A integralidade, princípio norteador do Sistema Único de Saúde, preconiza a resolutividade das ações em saúde considerando o indivíduo no seu contexto social, cultural e psicológico. Este relato de experiência objetiva relatar práticas que buscam prestar assistência integral à saúde por meio da articulação entre os serviços de baixa e média complexidade, em um município do Rio Grande do Sul. As práticas iniciaram após reflexão realizada pela equipe de gestão da Rede de Atenção à Saúde – RAS sobre aspectos da organização e planejamento dos serviços, na qual identificaram-se falhas significativas nos processos de trabalho. As atividades, desenvolvidas por enfermeiras alocadas em uma Unidade de Pronto Atendimento, buscaram enfrentamento à fragmentação do sistema, desempenhando ações voltadas para promoção da integração, articulação e sinergia entre serviços da RAS. Durante o processo de implementação e desenvolvimento das atividades, identificaram-se entraves e facilitadores. Dentre os entraves destacaram-se: falta de conhecimento dos trabalhadores quanto aos serviços disponíveis; lacunas entre a política preconizada e as práticas dos serviços; clínica voltada apenas para doença; percepção reduzida do profissional sobre o cuidado integral; relações que carecem de simetria entre usuários e trabalhadores de saúde; agendas médicas na APS superlotadas; recursos humanos insuficientes; queixas de pacientes subestimadas; e inexistência de fluxo de referenciamento e contrarreferenciamento na RAS. Com relação às facilidades, constataram-se: comunicação efetiva; troca de experiências; aprendizado; cooperação; trabalho em conjunto e; ampliação da visão de profissionais da RAS quanto a necessidade de articulação. Evidenciam-se avanços na superação do modelo fragmentado, na aproximação entre os serviços de saúde e na ampliação do olhar voltado ao paciente em sua totalidade, possibilitando instituir ações que asseguram a integralidade no cuidado.
Introdução: As metodologias para avaliação da qualidade dos sistemas de saúde evoluíram nas úlmas décadas. Inicialmente, as estratégias de mensuração de qualidade eram voltadas para assistência hospitalar. Porém, com a expansão da Atenção Primária à Saúde, como organizadora do cuidado na Saúde Coleva, novas ferramentas de avaliação da qualidade dos serviços foram desenvolvidas. Objetivo: realizar uma busca por pesquisas que avaliaram a qualidade da APS, valendo-se de instrumentos para tal apreciação. Método: Realizou-se uma revisão integrava da literatura nas bases de dados LILACS, Medline e ScieLO, com cruzamento de descritores relacionados à temática do estudo. Foram aceitos argos em inglês, português e espanhol, sem restrição ao ano de publicação. Os estudos relevantes foram selecionados por critérios de inclusão e exclusão aplicados ao resumo e ao texto original. Resultados e discussão: A busca inicial resultou em 253 publicações. Após a eliminação de trabalhados em duplicidade e da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 38 foram elegíveis para esse estudo. Foram identificados 8 instrumentos de avaliação da Atenção Primária à Saúde, aplicados em 13 países, entre os anos de 2004 a 2018. Conclusão: O estudo constatou que instrumentos para avaliação da Atenção Primária à Saúde estão sendo utilizados em diversos países, fortalecendo a qualidade do planejamento das ações em saúde.
O objetivo deste texto é relatar a experiência da vigilância do crescimento e do desenvolvimento de crianças com até vinte e quatro meses de idade, em uma Estratégia de Saúde da Família. Trata-se de um relato de experiência sobre ações voltadas à saúde infantil, realizadas em um município no interior do Rio Grande do Sul. A iniciativa se deu a partir de inquietações quanto ao cuidado fragmentado, ao monitoramento insatisfatório de crianças e à necessidade de promover mudanças na comunidade. A interdisciplinaridade, pelo seu potencial em consolidar atenção integral e práticas mais resolutivas, foi o eixo norteador para desenvolver os cuidados às crianças. Essas ações abrangem consulta de puericultura compartilhada, visitas domiciliares e atividades educativas em grupo, com o intuito de, sobretudo, promover a saúde, prevenir doenças, assegurar um processo de crescimento e desenvolvimento exitoso e garantir a longitudinalidade do cuidado. A metodologia de atendimento desenvolvida permitiu realizar reflexões sobre o quão positivo é romper com o pensamento profissional fragmentado, integrando os saberes das diferentes áreas. A busca e a manutenção da atuação interdisciplinar foram desafiadoras e mobilizaram reflexões na equipe continuamente. Ademais, ampliaram, também, as possibilidades e a capacidade de transformar as práticas de atenção à saúde das crianças.
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