O texto analisa as múltiplas mediações do trabalho por plataformas digitais, interrogando os impactos dessas dinâmicas de mediação sobre a autonomia dos trabalhadores nesses espaços. A investigação se deteve sobre dez plataformas digitais de trabalho “freelancer”: Workana, Freelaweb.com.br, 99 Freelas, Get Ninjas, Freelas, Comunica Freelancer, Wedologos, Vintepila, Vinteconto e Rockcontent Talent Network. São examinadas as múltiplas mediações do trabalho pelas plataformas digitais, que se dão em relação ao capital em geral, no emprego do trabalho para viabilização de atividades sociais e no agenciamento específico da contratação a força de trabalho. O trabalho analisa as estratégias de controle dos trabalhadores por parte das plataformas e os modos de limitação de sua autonomia. Essas restrições são impostas de diversas formas. No caso das plataformas, elas incluem regras das plataformas sobre acesso aos trabalhos, mecanismo de remuneração e procedimentos para a seleção, execução e avaliação das tarefas executadas. Parte delas prevê formatos e conteúdos pré-estabelecidos. Outra dimensão do controle e limitação das autonomias ocorre pelos contratantes, que estabelecem conteúdos, parâmetros e prazos, bem como controla o processo produtivo intelectual. A análise aponta como a mediação das plataformas viabiliza aprofundamento da subsunção do trabalho intelectual e reduz a autonomia do trabalhador mesmo que sob um discurso de “independência” destes na execução das tarefas.
O cenário de concentração econômica e de poder em torno das plataformas digitais e sua relação com a crise sistêmica do capitalismo demandam uma análise crítica da forma e do conteúdo da comunicação. A fim de contribuir com tal discussão, o texto analisa as contribuições de Paulo Freire, Álvaro Vieira Pinto e César Bolaño, combinando a crítica cultural, a filosofia da tecnologia e a Economia Política da Comunicação. A ênfase de cada um dos autores recai, especificamente, sobre cultura, tecnologia e comunicação, questões centrais para uma compreensão dialética do problema da comunicação hoje. Advogamos uma práxis que combine usos e visão estratégica com base na crítica à mercantilização e na defesa de uma comunicação contra-hegemônica, orientada por uma perspectiva pública.
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