Este artigo tem como foco a afetividade na relação educativa. Nos documentos científicos e governamentais analisados, a afetividade é considerada importante para a aprendizagem escolar. Apesar disso, constata-se que a dimensão afetiva parece ser negligenciada tanto na prática educativa dos professores do ensino fundamental, quanto nos currículos dos cursos de formação docente no ensino superior. Na busca de explicação para o problema, analisamos as características dos professores em exercício no Brasil, a falta de inter-relação entre os aspectos cognitivos, emocionais e afetivos e a insuficiência de obras relativas à afetividade na relação educativa. Apontamos, como conclusão, que os formadores devem discutir a possibilidade de buscar um equilíbrio entre a dimensão afetiva e a cognitiva no currículo dos cursos de formação de professores.
O intuito deste estudo foi analisar as representações de docência e formação pedagógica presentes no Projeto Político-Pedagógico de um Curso de Mestrado em Saúde Coletiva. Baseado na perspectiva qualitativa de pesquisa, envolveu alunos, ex-alunos e professores, utilizando a análise documental e a entrevista semiestruturada como instrumentos. Contribuições de Bourdieu, Sousa Santos, Anastasiou, Pimenta, Cunha e Lucarelli deram a principal sustentação teórica para a interpretação dos dados mediante a análise de conteúdo. Concluiu-se que os participantes, mesmo tendo a docência como expectativa de ação profissional, pouco encontram nas propostas curriculares essa dimensão, havendo discrepância entre as suas motivações e a proposta de formação. Esta discrepância pode estar indicando a fragilidade do campo científico da educação e da pedagogia universitária nesse contexto. As conclusões alertam para a questão da qualidade da educação superior no Brasil, os desafios impostos à docência e os equívocos provocados pela linearidade entre pesquisa e ensino.
Este artigo discute a compreensão do conteúdo e da estrutura das representações sociais de professores do ensino fundamental sobre afetividade. Valendo-nos de instrumentos de coleta de dados variados (associação livre, entrevistas semi-estruturadas e triagens hierarquizadas sucessivas) concluímos que a afetividade, na prática educativa, é importante para potencializar a aprendizagem cognitiva dos alunos. Ademais, destacamos os elementos que podem constituir a dimensão central da referida representação.
A relação professor-estudante na Educação Superior pode favorecer ou dificultar a rotina e o convívio em sala de aula e, consequentemente, a forma como se dá o processo de ensino-aprendizagem, influenciando a motivação e o comportamento dos graduandos. O artigo apresenta resultados de uma pesquisa qualitativa tipo Estado da Arte, na qual mapeamos e discutimos artigos científicos e teses publicadas entre os anos de 2008 e 2018, nos sites Scielo e Google Acadêmico, a partir dos descritores “relação professor-estudante”, “relação professor-aluno na universidade”, “afetividade no ensino superior”. Os estudos analisados revelam diversas situações em torno da relação professor-estudante na Educação Superior. Se por um lado, há profissionais, os quais adotam posturas autoritárias e restritivas que podem influenciar, inclusive, os processos de evasão dos estudantes, por outro lado, a atuação de docentes considerados amigos, humildes e democráticos pode despertar nos acadêmicos o interesse pelos estudos, promover melhorias nas habilidades sociais de tais sujeitos e potencializar suas aprendizagens.
O trabalho analisa como a pesquisa ação-colaborativa se constitui em um espaço de diálogo e reflexão sobre práticas educativas e avaliativas na universidade. Trata-se de uma dinâmica de pesquisa desenvolvida com docentes de diversas áreas de uma universidade pública do estado da Bahia, que regularmente discutem suas práticas pedagógicas nos contextos de ensino em que atuam. Para este artigo, analisamos as reflexões que faz uma professora do Departamento de Exatas da universidade, com o objetivo de compreender como a docente se insere num movimento autoavaliativo por meio do qual revela e (re)significa suas práticas educativas e avaliativas no contexto do ensino de química. Como dispositivo metodológico, utilizamos narrativas da docente produzidas em forma de relatos orais durante um encontro do grupo de pesquisa. Os resultados do estudo evidenciam que, inicialmente, a docente concebe a avaliação da aprendizagem como um processo voltado para aferição, cuja preocupação é com a existência de uma nota como reflexo da aprendizagem. A partilha, a troca de experiências e a autoavaliação sobre as práticas na docência universitária promovem reflexões que reverberam outros modos de compreensão e de desenvolvimento do fazer docente na universidade.
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