Objetivo: este estudo avaliou a relação clínica entre a forma de aleitamento da criança, orientação prévia das mães sobre amamentação natural, instalação de hábitos de sucção não-nutritivos e a presença de más oclusões. Metodologia: foram examinadas 79 crianças (39 com hábitos de sucção e 40 sem hábitos de sucção), de ambos os gêneros, entre 2 e 5 anos, com a dentadura decídua completa e sem perda de tecido dentário interproximal, selecionadas de maneira randomizada, que participavam do Projeto de Bebês da Universidade Federal do Espírito Santo. Apenas um examinador (Kappa intra-examinador: 0,96) avaliou as características faciais e oclusais das crianças, no sentido ântero-posterior, transversal e vertical. As mães foram instruídas a responderem um questionário sobre o desenvolvimento da criança e o grau de orientação prévia que receberam sobre amamentação natural, hábitos, más oclusões e respiração bucal. Foram empregados os testes estatísticos qui-quadrado, teste exato de Fischer, t de Student e Odds Ratio. Resultados: os resultados mostraram que: 1) existe uma relação estatisticamente significante entre o prolongamento do aleitamento materno e a redução da instalação de hábitos de sucção (p<0,01); 2) a orientação prévia das mães sobre amamentação natural resultou num prolongamento no tempo de aleitamento natural, para crianças com e sem hábitos (p<0,01); 3) crianças com hábitos tiveram maior risco relativo de desenvolver más oclusões no sentido vertical (OR: 12,8), transversal (OR: 4,25) e alteração ântero-posterior na relação dos caninos (p<0,01). A alteração da relação ântero-posterior dos segundos molares decíduos não mostrou diferença estatisticamente significante (p:0,07). Conclusão: os resultados sugerem que o grau de informação das mães e o prolongamento do período de aleitamento natural estão diretamente relacionados com a menor incidência de más oclusões nessa fase do desenvolvimento da criança. ResumoPalavras-chave: Hábitos de sucção. Má oclusão. Amamentação.
Low birth weight and prematurity may be associated with delayed dental eruption in the deciduous dentition; notwithstanding this relationship, cases of preterm newborns presenting natal or neonatal teeth have been reported in the literature RESUMOO baixo peso ao nascer e a prematuridade podem estar associados ao atraso na erupção dental na dentição decídua; não obstante esta relação, têm sido relatados na literatura casos de recém-nascidos pré-termo apresentando dentes natais ou neonatais, embora isto seja uma ocorrência rara. O objetivo foi apresentar o relato de dente natal em um recém-nascido pré-termo, analisando a singularidade deste caso em contraponto ao atraso na erupção dental usualmente observado em associação à prematuridade. Relato do caso: O recém-nascido, sexo feminino, com idade gestacional de 36 semanas e 3 dias, peso ao nascimento de 2.300g, foi atendido no projeto de extensão "Estratégias de Promoção de Saúde Bucal para Bebês" vinculado à disciplina de Odontopediatria da Universidade Federal do Espirito Santo, encaminhado pelo setor de neonatologia e pediatria do hospital universitário por apresentar um dente erupcionado desde o nascimento. Ao exame clínico constatou-se, na região correspondente aos incisivos centrais inferiores, a presença de um dente natal erupcionado e um dente homólogo recoberto pelo tecido gengival. A radiografia periapical evidenciou os elementos 71 e 81. Como estavam bem implantados e não interferiam na amamentação, estes dentes foram mantidos. A mãe foi orientada a retornar à clínica caso ocorressem ulcerações na língua do bebê ou fissuras mamilares, havendo relato negativo quanto à ocorrência de alterações, até os dois meses de idade. A ocorrência de dente natal é rara, mas pode estar presente em recém-nascido pré-termo, apesar da associação entre prematuridade e atraso na erupção dental na dentição decídua.Termos de indexação: Prematuro. Dentes natais. Erupção dentária.
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