Este artigo busca contribuir para a Reforma Psiquiátrica, propondo-se a analisar um de seus atuais desafios: o exercício de protagonismo e participação social de usuários em saúde mental. Para tanto, descreve uma pesquisa, sustentada metodologicamente na cartografia, em espaços instituídos de participação, em um Centro de Atenção Psicossocial de município da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, onde foram utilizadas as seguintes ferramentas de pesquisa: observação participante, diário de campo e entrevistas com gestores, trabalhadores e usuários. Entre seus resultados, o conceito de coletivo indicou a potência de um novo arranjo participativo, capaz de dialogar com as noções de autonomia e protagonismo, constituindo-se enquanto plano existencial fértil para o exercício de protagonizar em saúde mental.
Este artigo propõe-se a estudar as práticas clínicas exercidas pelos profissionais 'psi' (psicólogos e psiquiatras) junto aos Centros de Atenção Psicossocial de uma região do Rio Grande do Sul, buscando verificar em que medida tais práticas vêm contribuindo para a qualificação profissional destes atores e para a potencialização do processo da reforma psiquiátrica brasileira. Sustentado metodologicamente na pesquisa-intervenção, o trabalho explorou as possibilidades crítico-criativas das práticas operadas na rede de saúde mental, buscando desnaturalizar funcionamentos herdados do modelo hospitalocêntrico de internação e exclusão. Mapeadas as principais temáticas contidas em situações consideradas críticas do cotidiano de trabalho daquele grupo, três grandes categorias analíticas emergiram: Modelo de Gestão, Relações de Equipe e, a categoria focada em especial nesse artigo, das Práticas Clínicas. Cinco aspectos norteadores das práticas clínicas operadas nos CAPS são analisados.
Resumo Este texto apresenta um relato de experiência vivenciado por um grupo de trabalhadores do Núcleo Regional de Ações em Saúde da 4ª. Coordenadoria Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul no município de Santa Maria. O artigo apresenta uma experiência de reorganização do processo de trabalho no intuito de enfrentar a histórica fragmentação das ações no campo da gestão em saúde, além de disparar processo de aprendizagem para realizar apoio institucional aos trinta e dois municípios pertencentes à área de abrangência administrativa dessa coordenadoria. Para tanto, apostamos nas estratégias de cogestão e educação permanente em saúde enquanto ferramentas para desencadear processos de mudança e invenção de outros modos de conceber e realizar o trabalho em saúde. Com essa experiência, conseguimos desacomodar lugares instituídos, inventar novas formas de trabalhar em equipe e de maneira interdisciplinar, visando fortalecer esse grupo de trabalhadores e suas práticas. Palavras-chave: educação permanente; saúde coletiva; sistema único de saúde.
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