Este artigo propõe discutir a formação docente com enfoque na educação superior e políticas públicas a partir de elementos de disputas. O objetivo do estudo é compreender o que a área da educação investiga sobre formação de professores tendo como enfoque as políticas de educação superior, com vistas a fornecer subsídios teóricos que possibilitem um debate consistente em torno das implicações das reformas educacionais para a formação docente no Brasil. A metodologia utilizada foi a do Estado do Conhecimento e análise de conteúdo para a coleta, categorização e análise dos dados. Os textos foram extraídos da base de dados SciELO. Concluímos que é possível aferir que a formação de professores é marcada pela supremacia dos interesses do capital caraterizado pela teoria das competências e pelas habilidades próprias da BNCC que permeiam a Resolução CNE/CP nº 2/2019 e que asseguram no campo das políticas educacionais os interesses de grupos privatistas de natureza neoliberal.
O projeto da modernidade apresenta-se neste artigo sob o signo prometeico da emancipação humana, em que a ciência se torna o elemento central do combate a opressão. O objetivo foi o de refletir sobre a concepção de História como conhecimento rigoroso, global, radical e emancipatório, em contraponto a desvalorização desse campo promovida por todos que passaram pelo batismo pós-moderno. A metodologia utilizada foi a histórico-crítica, onde se pressupõe a historicidade como perspectiva mais abrangente de análise para se compreender e agir sobre a sociedade civil e política. Neste sentido, retoma-se o materialismo histórico como perspectiva não só abrangente, mas, sobretudo, mais rigorosa para se apreender a disseminação do movimento intelectual em torno do imaginário da pós-modernidade.
O tema Educação Superior é bastante recorrente nos debates e pesquisas científicas no campo educacional. Por ser um tema ligado diretamente há uma área central da formação humana, as pesquisas em educação superior acabam tensionando diversos eixos interpretativos e suscitando questões coevas às problemáticas atuais. O artigo tem por escopo apresentar, a partir do Estado do Conhecimento, os temas e questões sobre a educação superior. O problema investigativo se caracteriza pelas perguntas: o que os pesquisadores da área da educação superior estão publicando? Quais os temas? Quais os conceitos? Quais as questões levantadas? As perguntas anunciam a complexidade da área e apontam as tensões decorrentes das disputas pela hegemonia de um projeto de educação superior. Os acervos científicos selecionados foram: ANPEd, Portal de Periódico CAPES e a base SCIELO, no recorte temporal de 2017-2020. Esta investigação foi bibliográfica e teve como base de análise a metodologia histórico-crítica. Os dados categorizados permitem aferir que existe uma produção cientifica em Educação Superior densa e variada. A análise nos ajudou a compreender a preocupação dos autores em debater questões atuais sobre a educação superior brasileira, e que mesmo com uma produção temática sólida, ainda persistem certos valores hegemônicos que representam uma unidade ética nas investigações em diversas frentes de atuação. Além disso, ficou evidente o crescente movimento de mercantilização da educação superior neste período de 2017 a 2020 no Brasil, fruto das Políticas Internacionais de Educação que vem sendo impostas desde a construção e integração do Espaço Europeu de Educação na Europa.
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Em março de 2020, o mundo se deparou com a pandemia de covid-19 e, na tentativa de deter o avanço do vírus, medidas de distanciamento social foram adotadas pelos governos dos diversos países, resultando no fechamento das escolas, cujas metodologias de ensino tiveram de ser modificadas, passando do modelo presencial para o remoto ou híbrido. Na tentativa de conduzir esse processo, os organismos multilaterais produziram orientações sobre a reformulação das estruturas pedagógicas nos países periféricos, elaborando documentos a serem seguidos nessa conjuntura de crise internacional. Nesse sentido, o Banco Mundial publicou, em fevereiro de 2021, um relatório que sinaliza encaminhamentos a serem trilhados pelos governos da América Latina e do Caribe. O estudo, que se caracteriza pela abordagem qualitativa e documental, tem como objetivo compreender as contradições que emergem no discurso do relatório a partir dos determinantes históricos que impactaram a realidade educacional. A base metodológica foi a materialista-histórico-dialética, complementada pela análise de conteúdo de Bardin, utilizando a técnica de mineração de texto como suporte. Os resultados indicam a articulação de dois elementos discursivos, o primeiro aponta para as oportunidades de solidificação e ampliação de acesso dos sistemas educacionais, e o segundo, para a criação de um consenso para efetivação de iniciativas neoliberais que foram pensadas como emergenciais, porém, vêm ganhando status de permanentes.
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