ste artigo trata do risco de se transformar o patrimônio cultural ou bem patrimonial em uma mercadoria como outra qualquer, ou, simplesmente, em puro fetiche, quando o patrimônio cultural, com suas complexas redes de práticas e significados, se transforma em mero produto, ou objeto "coisificado", ou fetichizado.A motivação para tal reflexão deve-se à necessidade de suscitar novos debates e construir permanente indagação sobre questões e temáticas relativas ao patrimônio cultural, diante das engrenagens da sociedade contemporânea.O chamado capitalismo tardio, marcado pela internacionalização do capital e flexibilidade do trabalho, entre
Brasília pode ser reconstruída com base em três eixos narrativos: (i) o lugar das ciências sociais, no interior delas a sociologia, no projeto de criação de uma universidade pública na nova capital do país -Brasília. A Universidade de Brasília, vinculada à Fundação Universidade de Brasília, teve como seu primeiro reitor o antropólogo Darcy Ribeiro; (ii) a constituição de um corpus acadêmico voltado para as mudanças sociais. As disciplinas temáticas e os professores buscavam compreender as tensões vividas em um cenário polÍtico que anunciava, por um lado, a persistência de comandos tradicionais e, por outro, a existência de uma sociedade civil sintonizada com um projeto de mudanças. Atuar neste cenário era o desafio da sociologia na UnB; e, por fim, (iii) a relação entre Brasília e o ethos de produção da sociologia, os compromissos e a atuação das futuras gerações. A direção das mudanças no país orientava o pensamento de Darcy Ribeiro:O Brasil não pode passar sem uma universidade que tenha o inteiro domínio do saber humano e que o cultive não como um ato de fruição erudita ou de vaidade acadêmica, mas com o objetivo de, montada nesse saber, pensar o Brasil como um problema. Esta é a tarefa da Universidade de Brasília (Ribeiro, 1986a: 5).Mais de cinco décadas se passaram, sem que a UnB e a sociologia perdessem os vínculos com o projeto inovador da Universidade. Em 2014, quando da decisão do Instituto de Ciências Sociais de se transferir do centro do Minhocão -como é chamado o Instituto Central de Ciências (ICC), principal prédio da UnB e agregador de seu patrimônio histórico e acadêmico -para um novo e moderno edifício, a professora Mariza Veloso foi voto vencido:Como podemos abandonar o lugar primordial reservado às ciên-cias sociais no coração do ICC e que resultou de uma distinção do papel central dessas ciências no projeto fundador da UnB?
Resumo. O artigo discute a inserção de Gilberto Freyre no horizonte do modernismo brasileiro e constrói seu argumento a partir dos ideais que o intelectual compartilha com sua geração. As principais linhas de interpretação responsáveis pela renovação do pensamento brasileiro podem ser sumarizadas pela substituição do conceito de Raça pelo de Cultura e pela alteração que provoca nos conceitos de História, Memória, Tempo e Tradição. Palavras-chave: cultura brasileira, raça, história, tradição. I. IntroduçãoJá plenamente inserida no horizonte modernista, uma das principais obras de Gilberto Freyre -Casa-Grande e Senzala -foi publicada no ano de 1933. Em seu primeiro prefácio, manifestando o sentido de vanguarda por intermédio da idéia de missão, o autor expressa a urgência em promover uma interpretação renovada da cultura brasileira:O professor Franz Boas é a figura de mestre de que me ficou até hoje maior impressão. Conheci-o nos meus primeiros dias em Colúmbia. Creio que nenhum estudante russo, dos românticos, do Século XIX, preocupou-se mais intensamente pelos destinos da Rússia do que eu pelos do Brasil na fase em que conheci Boas. Era como se tudo dependesse de mim e dos de minha _____________________ Mariza Veloso é professora do
O artigo trata da trajetória intelectual e política de José Martí. Busca analisar as rupturas que o mesmo introduziu no campo cultural da América Latina, ao reescrever as relações entre civilização e barbárie, assim como entre literatura, história e política. Utilizou-se da crônica jornalística como arma de combate para introduzir um discurso novo que apontasse para outra modernidade, onde os grupos subalternos e esquecidos pudessem transformar-se em atores sociais, protagonistas da história latino-americana.
The article deals with José Martí's intellectual and political trajectory. I aim at analyzing the breakthroughs that brought Martí to the Latin American cultural field by motivating him not only to redraw the civilization barbarism lines but also to redefine the connections between literature, history and politics. As I attempt to demonstrate, Martí deployed the newspaper chronic as a weapon to introduce a new discourse that sought to highlight the existence of an alternative modernity, whereby subaltern and forgotten groups could become social actors and protagonists of Latin American history
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