This paper discusses healthcare practices relating to consultation offices in the street, which are a service delineated within the Brazilian National Health System that is directed towards caring for people living on the streets. The intention was to pose questions regarding healthcare and reception strategies, along with the guidelines or values of this work. These are often discordant with each other, like the programmed actions of tracking and moral authority over people living on the streets and the disruptive actions of the urban model for healthy and safe cities, in relation to strong inclusion of people who, for various reasons, live in such situation. Field diaries written by workers at one these consultation offices, located in Porto Alegre, Brazil, comprise an analysis resource. In these workers' day-to-day routine, they pass through the streets and health and intersectoral networks with all their difficulties and strengths.
Resumo Esse artigo visa abordar a relação entre democracia, saúde mental e pandemia. Para tanto, convida o leitor, na primeira parte do texto, a revisitar o assombro da chegada da pandemia da Covid-19 por meio de um filme, cujas personagens colocam em cena posições subjetivas distintas que carregam a potência de interpelar nosso lugar nos cenários necropolíticos da crise sanitária brasileira. Na segunda parte do texto, algumas encruzilhadas da democracia e da saúde mental na atualidade são explicitadas, a exemplo da propagação de discursos antidemocráticos e do recrudescimento das fragilidades da Rede de Atenção Psicossocial. Na última parte do escrito, compartilha-se uma experiência de Educação Permanente em Saúde em curso junto a trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial e da Atenção Primária à Saúde, e se desenvolve uma tentativa de reposicionar as balizas para a ação ético-política no campo da saúde mental contra a paralisia e a anestesia agenciadas pela lógica capitalista do estado necroliberal, que não raro engessa os afetos, os corpos e os atos dos trabalhadores da saúde no cotidiano das práticas.
Este artigo propõe-se a estudar as práticas clínicas exercidas pelos profissionais 'psi' (psicólogos e psiquiatras) junto aos Centros de Atenção Psicossocial de uma região do Rio Grande do Sul, buscando verificar em que medida tais práticas vêm contribuindo para a qualificação profissional destes atores e para a potencialização do processo da reforma psiquiátrica brasileira. Sustentado metodologicamente na pesquisa-intervenção, o trabalho explorou as possibilidades crítico-criativas das práticas operadas na rede de saúde mental, buscando desnaturalizar funcionamentos herdados do modelo hospitalocêntrico de internação e exclusão. Mapeadas as principais temáticas contidas em situações consideradas críticas do cotidiano de trabalho daquele grupo, três grandes categorias analíticas emergiram: Modelo de Gestão, Relações de Equipe e, a categoria focada em especial nesse artigo, das Práticas Clínicas. Cinco aspectos norteadores das práticas clínicas operadas nos CAPS são analisados.
O artigo discute a atenção à crise em saúde mental com base em uma pesquisa-intervenção em andamento que vem cartografando os modos de acolhimento operados em três emergências de hospitais gerais de Porto Alegre. Os processos de cuidado em relação à saúde mental aparecem tão plurais e individualizados quanto as estratégias de que estes trabalhadores lançam mão para dar conta das ansiedades que tais atendimentos mobilizam. Neste percurso de pesquisa no qual a dimensão de formação e intervenção não estão separadas, a proposta é de pôr em análise o acolhimento com classificação de risco junto ao tema da crise em saúde mental, na perspectiva da Política Nacional de Humanização. O medo ao desconhecido, o estigma associado à loucura e, fundamentalmente, a sensação de despreparo dos profissionais para escutar e resolver os problemas que surgem nos atendimentos emergenciais produz efeitos de invisibilidade sobre a dimensão da saúde mental presente em muitos desses atendimentos. Uma espécie de “foco míope” no trabalho aí desenvolvido emerge como efeito deste modo de trabalhar que, sendo tomado como analisador, pode apontar caminhos de resgate ao sentido, muitas vezes perdido, do acolhimento como diretriz e dispositivo de humanização da saúde.
Este artigo tem por base uma pesquisa de conotação avaliativa, participativa e interventiva, realizada na região metropolitana de Porto Alegre, que investigou os processos de cuidado em Saúde Mental na Atenção Básica da rede de saúde pública. O estudo aqui tratado realizou um recorte dessa pesquisa, analisando os encontros ocorridos especificamente na capital, uma das seis participantes da intervenção, à luz da metodologia cartográfica. A proposta foi analisar as implicações dos pesquisadores sitiados neste campo da pesquisa maior, como foram os processos dialógicos entre pesquisadores, usuários, trabalhadores, familiares e gestores de saúde, e o que se produziu diante das problemáticas da rede e suas possíveis invenções para dar conta do cuidado em saúde mental na atenção básica. Vimos, ao longo do processo, o quanto o contato com um campo participativo produz um saber que problematiza e transforma os conhecimentos preestabelecidos pelos pesquisadores.Palavras-chave: Análise de Implicação; Saúde Mental; Atenção Básica; Pesquisa-Intervenção; Pesquisa Participativa.
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