O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de hanseníase, sendo o Nordeste a terceira região que mais acometida pela hanseníase. Esse estudo tem por objetivo realizar a distribuição temporal da prevalência de hanseníase nas capitais nordestinas, durante o período de 2014 a 2021, associado aos dados operacionais de cada local. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, de caráter descritivo e de abordagem quantitativa, no qual foram utilizados dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi utilizado o software Microsoft Excel 2019 para tabulação dos dados e elaboração dos gráficos e tabelas. A maior prevalência foi encontrada na cidade de São Luís-MA, com predomínio do sexo masculino e de indivíduos acima de 60 anos. Quanto aos indicadores operacionais, Natal-RN se destacou por registrar a maior proporção de casos novos (96,50%) e também pela detecção por encaminhamento (85,99%). Quanto ao grau de incapacidade física, classe operacional e modo de saída, todos os estados registraram uma maior proporção para grau 0, multibacilar e cura. O estudo concluiu que em locais com maiores prevalências ocorre uma maior busca ativa, porém existe a necessidade de capacitação para os profissionais da saúde.

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma doença grave com alteração isquêmica, a partir de um coágulo que impede o fluxo sanguíneo causando morte celular de um fragmento do músculo cardíaco, o que pode ocasionar sequelas físicas, psicológicas e sociais. Objetivo: Caracterizar a situação epidemiológica do infarto agudo do miocárdio no município de Maceió, Alagoas no período de 2010 a 2020, afim de analisar os óbitos, as internações e suas possíveis causas. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional descritivo, com abordagem quantitativa através de dados secundários a partir de informações de saúde obtidas na base de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informação Hospitalar (SIH). Resultado/Discussão: O ano de 2019 apresentou o maior coeficiente de óbitos por IAM e um decréscimo no ano seguinte o qual se iniciou a pandemia de Covid- 19 no Brasil, podendo estar associado a uma suposta inadequação das notificações, quando a sobrecarga dos serviços foi intensificada, comprometendo a qualidade da informação. As internações aumentaram 26 casos a mais nesse mesmo ano. Conclusão: O estudo possibilitou o conhecimento da situação epidemiológica da região, o que se faz necessário para que aja um manejo eficiente e de qualidade dessa população.

Introdução: Em janeiro de 2020, a OMS declarou o novo coronavírus como emergência de saúde pública de interesse internacional, sendo mais a frente declarada como sendo uma pandemia. Como estratégia para o enfrentamento e proteção de pessoas susceptíveis, a vacinação foi adotada como a forma mais eficaz de prevenção, além da produção de imunidade duradoura para todos os vacinados Objetivo geral: analisar a cobertura vacinal da COVID-19 em gestantes em uma USF no município de Maceió, no ano de 2021 a 2022. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa baseado em dados obtidos pelo relatório do sistema de registro de vacina local, referente ao número de doses aplicadas da vacina COVID-19 em uma USF no município de Maceió no período de 2021 a 2022. Resultados/Discussão: é possível verificar que houve uma baixa cobertura vacinal neste período, o que representa, alto risco de desenvolvimento de comprometimentos graves e morbimortalidade associada ao contágio por SARS-CoV-2. Conclusão: A vacinação é uma responsabilidade individual e coletiva, portanto, novas estratégias precisam ser adquiridas pela unidade de saúde, para realização de busca ativa dessas gestantes faltosas, ou que tenham abandonado o esquema vacinal pela metade, como também as mais resistentes à aplicação da vacina, na tentativa de aumentar o número de gestantes com o esquema vacinal completo.

Introdução: A Covid-19 acometeu muita gente deixando sequelas, tanto nos pacientes que tiveram os casos mais leves quanto nos mais graves. Objetivo geral: relatar a experiência de um paciente na reabilitação pós Covid-19. Metodologia: trata- se de um estudo qualitativo, do tipo relato de caso acerca da reabilitação de um paciente pós Covid-19. A coleta de dados foi realizada mediante entrevista com o paciente através de videoconferência respeitando os protocolos vigentes pela pandemia na época. Para facilitar a interação do participante no momento da coleta de dados, e com o consentimento do paciente, a entrevista foi gravada. Tratando-se de uma nova patologia e com pouquíssimas evidências acerca do Covid-19 e para embasar as informações obtidas na entrevista foram utilizados artigos bibliográficos selecionados no Google Acadêmico e SciELO publicados no período de 2019 a 2022, para compreender e fundamentar o relato. Discussão: De acordo com o Ministério da Saúde (2020) os serviços de reabilitação são processos terapêuticos não caracterizando área de exclusividade profissional e sim uma proposta de atuação multiprofissional. Conclusão: Espera-se que esta pesquisa seja de grande importância para pessoas que tiveram ou que venham a ter sequelas do Covid-19 a terem um processo de reabilitação de qualidade.

Introdução: A violência é considerada um fenômeno que perdura por séculos na sociedade. A elevada incidência de casos de violência durante a infância e adolescência chama atenção em nível nacional e mundial. O objetivo do estudo é analisar a situação epidemiológica da violência sexual na infância no estado de Alagoas no período de 2009 a 2019. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, quantitativa, descritiva e documental. A faixa temporal adotada compreende o período de 2009 a 2019, utilizando as variáveis “faixa etária”, “sexo das vítimas”, “local de ocorrência da violência”, “violência de repetição”, tipo de agressor “desconhecido”, “municípios de ocorrência” e “ano”. Resultados/Discussão: A maioria das violências ocorreram dentro de residências; os autores são pessoas intimamente conhecidas das vítimas e suas famílias. A problemática do preparo, conhecimento dos profissionais, estrutura de rede de apoio, medo e desproteção do profissional autor da notificação diante dos processos legais, a atuação dos Conselhos Tutelares mostrar-se precária, a falta de capacitação, além de atividades, consideradas pelas enfermeiras, de maior relevância, influenciam na subnotificação dos casos. Considerações finais: Identificou-se que a notificação compulsória deve ser entendida como uma das principais etapas para o enfrentamento da violência infantil, pois esses dados epidemiológicos devem ser usados para o planejamento de intervenções de enfrentamento da violência. É importante problematizar os dados disponibilizados a fim de planejar intervenções, como ações preventivas e educativas, contribuindo para uma diminuição nos casos de violência infantil. Tais ações precedem o ato de violação dos direitos e dignidade da criança gerados pelo abuso.