Resumo Este trabalho tem como objeto as sabatinas realizadas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal que visavam aprovar os indicados pela Presidência da República ao cargo de Presidente do Banco Central do Brasil. O recorte temporal escolhido agrega as sabatinas de Gustavo Loyola (1995), Gustavo Franco (1997), Francisco Lopes (1999), Armínio Fraga (1999) - indicados por Fernando Henrique Cardoso - e Henrique Meirelles (2002), indicados por Lula da Silva. Para o método da análise, foi escolhido a Análise de Conteúdo. Focado na atuação dos senadores durante as sessões e em como elas formavam uma relação dialógica com os confrontos existentes na economia brasileira, o problema que norteia essa pesquisa é: como a atuação dos senadores nas sabatinas reflete os conflitos macroeconômicos de suas épocas? A partir de ponderações analíticas sobre a variância de temas abordados e da produção, por parte dos senadores, de Situações de Conflito, foi possível identificar que a atuação dos senadores nas sabatinas reflete os principais debates macroeconômicos de maneira ampla, utilitária e contida.
Este artigo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a determinação marxista dos elementos superestruturais pelos estruturais, tomando como exemplo de análise o jornalismo, entendido aqui como fenômeno superestrutural detentor de relativa autonomia, merecedor então de pormenorizações teóricas baseadas neste aspecto. Inicialmente, o artigo propõem uma revisão do debate da determinação proposto pelos neomarxistas, especialmente quanto ao problema do Estado. Após, revisa as contribuições da Teoria do Jornalismo sobre o problema, especialmente a partir do pesquisador brasileiro Adelmo Genro Filho. Por fim, são elencadas as problematizações quanto à atualidade da prática jornalística ante a possibilidade de sua autorrealização.
Recebido: 26/04/2019Aceito: 23/05/2019
RESUMO Este trabalho tem por objeto a presença de membros do Conselho Monetário Nacional (CMN) em think tanks a partir de 1995. Quanto a este objeto, testamos a hipótese de que há vinculação de fato entre os membros do CMN e think tanks. A pesquisa levanta também duas outras hipóteses auxiliares: os think tanks funcionam como mecanismo de entrada para os cargos, aparecendo anteriormente na trajetória do Conselheiro; e que os membros do Conselho de perfil ideacional ortodoxo tendem a participar mais de think tanks que os demais.
Este artigo tem por objetivo discutir a aplicação na atualidade da obra da filósofa, economista e militante revolucionária polonesa Rosa Luxemburgo (1871-1919). A hipótese levantada é a de que a autora se faz atual em dois eixos: na insuficiência das reformas para a emancipação da humanidade em sociedades capitalistas e na necessidade construir movimentos revolucionários radicais, internacionalizados e com constante relação entre a base e a vanguarda. No primeiro eixo, o debate da autora com Eduard Bernstein, na obra “Reforma ou Revolução?” (2015) é colocado em paralelo com o processo de esgotamento da social-democracia, a ascensão do neoliberalismo e a consequente crise econômica de 2008. No segundo eixo, os debates de Rosa Luxemburgo com os revolucionários da II Internacional (como Kautsky e Lenin) são comparados ao que a sociologia contemporânea tem a dizer sobre os chamados “novíssimos movimentos sociais” do período pós-crise. A conclusão do trabalho é a de que os paralelos bibliográficos indicam que a obra de Luxemburgo é extremamente atual e relevante para aqueles que querem compreender o capitalismo do século XXI e seus conflitos.Palavras-Chave: Rosa Luxemburgo; Crise Econômica; Protesto.
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