. Acerca da percepção da influência da regulação na adoção das práticas de controle, 95% dos respondentes concordaram e indicaram outros aspectos relacionados à regulação: compliance, sustentabilidade e o caráter punitivo. Além disso, 9% afirmaram que há insuficiência da regulação em relação aos controles internos, sugerindo a criação de regulação específica para controles e 17% apontaram o fortalecimento das práticas de controles como um caminho rumo à sustentabilidade do setor.
Analisando como a regulação econômico-financeira pode conduzir à adoção de práticas de governança corporativa no setor de saúde suplementar brasileiro, se utilizou o conteúdo dos instrumentos regulatórios emitidos entre os anos de 1998 a 2018, Leis, Instruções e Resoluções Normativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e os princípios da governança corporativa (transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa). Ao correlacionar as unidades de análise (aspectos de governança presentes na regulação) e as categorias de análise (princípios da governança corporativa), todos os instrumentos normativos analisados apresentaram, no mínimo, relação com dois dos princípios de governança, destacando-se a Lei nº 9.656/98 e as instruções normativas da ANS, cuja presença dos quatro princípios da governança corporativa foi confirmada. Cerca de 53% dos artigos da Lei nº 9.656/98 são voltados às práticas de governança, seguidos de 25% e 21% das instruções e as resoluções normativas, respectivamente, o que significa que a regulação econômico-financeira desse setor impulsionou a adoção de práticas de governança no setor de saúde suplementar. O resultado permite inferir que a ANS tem promovido por meio da regulação o fomento das melhores práticas da governança nesse segmento.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.