Crônica-DPOC é uma condição comum, prevenivel e irreversível, definida como síndrome caracterizada pela limitação crônica ao fluxo aéreo, evoluindo com destruição do parênquima pulmonar. Caracteriza-se por sinais e sintomas respiratórios, sendo o tabagismo sua principal causa. A relação VEF1/CVF < 0,7 após administração de broncodilatador é utilizada para diagnóstico; classifica-se pela Global Iniative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) em ABCD, quanto a gravidade clínica, e 1234, em relação ao grau de obstrução. Objetivos: Geral: Avaliar a gravidade da DPOC em pacientes acompanhados CEMEC. Específicos: 1) Classificar os pacientes segundo a gravidade em grupos A, B, C e D. 2) Caracterizar a relação da gravidade com as variáveis sexo, idade, IMC, carga tabágica, oximetria e medicamentos em uso dos pacientes estudados. 3) Caracterizar a relação das variáveis com as escalas mMRC e perfil exacerbador. 4) Comparar o VEF1 entre pacientes classificados pela sintomatologia. 5) Comparar o perfil espirométrico de pacientes exacerbadores e não exacerbadores. Metodologia: Foram pesquisados os prontuários através do CID J44 no CEMEC onde 25 deles se encaixavam no perfil delimitado tendo suas variáveis coletadas e analisadas. Resultados: Foi encontrada maior prevalência nos grupos C e D (66,66%), na faixa etária de 55 a 78 anos, predominando o maior IMC médio no grupo B (30,9 kg/m2) e maioria do sexo feminino (12/21). Constatou-se que a média de VEF1 pós broncodilatador era maior nos pacientes menos sintomáticos (59,4 ± 24,1). 61,11% dos doentes tinham carga tabágica > 20 maços/ano, sendo a maioria também exacerbadores (13/21). No que diz respeito à terapêutica aplicada aos grupos GOLD ABCD (n = 17), foi verificado que 12 se encontravam em monoterapia, cinco em associação e, apenas um, não fazia esquema algum. Conclusão: Observou-se um expressivo número de pacientes que não se encaixavam de fato no CID J44; dos 25 pacientes, apenas 21 possuíram dados suficientes para classificação ABCD, dentre eles, a maioria se encontrava nos grupos C e D. O sexo feminino foi mais prevalente, bem como os pacientes com maior carga tabágica; dentre os mais