INTRODUÇÃOA fitocosmética é o segmento da ciência cosmetológica que se dedica ao estudo e à aplicação dos conhecimentos da ação dos princípios ativos extraídos dos vegetais, em proveito da higiene, da estética, da correção e da manutenção de um estado normal e sadio da pele e do cabelo (ARAÚJO et al., 2010). Trata-se de uma área que, atualmente, tem-se dado grande enfoque, devida a busca por fontes alternativas renováveis, especialmente no Brasil, que tem a oportunidade de entrar em mercados bilioná rios em virtude da sua riqueza em recursos naturais.A aroeira da praia, popularmente conhecida como Schinus terebinthifolius Raddi é uma espécie vegetal pertencente à família Anacardiaceae, nativa da América do Sul, especialmente Brasil, Argentina e Paraguai; em território brasileiro, é encontrada desde Pernambuco até o Rio Grande do Sul (Carvalho, 1994). A aroeira tem sido alvo de pesquisas envolvendo o uso de extratos de cascas, folhas e frutos, e do óleo essencial no auxílio a processos cicatriciais (Branco-Neto et al., 2006;Ribas et al., 2006;Estevão et al. 2013), como agente antibacteriano e antifúngico (Siddiqui et al., 1995;Siddiqui et al., 1996). De maneira similar, estudos relatam o potencial de uso da aroeira devido a sua atividade antiinflamatória (FORMAGIO et al., 2011), cicatrizante (NUNES JR et al., 2006), antitumoral (BENDAOUD et al., 2010, fungicida e no tratamento de úlceras (CARLINI et al., 2010), o que encoraja o aproveitamento dos extratos na formulação de pomadas dermatoló gicas comerciais.Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi desenvolver uma pomada à base do extrato de Schinus terebinthifolius Raddi, assim como realizar uma análise antioxidante e antimicrobiana da planta em questão. MATERIAIS E MÉTODOSSchinus terebinthifolius Raddi foi coletada no campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco. O material vegetal foi acondicionado em estufa, com circulação de ar forçada a 42º C, para secagem. Posteriormente, as folhas da aroeira foram separadas para realizar o processo de trituração. O pó obtido foi colocado em um percolador de aço inoxidável, utilizando-se uma solução hidroalcoólica (70%) no extrator. Para eliminação total do solvente, o extrato bruto foi concentrado em evaporador rotativo, a temperatura de 45ºC, e posteriormente levado ao dessecador até obter peso constante.A confecção das pomadas foi realizada da seguinte forma: foram preparadas quatro pomadas, utilizando uma quantidade fixa de base (1,25g de lanolina anidra e 1,25g de vaselina sólida) e variável de extrato. Para formulação da pomada P1, foram misturadas à base 2,5g do extrato de aroeira, e 1,25, 0,25 e 0,125 para P2, P3 e P4, respectivamente. Um fitocosmético de aroeira comercializado por uma Comunidade Produtoras de Plantas Medicinais e fitoterápicas em Pernambuco foi utilizada para analise comparativa A avaliação antioxidante foi realizada através do teste da redução do radical DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila), seguindo a metodologia proposta por Nascimento e colaboradores (2011), foi determinada a ati...
INTRODUÇÃOAs substâncias antioxidantes são conhecidas por inibirem a ação de radicais livres evitando o estresse oxidativo, uma vez que esses radicais podem atuar como causadores de várias doenças como o câncer, além de provocar apoptose celular. A partir disso, pesquisas têm se voltado para a investigação de produtos naturais com atividade antioxidante (PEREIRA, 2012). Syzigium malaccense e Sizigium cumini L., também conhecidas por jambo vermelho e azeitona roxa, respectivamente, são plantas pertencentes à família Myrtaceae e possuem algumas características em comum devido à presença de certos metabólitos em suas constituições (MELO, 2009). O jambo vermelho (Syzigium malaccense) se encontra distribuído em regiões tropicais e subtropicais e, no Brasil, está presente nos estados da região Norte, Nordeste e nas regiões quentes do Sudeste, isso porque essa planta tem como uma de suas características não ser tolerante ao frio (ALMEIDA, 2008). Já a azeitona (Syzygium cumini (L.) Skeels) apresenta vários sinônimos científicos, dentre os quais: Eugenia jambolana Lam., Syzygium jambolanum D.C., podendo ser encontrada em algumas regiões subtropicais como Flórida, Califórnia, Argélia e Israel, bem como em vários estados das regiões sudeste, Norte e Nordeste do Brasil (MIGLIATO, 2006). Tanto S. cumini quanto S. malaccense são utilizadas popularmente na alimentação, no diabetes, mau funcionamento gastrintestinal, diurético e no tratamento de infecções dérmicas (MELO, 2009). De acordo com a literatura, estas plantas apresentam potencial antioxidante devido à presença, em suas diferentes partes, de substâncias como a quercetina, nas cascas, e ácido oleanólico nos frutos (MIGLIATO, 2006). Com base nas informações supracitadas, o presente estudo teve como objetivo a análise, bem como a comparação, da atividade antioxidante entre os extratos etanólicos de Syzigium malaccense e Syzigium cumini L. MATERIAIS E MÉTODOSFolhas, galhos e frutos de S. cumini e S. malaccense foram coletadas no campus da Universidade Federal de Pernambuco e secas em estufa à 45ºC com circulação forçada de ar. As amostras foram trituradas e o extrato bruto foi obtido utilizando álcool etílico 70% (v/v) durante 4 ciclos de 48 horas, em cada ciclo o sobrenadante foi retirado e mais álcool adicionado. O extrato foi submetido à destilação sob vácuo em evaporador rotativo e em seguida levado ao dessecador, para retirada total do solvente. Posteriormente foi realizado o teste de atividade antioxidante, onde este método baseia-se na transferência de elétrons onde, por ação de um antioxidante (AH) ou uma espécie radicalar, o DPPH que possui cor púrpura é reduzido formando difenil-picrilhidrazina, de coloração amarela, com consequente desaparecimento da absorção, podendo a mesma ser monitorada pelo decréscimo da absorbância. A partir dos resultados obtidos determinou-se a porcentagem de atividade antioxidante ou sequestradora de radicais livres (NASCIMENTO et al., 2011). A partir do extrato etanólico foram preparadas soluções das amostras nas seguintes concentraçõe...
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