Este trabalho pretende traçar uma relação entre a recente abertura acadêmica da Filosofia para os estudos feministas no Brasil e de como estes, em grande parte, têm sido responsáveis por colocar novos desafios ao ato de filosofar a partir das possibilidades trazidas pela discussão das interações entre a categoria gênero, com os estudos de afetos, emoções e cuidado. Ao trazer os afetos e emoções, ligados ao gênero, para a discussão nas Ciências Humanas e na Filosofia, os estudos feministas buscam estabelecer relações com partes da vida humana que durante séculos foram deixadas de lado no pensamento filosófico. Temas como a relevância das emoções, o cuidado com o outro e os afetos cada vez mais se fazem presentes dentro dos espaços de debate. Os estudos feministas não apenas ampliaram as temáticas possíveis dentro da academia, como também propiciaram diferentes possibilidades de escrita ao dar ênfase às subjetividades. Partindo de uma análise bibliográfica de autoras que pesquisam o papel dos afetos, emoções e cuidados, defendemos aqui que os estudos feministas ao trazerem estes temas como categorias de análise trazem consigo o próprio ato de espantar-se e de afetar-se com o mundo.
Este trabalho pretende analisar a obra da pensadora política belga Chantal Mouffe, através da evolução de seu conceito de uma democracia radical e plural. Baseado na leitura de seus principais textos, escritos em diferentes momentos, pretendemos traçar uma linha de união e evolução ao longo de sua teoria, para que possamos compreender melhor a trajetória desta autora que é um marco no pensamento político contemporâneo. Partindo de um modelo “agonista”, a autora pretende traçar as bases para uma democracia que seja “radical e plural”, onde tanto os conceitos de igualdade e de liberdade sejam respeitados. Apoiada na ideia de que o “político” é indissociável de uma dimensão conflitual, esta que não pode ser eliminada por nenhum processo racional de negociação, a autora faz sua crítica ao modelo deliberativo de Habermas ao mesmo tempo em que crítica o véu da ignorância trazido por Rawls. Ao trazer os argumentos que Mouffe coloca na introdução de seus textos pretendemos compreender como esta teoria foi desenvolvida ao longo da trajetória desta autora.
Resumo: Para Freud, a mulher é fortemente influenciada pelo complexo de Édipo negativo, sendo destinada a viver a condição passiva da sexualidade, assim, ele não só não encoraja a autonomia feminina, como descreve a feminilidade tendo por base o modelo masculino. Destarte, a crítica de Beauvoir à psicanálise parte da ideia de que a possibilidade de algo como um destino feminino não existe. A filósofa afirma que a condição de imanência à qual as mulheres se encontram em nossa sociedade, está pautada na socialização à qual são submetidas, privando-as da transcendência. Partindo da leitura da obra de Beauvoir, buscamos compreender melhor a situação das mulheres considerando seus contextos históricos, a fim de reivindicar suas possibilidades ontológicas da liberdade, problematizando o lugar que lhes é imposto pela cultura e reforçado pela supervalorização masculina da psicanálise freudiana.
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