A adesão terapêutica é definida como o grau de cumprimento das instruções médicas pelo paciente. A terapia endócrina ou hormonioterapia consiste no uso de substâncias semelhantes a hormônios, ou supressoras desses, para inibir o crescimento tumoral. É um tratamento de longa duração, com efeitos adversos importantes, o que implica em dificuldade de adesão. Neste estudo foram utilizados dois métodos para avaliar a adesão, o teste Morisky e Green e o questionário proposto por Marques. De acordo aos resultados do teste Morisky e Green, 80% dos pacientes entrevistados foram considerados não aderentes, enquanto, por meio do questionário de Marques, analisando os fatores que podem influenciar a não adesão, foi detectada uma média de pontos de 24,83±4,84, que corresponde ao resultado de nenhuma dificuldade em aderir ao tratamento. Houve diferença nos resultados, porém as metodologias de avaliação e a elucidação das informações extraídas diferem de tal modo, que cada método deve ser analisado separadamente e criticado dentro de suas limitações. Foi possível inferir que o teste Morisky e Green é útil para nortear uma avaliação, porém não reflete bem o grau de adesão, uma vez que tende a superestimar a não adesão. Todavia, avaliar os fatores que podem influenciar a adesão, como proposto por Marques, é uma maneira útil de detectar as dificuldades dos pacientes em aderir ao tratamento medicamentoso, a fim de influenciar de maneira positiva a adesão.
Introdução: A enterocolite neutropênica (EN) consiste em ulceração ou necrose da mucosa do ceco, íleo terminal e cólon ascendente, sendo uma condição clínica ocasionada como evento adverso de medicamentos, principalmente em esquemas quimioterápicos. Por ser uma condição com alto índice de mortalidade, o presente relato tem como objetivo contribuir significativamente para discussões que envolvem a EN e a participação da equipe multiprofissional no desfecho clínico. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 75 anos, com diagnóstico de câncer de mama, evoluindo com EN após tratamento com quimioterapia adjuvante. A presença de comorbidade e a idade foram os principais fatores complicadores do quadro de tiflite. Por ser uma toxicidade importante e que pode levar à piora do quadro clínico do paciente com câncer, abordar esse tema é fundamental para um diagnóstico mais rápido, com possibilidade de medidas preventivas. Conclusão: Sendo assim, em virtude do notório aumento dos casos de EN, aponta-se como perspectiva a qualificação da equipe de saúde para a inserção de profissionais ainda mais especializados, capazes de contribuir e identificar os sinais e sintomas relacionados com toxicidades hematológicas, resultado de tratamentos quimioterápicos.
Introdução: Os Inibidores de Checkpoints Imunológicos (ICI) bloqueiam os efeitos inibitórios em receptores como o CTLA-4, PD-1 e PD-L1 e reestabelecem a imunidade antitumoral. Dessa maneira, estão associados a Reações adversas Imunomediadas (RAim) gastrintestinais, dermatológicas, hepáticas e endócrinas. Objetivo: Analisar o perfil das reações adversas imunomediadas em pacientes oncológicos tratados com ICI em um hospital de Salvador/Ba. Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal, retrospectivo. Foram avaliadas todas as notificações de reações adversas associadas ao tratamento oncológico com os ICI, documentadas no período de janeiro de 2015 a maio de 2020. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme o nº do parecer 4.074.757/2020. Resultados: Durante o período do estudo, 27 pacientes fizeram uso de ICI. Quanto as RAim, 17 desenvolveram RAim. Das RAim mais frequentes, 62% envolveram o Nivolumabe e 21% o Pembrolizumabe. 26% das RAim foram reações gastrintestinais, seguido de 19% reações diversas (como sangramento vaginal e neuropatia); 53% das RAim foram classificadas como reações moderadas. Dentre as medidas terapêuticas adotadas para resolução das RAim, 73% dos ICI foram descontinuados e substituídos por outros quimioterápicos; 53% dos pacientes utilizaram terapias de suporte para manejo de sintomas provocados pelas Raim. Quanto ao desfecho clínico, 53% pacientes se recuperaram das RAim, 24% se recuperaram com sequela e 23% foram a óbito. Conclusão: A introdução de terapêutica dirigida, acompanhamento farmacoterapêutico adequado e o monitoramento pela farmacovigilância favorecerão a identificação de reações adversas imunomediadas, e o uso seguro dos ICI.
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