O crescimento agrícola pode afetar o nível de bem-estar de uma população mediante a possibilidade de elevação da oferta de alimentos, com reflexo em menores preços e na qualidade da dieta das pessoas. Assim, buscou-se, neste trabalho, verificar a relação entre a produtividade agrícola brasileira dos principais itens constituintes da dieta da população e a segurança alimentar dos domicílios das regiões metropolitanas brasileiras. Utilizou-se um modelo de escolha qualitativa, o probit, e dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) de 1995-1996, 2002-2003 e 2008-2009 e da pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM). Foram verificadas importantes relações entre a escolaridade do chefe do domicílio, a presença de pessoas menores de 18 anos na família e o fato de o domicílio obter renda per capita inferior a um salário mínimo e a segurança alimentar. Além disso, o crescimento da produtividade dos grãos, das verduras e legumes e das frutas associou-se à maior probabilidade de segurança alimentar em pelo menos um dos períodos analisados. Conclui-se que os ganhos de produtividade associam-se à maior segurança alimentar domiciliar, porém, em baixas proporções, devido à alta influência de fatores particulares aos domicílios, como escolaridade e renda.
A globalização, processo mundial acentuado a partir da década de 80, temrequerido do Estado e dos demais agentes uma orientação voltada ao alcance dos níveisinternacionais de competitividade por parte dos diversos setores da economia. Em facedisso e devido ao fato de o estado de Minas Gerais ser o segundo maior Estado exportadorbrasileiro, tornou-se relevante uma análise da estrutura e do comportamento do setorexportador de Minas Gerais, bem como de seus efeitos sobre os diferentes setoreseconômicos da economia mineira, no período de 1996 a 2008. Assim, questionou-se,neste trabalho, em quais grupos de produtos o estado de Minas Gerais apresentamaiores vantagens comparativas reveladas; Qual o grau de concentração de produtos ede destinos das exportações; Qual o tipo de comércio que ocorre o intra ou interindústria.O modelo teórico utilizado está fundamentado na Teoria da Competitividade e doComércio Internacional. O procedimento de análise está embasado nos índices devantagens comparativas reveladas, contribuição ao saldo comercial, Gini-Hischaman, ecomércio intraindústria. Os dados utilizados foram obtidos no sistema ALICEWEB. Osresultados encontrados revelam alta concentração em poucos produtos, tais como (09)café, chá, mate e especiarias, etc, (26) minérios, escorias e cinzas; (71) pérolas naturaisou cultivadas; e (72) ferro fundido, ferro e aço, e mercados de destino (blocoseconômicos), como União Europeia, Nafta e Ásia. Por fim, aponta que o comérciointernacional do Estado é basicamente interindustrial, portanto, um comércio do tipoHerckscher-Olhin.
Resumo: Objetiva-se, neste trabalho, analisar o setor de produção e de processamento do café na estrutura econômica de Minas Gerais, determinando sua importância e seus encadeamentos dentro da estrutura do Estado, mediante a utilização de matriz de insumo-produto. Para tanto, são utilizados os índices de ligação de Rasmussen-Hirschman, a abordagem do campo de influência, o índice puro de ligação (abordagem GHS) e os multiplicadores regionais de produto, renda e emprego. Essas aplicações são complementares na identificação de setores-chave da economia. A matriz utilizada foi regionalizada e refere-se ao ano de 1995. Segundo os índices de ligações de Rasmussen-Hirschman e a análise do campo de influência, o setor de produção de café encontra-se acima da média da economia, apresentando maiores encadeamentos para trás e para frente. Já o setor de processamento de café possui forte poder de encadeamento apenas para trás. Pela análise dos multiplicadores, observou-se que o setor de produção do café apresentou os melhores resultados em termos de geração de produto e renda, enquanto a indústria de café, em termos de produto e emprego.Palavras-chave: café; Minas Gerais; modelo de insumo-produto; setores-chave.
Este artigo teve como objetivo identificar e analisar a dinâmica de crescimentoda cafeicultura em Minas Gerais e em duas regiões do estado tipicamenteprodutoras – Sudoeste e Cerrado. O referencial teórico utilizado baseia-se na teoriade inovação induzida. O modelo analítico é o denominado Shift-Share, que permitedecompor as fontes de crescimento nos efeitos área, rendimento, localização geográ-fica e composição, a fim de encontrar os fatores responsáveis pelo crescimento (ouqueda) da produção. Os resultados apresentados indicam que existem diferenças nosfatores que determinam o crescimento da produção de café na região mais tradicional(Sudoeste) comparada à região relativamente mais moderna (Cerrado). Assim,pode-se salientar que programas e políticas que visam o desenvolvimento agrícolade determinadas regiões devem levar em consideração as especificidades destas,de forma a estimular atividades e práticas agrícolas segundo suas necessidades eparticularidades, gerando o melhor impacto possível para as mesmas.
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