Objetivo: Identificar fatores de risco relacionados à obesidade em escolares atendidos em um ambulatório de pediatria e correlacioná-los. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, com coleta sistematizada de dados acerca da prática de atividade física e níveis pressóricos dos escolares, além de dados antropométricos dos escolares e seus pais em um ambulatório de pediatria, no período de setembro a dezembro de 2015. Foram incluídas crianças na faixa etária escolar, de 5 a 12 anos exclusive de idade. Resultados: Observou-se uma prevalência de 38% de sobrepeso e 16% de obesidade. Quanto aos níveis pressóricos, 34% estavam dentro do percentil 50, 38% no percentil 90, 16% no percentil 95 e 12% no percentil 99 de pressão arterial. Quanto à atividade física, 86% foram classificados como ativos e 14% como inadequadamente ativos. Quanto à regularidade da prática da atividade física, 30% praticavam atividade física regularmente e 70% de forma irregular. Conclusão: A prevalência de obesidade infantil foi de 16% e 38% de sobrepeso.  Não houve relação de obesidade com práticas de atividade física e IMC dos pais. Foi forte a relação entre obesidade e níveis pressóricos aumentados. Modificações do estilo de vida para prevenção e tratamento da obesidade são de grande importância para prevenir eventos cardiovasculares no futuro.

Objetivos:  Integrar a comunidade de idosos da USF da Visconde por meio da participação em grupos de novas atividades multidisciplinares. O estudo visa também avaliar o desempenho cognitivo, o índice de depressão e declínio funcional através da aplicação de testes específicos. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, de base populacional, com intervenção em participantes, sendo o público alvo, idosos cadastrados na USF da Visconde e que possuam capacidade funcional de se deslocar até a unidade.  Foram realizados 6 encontros, nos quais estava presente um profissional que realizou palestras e oficinas com os idosos. Foram aplicados três questionários: MEEM, Caracterização biossocial, familiar, econômica e de saúde e WHOQOL-OLD. A tabulação estatística foi realizada usando Microsoft Excel e Biostat 5.0 e utilizado níveis de significância de 95%. Resultados: Foram incluídos 28 pacientes no estudo, sendo a média de idade 68.6 anos. Todos alegaram possuir uma doença crônica, sendo a hipertensão arterial sistêmica a mais frequente (66,7%). O estudo teve impacto positivo sobre a “Autonomia, Passado, presente e futuro, Participação social e a Qualidade de vida”. Antes da intervenção, indivíduos que praticavam exercício físico tiveram, maior índice de qualidade de vida avaliado pelo WHOQOL quando comparados aos indivíduos que não praticam. Conclusão: O projeto obteve resultados satisfatórios, alcançando integração comunitária entre idosos e manutenção da capacidade funcional, por meio da participação nos grupos de apoio. Portanto, essas ações de fortalecimento sociofamiliar e político da população idosa são fundamentais para melhorar o desempenho cognitivo, os índices de depressão e até mesmo o declínio funcional.

Objetivo: Identificar causas de abandono ao tratamento de hipertensão e traçar o perfil sociodemográfico dos usuários de uma Unidade de Saúde da Família (USF). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo e analítico, que investigou as possíveis causas de abandono ao tratamento para hipertensão oferecido pela USF Canal da Visconde entre de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2014, com aplicação de questionário estruturado a usuários cadastrados nessa USF e que tenham descontinuado o tratamento por um período igual ou superior a 60 dias. Resultados: Foram identificados 56 pacientes que atendiam os critérios de inclusão definidos, sendo a maioria do sexo feminino (76,8%, p= 0.0001), já haviam realizado o tratamento para hipertensão na USF (78,6%, p < 0.0001) e estavam sob responsabilidade dos profissionais da manhã (85,7%, p < 0.0001). O motivo principal do abandono ao tratamento por esses usuários foi possuírem plano de saúde (33,9%) e fazerem acompanhamento em outro local (28,6%) (p = 0.0093). Conclusão: O sucesso do tratamento de hipertensão está diretamente relacionado com a adesão ao tratamento, sendo assim, os aspectos envolvidos no abandono devem ser amplamente investigados a fim de serem identificados e servirem de subsídios para minimizar a taxa de abandono.

Objetivo: Relatar um caso de sepse em gestação pré-termo, ocorrido em um hospital de ensino e pesquisa, referência no atendimento à gestante de alto risco, no Estado do Pará. Detalhamento do caso: Paciente do sexo feminino, 26 anos, primigesta, portadora de Artrite Reumatoide, com Idade Gestacional de 32 semanas e 3 dias com queixa de lombalgia e dor em baixo ventre. O quadro evoluiu com polaciúria, Giordano positivo a direita, colo entreaberto e perda do tampão mucoso. No segundo dia de internação a paciente apresentou taquicardia e após a realização da ultrassonografia obstétrica foi constatado a morte fetal intrauterina. Após avaliação, e posterior piora do quadro, foi prescrito novo de antibiótico e mudança para leito em unidade de terapia intensiva, assim como a realização da interrupção cirúrgica da gravidez. Considerações finais: Visto à rápida evolução do quadro de sepse, e ao difícil diagnóstico do quadro devido as mudanças fisiológicas da gravidez, ressalta-se a importância da agilização diagnóstica e pronta instituição terapêutica, a fim de se evitar as principais complicações do quadro, como mortalidade materno-fetal e prematuridade.

Objetivo: Verificar a prevalência de parasitas gastrointestinais em crianças que residem na cidade de Belém – Pará e foram atendidas pela USF do Canal da Visconde. Métodos: Pesquisa quantitativa, transversal do tipo descritivo analítico com os resultados da análise de exames parasitológicos de fezes de crianças atendidas pela USF da pesquisa. Foi utilizado o teste T de Student e Qui-quadrado. Resultados: A maioria (73.6%, 81/110; p<0.0001) das crianças realizou o exame parasitológico de fezes, pelo método direto. Dentre as que não o fizeram o exame (48.3%) o responsável cancelou o exame enquanto os demais não compareceram ou não justificaram a ausência. A população apresentou uma prevalência de parasitismo em 75,3% sendo a maior positividade para cistos de protozoários (66,7%) e, dentre estes, o mais frequente foi a G. lamblia (70,4%), seguido pela E. coli (22,2%); a única espécie de helminto identificada pela técnica foi o A. lumbricoides, presente em 8,6% do total das amostras avaliadas. Conclusão: Os resultados encontrados sugerem que o aumento de enteroparasitoses é influenciado pela falta de medidas de higiene pessoal associadas a má qualidade de água para consumo, bem como coleta de lixo inadequada, são problemas encontrados na comunidade estudada.