Resumo Este artigo tem por objetivo apresentar aproximações teóricas entre características da técnica de mapeamento conceitual e aspectos da elaboração de conhecimento científico na História da Ciência. Tais aproximações foram exemplificadas por intermédio da construção e análise de um mapa conceitual sobre como, historicamente, o conhecimento foi desenvolvido de forma a resultar na Lei da Inércia. Como conclusão, aspectos estruturais dos mapas conceituais (proposições, estrutura bidimensional, ligações cruzadas, etc.) foram relacionados à provisoriedade do conhecimento científico, à não linearidade e à influência do contexto histórico e social na construção do conhecimento, entre outros aspectos, compatíveis com uma concepção de ciência como empreendimento humano. Tais relações são apresentadas em um quadro síntese, que pode subsidiar professores e pesquisadores da área de Ensino de Ciências a implementar ações educativas que adotem mapas conceituais em contextos em que a História da Ciência seja utilizada.
Repensar o papel das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) no ensino e refletir sobre a forma de se trabalhar assuntos da Cinemática no Ensino Médio são duas questões que estão colocadas para a pesquisa em Ensino de Física. Neste trabalho é apresentada uma proposta de atividade investigativa experimental que envolve o uso das TIC na elaboração de um modelo para o caminhar de uma pessoa. A questão que dá ensejo à atividade se baseia em um fragmento do livro “Um estudo em vermelho”, no qual o famoso personagem Sherlock Holmes fez sua estreia na literatura. Os dados do experimento são obtidos e tratados mediante o uso dos softwares livres Tracker e LibreOffice/Calc. Este artigo busca mostrar que as TIC podem fornecer uma importante contribuição à aprendizagem de conhecimentos e de práticas que caracterizam o fazer científico, desde que sejam utilizadas no contexto de atividades elaboradas para tais finalidades, sendo o ensino por investigação uma abordagem didática apropriada para isso.
O interesse pela questão do lúdico na sala de aula e em espaços não formais de educação parece cada vez mais crescente no Ensino de Ciências. Alinhado a essa tendência, o objetivo deste trabalho é investigar como ocorre a retomada de conhecimentos de Física durante a aplicação de um jogo previamente elaborado, denominado PerFísica. Ele consiste em um tabuleiro e em um conjunto de cartas, que apresentam, cada uma, algum conhecimento de Física e 12 dicas sobre ele. Os grupos de alunos devem tentar adivinhar o conhecimento de Física presente na carta por meio das dicas lidas pelo professor mediador do jogo. A elaboração do PerFísica e a análise dos dados da pesquisa têm como base a perspectiva histórico-cultural. Elementos mediadores já existentes na literatura foram usados como categorias de análise das retomadas de conhecimento científico escolar identificadas. O PerFísica foi aplicado em uma turma de Ensino Médio Integrado ao Ensino Técnico de uma instituição federal de ensino. Foram analisadas as gravações em áudio das conversas entre os grupos e a professora mediadora do jogo. Foram identificados diversos elementos mediadores utilizados pelos grupos ao tentarem adivinhar o conhecimento presente na carta: interação aluno-aluno, interação professor-aluno, nomes dos assuntos estudados, leis físicas, livro didático. Também foi observado um elemento mediador ainda não mapeado pela literatura: a interação aluno-jogo, que se refere ao uso dos conteúdos científicos das cartas do PerFísica para a retomada de assuntos já estudados e para a identificação do conhecimento presente na carta. Espera-se que o presente artigo contribua para a reflexão e o diálogo acadêmico sobre o papel do lúdico no Ensino de Ciências com base na análise de uma experiencia concreta de utilização de um jogo em contexto escolar.
Este trabalho constitui-se em uma revisão de literatura sobre o Ensino de Ciências por Investigação (EnCI), com ênfase nas ações do(a) Professor(a) que desenvolve o Ensino de Ciências por Investigação (PEnCI). A partir de um corpus constituído de 58 artigos sobre o EnCI publicados entre 2009 e 2019 em 5 periódicos da área de Ensino de Ciências, identificamos dois tipos de ação atribuídas ao PEnCI: ações do PEnCI relacionadas diretamente às atividades investigativas desenvolvidas com os estudantes (Macrocategoria A, mais recorrente nos dados) e ações do PEnCI relacionadas às demais atividades docentes, para além das atividades investigativas desenvolvidas com os estudantes (Macrocategoria B, menos frequente no corpus). A Macrocategoria A abrange tanto ações típicas do PEnCI quanto ações que o professor realiza em outras abordagens didáticas, sendo que esse conjunto de ações parece caracterizar o trabalho do PEnCI em sala de aula. Já a Macrocategoria B abarca ações como planejamento e reflexão docente. Tais ações, pouco frequentes nos dados, são essenciais não só para o bom desenvolvimento do EnCI, mas também para se pensar a formação de professores voltada para o desenvolvimento de atividades investigativas. Este trabalho ressalta a multiplicidade e a complexidade das ações do PEnCI e aponta para a importância de outras dimensões de pesquisa para o EnCI, em especial aquelas que enfatizam o PEnCI como sujeito que possibilita as condições para a materialização do EnCI em sala de aula.
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