To assess the strength and electrical activity of the pelvic floor muscles (PFMs) of male-to-female transgender individuals submitted to genderaffirming surgery (GAS).Methods: A case series study was conducted from October 2016 to August 2018. Transgender women, who were scheduled for GAS, participated in the study. The volunteers were submitted to a clinical evaluation of the PFM followed by digital palpation (PERFECT method) and electromyography in the preoperative, 15, and 30 days after GAS. They responded to the International Consultation on Incontinence Questionnaire-Urinary Incontinence (UI)-Short Form to evaluate the effect of UI on quality of life and to questions related to the urinary, anorectal, and sexual symptoms. Fifteen days after the GAS, patients were instructed to perform perineal exercises at home, twice a day. Results: The study sample consisted of 15 transgender women with an average age of 30.6 (SD = 6.7) years. There was a decline in median strength and sustained muscle contraction duration (PERFECT), in the electrical muscle activity (RMSmean and RMSmax) between pre-GAS and 15 days after GAS (p < 0.05). However, there was an increase in these parameters between 15 and 30 days after GAS (p < 0.05). Moreover, six patients exhibited pre-GAS UI, which continued after surgery, with a worsening of urgency symptoms and improvement in nocturia and postmicturition leakage. Conclusion:Strength, sustained muscle contraction duration, and PFM electrical activity may decline 15 days after GAS, returning to pre-GAS values in the first month after surgery.
Introdução: a Cirurgia de Readequação Sexual (CRS) é uma estratégia de readequação eficaz para mulheres transgênero. No entanto, em até três anos de pós-operatório, podem surgir complicações. Nesse contexto, a fisioterapia pode atuar para reduzir sintomas e melhorar a Qualidade de Vida (QV). Objetivo: avaliar e comparar a QV de mulheres transgênero submetidas à intervenção fisioterapêutica no pós-operatório da CRS. Método: uma série de casos, desenvolvida no Departamento de Fisioterapia da UFPE, Recife-PE, de agosto de 2017 a julho de 2018. Foram incluídas 6 mulheres transgênero submetidas à CRS com idade mínima de 21 anos. Foram analisados dados de QV, sociodemográficos, antropométricos e clínicos. A QV foi mensurada com o questionário WHOQOL-Bref; a força da Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP), por meio do esquema PERFECT; além do registro de sintomas urinários. A assistência fisioterapêutica consistiu em terapia manual, cinesioterapia e uso de biofeedback com uma frequência de dois atendimentos por semana durante dez semanas. Para tabulação e análise, foi utilizada estatística descritiva com frequência, média e desvio padrão e uso do software Microsoft Excel® para Windows. Resultados: o perfil das pacientes foi de 30,83 anos ±8,13 (Média ± DP), 11,16 anos de estudo ±1,32 e renda baixa. A QV aumentou após a intervenção fisioterapêutica, de 70,8 ±11,91 para 73,2 ±21,22. As pacientes relataram previamente perdas urinárias e nocturia com posterior melhora dos sintomas, e 50% apresentaram aumento da força da MAP ao fim do tratamento. Conclusões: a assistência fisioterapêutica pode promover aumento de QV de mulheres transgenitalizadas e oferecer adequado acompanhamento à funcionalidade da MAP.
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