Saúde e doença são categorias fundamentais no pensamento de Nietzsche. Elas premeiam toda a sua obra e intermedeiam muitas das suas teses principais. Mais que isso, aquilo a que Nietzsche chamou “grande saúde” parece desempenhar um papel decisivo na sua tarefa de superação do niilismo e reabilitação da cultura ocidental. O presente artigo pretende elucidar a noção nietzschiana de “grande saúde” a partir de uma análise conceptual daquilo a que chamamos a transvaloração nietzschiana do conceito de saúde. Analisaremos a noção nietzschiana no contraste com a definição oficial de saúde, operante não só na medicina, mas também em outras práticas terapêuticas, como as filosófico-morais da Antiguidade ou as religiosas, como o cristianismo. Sendo manifesta a prevalência e relevância do conceito no pensamento de Nietzsche, procuraremos ainda determinar o seu critério para a aferição de saúde ou doença na ausência de uma definição universal alternativa. Por último, avaliaremos o conteúdo conceptual específico da noção de “grande saúde”, no contraste e/ ou continuidade com a sua concepção de saúde.
This essay discusses the possibility, relevance, and pertinence of a reactivation of philosophy as a way of life today on the basis of Pierre Hadot’s account and recent scholarly approaches to the topic. In the wake of John Sellars, it regards philosophy as a way of life as a metaphilosophical option that can still be applied today. The essay starts by addressing John Cooper’s criticism of philosophy as a way of life in the contemporary philosophical landscape and shows that, against the background of the model defined by Hadot, Cooper’s objections do not apply. It then illustrates the clear expression of the model in contemporary philosophy through the particular case of Nietzsche. It concludes by outlining some of the considerations that, in the wake of Hadot, Sellars, Michael Chase, and others, might persuade researchers, teachers, and academics to embrace philosophy as a way of life in their work and lives.
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