A personagem Judite em Nome de Guerra de Almada Negreiros é a representação de uma imagem feminina ainda atrelada a preceitos de tempos remotos, principalmente medievais. Esse olhar voltado para remanescências de outras épocas em vigor na modernidade é procedido à luz da teoria da residualidade (PONTES, 1999), que identifica traços de mentalidade do passado arraigados em obras literárias dos diversos períodos literários posteriores. Assim, a mulher vista da perspectiva do olhar masculino, bem como, as nuanças de um perfil feminino engendradas na mente do homem e a relação fraqueza versus fortaleza como concepção estereotipada do feminino/frágil/inferior versus masculino/forte/superior, são alguns dos aspectos a serem discutidos ao longo desse trabalho.
Apresentaremos, neste artigo, um olhar sobre a <em>História do cerco de Lisboa</em>, de José Saramago, com base nos estudos realizados por Georg Lukacs, n<em>A teoria do romance</em>. Para isso, foram feitas algumas considerações acerca da personagem principal da obra do autor português, delineando-se um perfil do homem moderno. A partir das tipologias romanescas tratadas na teoria do escritor húngaro, abordamos o modo como Saramago entrelaçou narrativas históricas e literárias.
Almada dividiu-se em diferentes modos de expressão artística. E Martins parte dessa ideia para mostrar que mesmo tendo essa rica multiplicidade artística, Almada Negreiros demonstrou em sua obra a “inteireza do seu ser”, a busca pela unidade, a qual foi estudada na obra em análise a partir dos conceitos de “intrasubjetividade” e “intersubjetividade”. Isso, segundo a autora, torna-se peculiar diante das produções de Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, as quais focaram a fragmentação, seja múltipla ou simplesmente dupla, aos moldes de cada autor.
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