ResumoEsse texto objetiva analisar as implicações das prescrições oficiais e currículos de formação de professores na (não) aprendizagem de braille por alunos cegos nas escolas regulares. Para isso, discute a legislação vigente e práticas relativas à formação inicial, especializações e cursos de curta duração. Conclui que a escassez de cursos formativos de professores de Educação Especial e a ausência de conteúdos sobre a educação de alunos com deficiência nos cursos de licenciatura indicam a falta de espaços que garantam o conhecimento do que é geral e particular para o ensino dos alunos cegos na educação escolar. Palavras-chave: Educação especial; Formação de professores; Ensino do braille; Cegos. Who teaches Braille to blind students? -The teacher training in question AbstractThis paper aims at analyzing the implications of official prescriptions and teacher training curricula in (non) braille learning by blind students in regular schools. To do so, it discusses the current legislation and practices related to initial training, specializations and short courses. It concludes that the shortage of training courses for Special Education teachers and the absence of content about the education of students with disabilities in teaching courses indicate the lack of spaces that guarantee the knowledge of what is general and particular for the teaching of blind students in school education. ¿Quién enseña braille para alumnos ciegos? -La formación de profesores en cuestión ResumenEste texto tiene por objeto analizar las implicaciones de las prescripciones oficiales y los currículos de formación de profesores en el (no) aprendizaje del braille por alumnos ciegos en las escuelas regulares. Para ello, discute la legislación vigente y las prácticas relativas a la formación inicial, especializaciones y cursos de corta duración. Concluye que la escasez de cursos formativos de profesores de Educación Especial y la ausencia de contenidos sobre la educación de alumnos con discapacidad en los cursos de licenciatura indican la falta de espacios que garanticen el conocimiento de lo que es general y particular para la enseñanza de los alumnos ciegos en la educación escolar. Palabras clave: Educación Especial; Formación de Profesores; Enseñanza de Braille; Personas ciegas.
Palavras-chave: Deficiência, Linguagem cinematogr afica, professor.O presente trabalho, orientado pela perspectiva hist orico-cultural, que compreende o desenvolvimento humano em seu car ater biol ogico, hist orico e social, tem o intuito de observar como o cinema representa as pessoas com algum tipo de deficiência e que contribuic ßões a reflexão sobre essa representac ßão pode trazer para professores de escolas que possuem esses alunos. A importância do estudo justifica-se pelo modo como a linguagem cinematogr afica se configura hoje como uma das principais disseminadoras de comportamentos e representac ßões culturais, colocando-se, assim, como um meio pertinente de observac ßão e discussão. Para isso, realizamos um levantamento dos filmes produzidos nos ultimos 20 anos sobre a tem atica, com o intuito de analisar as características e principais concepc ßões veiculadas nas obras, a fim de refletir sobre como o individuo com deficiência e representado e a maneira como as relac ßões com ele emâmbito escolar são influenciadas por isso. Foram encontradas 246 obras cinematogr aficas, produzidas entre 1994 e 2014, que trazem a deficiência como tem atica. Diante disso, classificamos esses filmes quanto ao tipo de deficiência focalizada, gênero, local e ano de produc ßão. Em relac ßão ao tipo de deficiência, encontramos: autismo (34), auditiva (70), intelectual (34), física (42), síndrome de down (22) e visual (44). Quanto ao gênero, notamos que o mais difundido e o drama (68,7%). Dentre os países de produc ßão mais encontrados, pode-se destacar Estados Unidos da Am erica, Brasil, Reino Unido, Franc ßa e India. Ap os assistir uma amostra de três filmes de diferentes países, identificamos que a representac ßão mais comum e difundida da pessoa com deficiência hoje e de algu em triste e retraído, que tem a deficiência como um empecilho para estabelecer relac ßões sociais. A partir disso, consideramos que se possa propor discussões com professores, que permitam refletir sobre a imagem da pessoa com deficiência e, principalmente, a maneira como essa imagem pode influenciar o relacionamento do professor com o aluno com deficiência em sala de aula. Considerac ßões IniciaisEste estudo tem o intuito de observar como o cinema representa as pessoas com algum tipo de deficiência e que contribuic ßões a reflexão sobre essa representac ßão pode trazer para a formac ßão de professores de escolas que possuem esses alunos.Para isso, fundamentamo-nos na perspectiva hist orico-cultural do desenvolvimento humano, sobretudo pela tese de L. S. Vigotski (1989) sobre a gênese social das func ßões mentais superiores, bem como pelas ideias do autor sobre a relac ßão entre desenvolvimento e aprendizagem.Nesse sentido, parte-se aqui do pressuposto de que cada um dos sujeitos participa da teia das relac ßões sociais e incorpora os componentes da cultura a qual pertence e que o rodeia, no processo ininterrupto de sua constituic ßão. Assim, a deficiência, segundo Vigotski (1989, p. 336), não pode apenas ser determinada biologicamente, fisicamente,...
Resumo Este texto trata da formação docente continuada e das práticas de ensino no Atendimento Educacional Especializado (AEE). À luz da abordagem histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica, objetivamos debater a atuação do docente na promoção de uma educação escolar que favoreça a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com deficiência, repensando as práticas pedagógicas desenvolvidas no AEE. A partir de registros de um projeto envolvendo 23 professoras e suas práticas, tomamos situações relatadas em diários de campo, explicitando o trabalho pedagógico e as relações de ensino com alunos com deficiência, dando ênfase às possibilidades de redimensionamento de práticas pedagógicas nos processos de formação docente. Nosso estudo considera a necessidade de uma melhor formação teórica e um maior engajamento político por parte dos professores, de modo que tenham maior clareza daquilo que fundamenta suas práticas, para que contribuam na luta pelo direito à educação de qualidade para todos na escola pública.
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