ResumoEste artigo analisa o percurso criativo e os modos de atuação presentes em dois espetáculos de atrizes/diretoras vinculadas ao Projeto Magdalena nos quais encontramos uma forte presença da subjetividade como propulsora do ato criativo. Para tanto, dialogamos com as noções de "sujeito nômade", da filósofa feminista Rosi Braidotti, e "partir de si", expressão que gerou reflexões junto à comunidade filosófica feminina Diotima, buscando pensar sobre os caminhos da(s) subjetividade(s) feminina(s) na cena contemporânea. Palavras-chave: Subjetividade nômade;Mulheres; Projeto Magdalena. AbstractThis article analyses the creative path and modes of acting present in two performances by actresses/directors connected to The Magdalena Project where we find a strong presence of subjectivity as the drive for the creative act. We propose a dialogue with the notions of "nomadic subject", by feminist philosopher Rosi Braidotti, and "start from oneself", expression that generated reflections within the philosophical female community Diotima, in the search for ways of thinking about the female subjectivity(s) in the contemporary scene.
A noção de grotesco se encontra em quase todas as vanguardas artísticas do começo do século XX. Da literatura às artes plásticas, o termo é comumente relacionado ao exagero, à caricatura, ao satírico ou ao fantástico. Sua origem está fortemente ligada ao elemento pictórico, como os ornamentos murais antigos redescobertos no Renascimento, que mesclam formas do reino vegetal a corpos humanos ou de animais, reforçando a relação estreita com a imagem, o insólito e o artificial. Bakhtin (2002) relacionou o grotesco à cultura cômica popular. Para ele, o conceito surge em períodos de transição ou de crise, em que a ordem antiga é questionada sem que um novo sistema a tenha substituído. No seu entendimento, há uma tendência de reducionismo no uso do termo, principalmente por parte de esteticistas alemães e russos. Ao se referir à análise do pesquisador alemão Schneegans da obra de Rabelais, reprova sua ignorância em relação à "ambivalência profunda e essencial" (BAKHTIN 2002:265) do grotesco, que estaria reduzido à idéia de profusão, hiperbolismo e excesso, configurando-se ora como gênero cômico, ora como trágico.Para o teórico russo, a especificidade do grotesco consiste justamente em unir trágico e cômico ao mesmo tempo, tendo o corpo humano, e seus limites com o mundo que o cerca, como base da concepção de seu aspecto imagético. Trata-se de um corpo em movimento, que jamais está pronto ou acabado, mas encontra-se eternamente em processo de construção.Meierhold dá ao termo uma interpretação pessoal. Conceito-chave de sua obra, o grotesco meyerholdiano não se reduz a uma figura de estilo, exagero, hipérbole, mas integra as diversas contradições sobre as quais funciona seu modo de criação: observação minuciosa e seleção rigorosa, fragmento e generalização, realismo e convenção, política e estética, teatro *Marisa Naspolini é especialista em Análise do Movimento pelo Laban/Bar-Marisa Naspolini é especialista em Análise do Movimento pelo Laban/Bar-
Esta comunicação propõe o relato de uma experiência cênica vivida a partir de questões de gênero surgidas na escola no âmbito do Projeto Papo Sério, coordenado pela Professora Miriam Grossi na UFSC. As interfaces entre corpo, memória, autobiografia e gênero são trabalhadas através do campo das artes da cena, visando aprofundar e ampliar a concepção de alteridade no contexto escolar. PALAVRAS-CHAVE: Corpo. Gênero. Escola. Marisa NASPOLINI Miriam Pillar GROSSI Vol 03, N. 03 -Set., 2017 | https://portalseer.ufba.br/index.php/cadgendiv Marisa NASPOLINI Miriam Pillar GROSSI Vol 03, N. 03 -Set., 2017 | https://portalseer.ufba.br/index.php/cadgendiv
Este artigo tece algumas considerações acerca do legado constituído pelos 25 anos de atividades do Projeto Magdalena-rede internacional de mulheres de teatro presente em mais de 50 países, que tem contribuído significativamente para dar visibilidade ao trabalho feito por mulheres no campo teatral. Trata-se de uma organização de características fortemente colaborativas baseada em uma estrutura horizontal, não-hierárquica, constituída por artistas que buscam compartilhar e aprimorar sua criação artística. Os principais aspectos levantados estão ligados à forma de organização em rede e à abordagem intercultural presente no projeto. Além de pesquisa bibliográfica, a autora realizou entrevistas e participou de eventos ligados à rede, obtendo depoimentos pessoais voltados para os temas em questão. Este artigo é parte de uma pesquisa de maior porte que busca investigar experiências interculturais como parte do processo criativo de artistas ligadas à Rede Magdalena.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.