Objetivo: Comparar parâmetros vocais entre discursos honestos e falsos. Método: 40 sujeitos (20 de cada gênero), entre 19 e 58 anos (28,82±9,68), foram submetidos a testes de discurso honestos e/ou falsos. Para a análise vocal foi solicitada a emissão sustentada da vogal /e/ em frequência e intensidade habitual previamente às situações pré-teste e teste. As amostras de voz e fala foram capturadas por meio de microfone e vídeo. Os parâmetros vocais analisados foram frequência fundamental (f0), pitch, loudness, tensão fonatória, instabilidade e ataque vocal. Resultados: os parâmetros vocais que apresentaram diferenças estatisticamente significantes foram a tensão (p= 0,004) e o ataque vocal (p=0,01). A loudness apresentou uma tendência a aumento no discurso falso (p=0,08). Conclusão: os parâmetros vocais de tensão e ataque vocal se diferenciaram entre os discursos falsos e honestos, o que podem sugerir uma possível mudança no comportamento vocal frente a discursos mentirosos.
Objetivo: Comparar os movimentos corporais entre discursos honestos e falsos. Método: Estudo quantitativo e transversal, com abordagens descritiva e analítica, realizado com 40 sujeitos distribuídos igualitariamente em dois grupos quanto ao sexo. Os participantes não apresentavam evidências de deficiência (auditiva, visual, física ou neuromotora), permaneceram com os cabelos presos e sentados durante a filmagem da narrativa dos discursos verdadeiro e falso, sendo interpretados previamente os movimentos de base de cada sujeito. Os dados obtidos foram analisados, comparados e submetidos às análises estatísticas no programa SPSS pelas técnicas uni e bivariada e os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher, tendo nível de significância p < 0,05. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados: As principais alterações corporais identificadas no discurso falso que diferiram do verdadeiro na análise descritiva foram: tensão em orbicular (aumento de 35%), movimentação moderada dos membros superiores (aumento de 30%), respiração profunda (aumento de 20%), piscar excessivo (aumento de 15%), desvio no olhar (aumento de 10%) e movimentação moderada (aumento de 10%) e elevação dos membros inferiores (aumento de 10%), porém sem evidência estatística de associação com o tipo de discurso. Na modificação da postura (aumento de 15%), percebida por movimentação da cabeça ou tronco, houve associação estatisticamente significativa ao discurso falso (p= 0,007). Conclusão: Durante a produção de discursos mentirosos houve tendência à modificação do movimento corporal, tendo como principal ponto de gatilho a alteração postural.
Objetivo: Analisar os parâmetros da fluência da fala de discursos mentirosos. Método: Estudo quantitativo e transversal, com abordagem descritiva e analítica. Participaram da pesquisa vinte sujeitos distribuídos igualitariamente quanto ao gênero e escolaridade. Realizou-se uma filmagem da narrativa de dois discursos, um verdadeiro (pré-teste) e outro falso (teste), a partir da simulação de uma entrevista em que se utilizou máquina fotográfica no modo vídeo. Os dados foram tabulados em planilha Excel, comparados e submetidos às análises estatísticas pelo teste Qui-quadrado, pelo teste de distribuição normal e teste T, tendo como nível de significância p < 0,05. Resultados: A idade média dos participantes foi de 28,7 ± 9,8. Os momentos pré-teste (verdade) e teste (mentira) não revelaram diferenças estatisticamente significantes quando a fluência foi analisada ou quando a quantidade de sílabas e palavras foi comparada. Houve correlação negativa (tanto na quantidade de sílabas quanto de palavras), indicando que quando um sujeito produz mais quantidade de palavras ou sílabas ao falar a verdade, tende a diminuir tal quantidade ao mentir. Conclusão: Os parâmetros da fluência na fala não possibilitaram distinguir os discursos verdadeiros dos mentirosos. Estudos com amostras maiores e que envolvam fatores estressores mais impactantes necessitam ser realizados para verificar se o estímulo teste foi ou não suficiente para alterar a fluência em discursos desonestos e assim, ratificar (ou não) os resultados deste estudo.
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