O Programa Saúde da Família (PSF) tem se configurado como um dos mais importantes referenciais da organização da Atenção Básica no Brasil. A adscrição de clientela, mencionada pelo programa como uma grande inovação desse modelo, tem suscitado o debate sobre o conceito de território. Este artigo busca reaver o conceito de território e suas relações com a saúde coletiva através de uma revisão bibliográfica, bem como sua incorporação na prática de trabalho através da análise de documentos oficiais do PSF. Foi possível observar que o entendimento sobre o conceito de território varia nos âmbitos federal, estadual e municipal, assim como é diferenciado dentro da própria Equipe de Saúde da Família. Partindo do PSF, a transformação da realidade local está diretamente relacionada à multiterritorialidade, organizada através da intersetorialidade dentro da Secretaria da Saúde, entre a Secretaria da Saúde e outras Secretarias, e do poder municipal com a comunidade e outras instituições que abrangem escalas geográficas diferenciadas. A delimitação de áreas e microáreas de atuação, essencial para a implantação e avaliação do programa é, em geral, realizada com base apenas no quantitativo de população, sem considerar a dinâmica social e política, inerente aos territórios.
A velocidade da expansão espaço-temporal da Covid-19 nos cinco continentes será considerado como marco da ruptura da atual lógica global/capitalista, haja vista as consequências socioeconômicas que serão deixadas em todos os países. No caso do Brasil a situação torna-se ainda mais complicada devido aos embates políticos entre o Governo Federal e os Governos Estaduais cujo resultado torna imprevisível qualquer precisão quanto ao controle da doença e redução da letalidade a exemplo dos casos evidenciados nos primeiros 45 dias de registros oficiais da Covid-19 no Estado da Paraíba. Desta forma, este artigo busca analisar o avanço da Covid-19 no estado da Paraíba e o perfil dos pacientes que foram a óbito nos primeiros quarenta e cinco dias de casos registrados. Para esta pesquisa foram realizadas as seguintes etapas: a) levantamento de referências; b) levantamento documental; c) levantamento de dados estatísticos; d) espacialização dos casos da Covid-19 no estado da Paraíba. Como resultados principais, percebeu-se que o avanço da Covid-19 no Estado da Paraíba ocorreu inicialmente seguindo o curso das principais rodovias do estado, chegando aos municípios de maior centralidade, e desses para municípios de menor; com exceção dos casos importados. Os dados de mortalidade apontam para uma maior vulnerabilidade de pessoas a partir de quarenta anos, se agravando para pacientes com mais de sessenta anos. Entre as comorbidades mais significativas que levam a óbito parece até o momento ser: a diabetes, a hipertensão e cardiopatias em geral. As fontes de dados, indicadores e variáveis estão disponíveis em vários endereços eletrônicos, sendo necessário o esforço da sistematização em trabalhos futuros.
As práticas alternativas, complementares e integrativas em saúde estão presentes no espaço geográfico brasileiro desde pelo menos a segunda metade do século XX. A partir de 2006, com a aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, essas formas de cura passaram a ter respaldo legal, sendo reconhecidas paulatinamente pelos estados e municípios. Em Campina Grande, essa política está tramitando na Câmara Municipal de Campina Grande (2018) estando este tipo de atividade presente no município através do setor privado. Desta forma, este trabalho tem por objetivo analisar as práticas alternativas, complementares e integrativas em saúde em Campina Grande – PB no setor privado de prestação de serviços. Para viabilizar este estudo seguiram-se os seguintes procedimentos: a) levantamento de referências; b) levantamento documental; c) Trabalho de campo exploratório; d) Trabalho de campo; e) Elaboração de um banco de informações; f) Espacialização dos serviços; g) Análise das práticas ACI em Campina Grande. Como resultados principais, percebeu-se que tais práticas estão presentes principalmente nos procedimentos individuais; a introdução desta atividade provocou uma mudança funcional do serviço dentro do espaço urbano tornando mais complexa a oferta de serviços a partir de novas atividades e; segregou o acesso da parcela mais carente da população.
O turismo vem se constituído como uma das principais alternativas de desenvolvimento territorial para os municípios brasileiros, especialmente nos setores litorâneos devido aos benefícios climáticos que favorecem a difusão do turismo de praia, apesar das diversidades paisagísticas e culturais encontradas nos municípios interioranos. Isso foi evidenciado em pesquisa realizada com financiamento do CNPq entre os anos de 2013 e 2016 na análise da espacialização do turismo no Estado da Paraíba sendo identificada quatro áreas geográficas sendo uma consolidada (João Pessoa), uma em consolidação (Campina Grande) e duas ainda em processo de formação (Patos e Cajazeiras). Entre os espaços identificados o de Campina Grande despertou-nos uma atenção especial devido a importância da cidade para o Estado da Paraíba e da influencia que a consolidação da mesma na formação da primeira Zona Turística na Paraíba. Diante do exposto, o texto ora apresentado corresponde aos resultados obtidos em pesquisa realizada entre 2016 e 2018 a qual teve por objetivo identificar os desafios para consolidação do turismo na região geográfica de Campina Grande a partir da identificação dos municípios inseridos nessa região por terem atributos que os qualifique como reais e potenciais. Os procedimentos adotados pautaram-se na aplicação de questionários, preenchimento de inventários, realização de entrevista e análise empírica. A pesquisa constatou que a produção do espaço turístico no Estado da Paraíba esteja passando por um processo de interiorização seguindo, portanto, um sentido contrário ao evidenciado na realidade regional. Contudo, a ausência de um maior envolvimento das gestões municipais associada a ausência de infraestrutura e equipamentos urbanos tem se apresentado como principais desafios na consolidação desse processo de interiorização.
A necessidade de se encontrar respostas em um tempo cada vez menor ou apresentar uma ideia o mais rápido possível faz com que se depare com determinadas palavras ou termos que nem sempre são percebidos ou se forem, que não há tempo para se entender com mais profundidade. Essa situação está presente por exemplo, quando se trabalha com uma problemática específica e se recorre à menção de uma área, disciplina, campo ou outra denominação apenas para situar o leitor. No caso da Geografia da Saúde, tem sido utilizadas várias classificações quando mencionada, seja por uma necessidade específica ou um contexto de trabalho, assim como são várias as denominações diferenciadas que tratam de temas parecidos com o da Geografia da Saúde, mas que por estarem no âmbito de outra ciência, são pouco conhecidos. Desta forma, este artigo busca entender como se classifica a Geografia da Saúde e como é influenciada por outras ciências, acarretando várias nomenclaturas com significados próximos. Para esta pesquisa foram realizadas as seguintes etapas: a) levantamento bibliográfico; b) revisão da literatura e; c) análise comparativa. Como resultados principais, percebeu-se que a Geografia da Saúde, quando tratada pelos profissionais de Geografia, pode ser entendida como um espaço nodal, formando uma plataforma metodológica, pois compartilha de temas relacionados a várias disciplinas para formar seu objeto de interesse, mas utilizando as bases teórico-metodológicas da Geografia. Quando a Geografia da Saúde está sendo apresentada a outros profissionais, ela fornece um modo de olhar específico para determinada problemática, possibilitando a busca de soluções a partir de outras bases. Há muitas denominações parecidas e que também buscam problemáticas que são de interesse da Geografia da Saúde, porém, devido estar em outras ciências, possuem bases teórico-metodológicas diferenciadas.
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