PALAVRAS-CHAVE-Educação Médica.-Aprendizagem Baseada emProjetos.-Role-Play.-Políticas Públicas.-Assistência Integral à Saúde.-Adolescente. RESUMODiante da necessidade de integrar o debate de gênero e sexualidade à formação médica, uma unidade curricular de Saúde Coletiva de um curso de Medicina público federal propôs a metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos (ABPj) para essa formação. Nessa proposta pedagógica, os estudantes constroem um produto final como recurso para intervenção/aprimoramento da realidade. Dessa forma, a metodologia da Problematização, com o Arco de Maguerez, forneceu o subsídio à concretização desses produtos. Cada um desses projetos utilizou uma das políticas públicas relacionadas ao debate em torno do gênero e da sexualidade. Neste artigo, relata-se o projeto relacionado à Política Pública de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Na apresentação desse produto foi utilizada a metodologia do role-play, com três cenas, para intervenção/ aprimoramento da realidade observada/vivida. Essa experiência também conquistou a premiação de melhor trabalho apresentado naquele ano no Congresso Brasileiro de Educação Médica, construindo nessa escola médica um espaço formal para o desenvolvimento de competências no tocante aos determinantes sociais de gênero e sexualidade, para uma prática médica integral e equânime. Este relato de experiência destaca ainda a relevância do uso de metodologias ativas, como a ABPj e role-play, na educação médica. ABSTRACT Faced with the need to integrate the gender and sexuality debate into medical training, a Public Health curricular unit from a Federal Public Medicine course proposed the Project Based Learning (PjBL) methodology as a resource for the implementation of this debate. In this pedagogical proposal, the students construct a final product as a resource for intervention/improvement of reality. Thus, the methodology of Problematization, with the Arch of Maguerez, supported the consolidation of these products. Each of these projects was based on one of the public policies that are related to the debate of gender and sexuality. In this article, we report the project related to the public policy of Comprehensive Health Care for Adolescents and Young People in Health Promotion, Protection and Recovery. The presentation of this product was made using the methodology of role-play, with three scenarios, for intervention/improvement in the observed/lived reality. This experience also won the award for best work presented that year at the Brazilian Congress of Medical Education, building a formal space for the development of gender and sexuality determined competencies in the Medical School, to ensure comprehensive and equal medical practice. Moreover, this report highlights the relevance of the use of active methodologies, such as PjBL and role-play, in medical education. Recebido em: 23/5/19 Aceito em: 4/7/19 CONTRIBUIÇÃO DOS(AS) AUTORES(AS)Todos os autores participaram da idealização e confecção do projeto; ...
RESUMO A assistência à saúde torna-se cada vez mais complexa, e as novas demandas exigem que as pessoas readaptem seus processos de trabalho para a construção de uma equipe multiprofissional que assegure integralidade, qualidade e efetividade do cuidado aos usuários do sistema de saúde. A Association of American Medical Colleges recomendou que os currículos médicos buscassem estratégias para o desenvolvimento de colaboração, responsabilidade compartilhada e equipes de alto desempenho, caracterizadas pelas habilidades de liderança, tomada de decisões, comunicação, resolução de conflitos, autoconhecimento, cooperação, corresponsabilidade e compromisso. Em consonância com essa orientação, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os Cursos de Graduação em Medicina afirmam que o estudante deve ser capaz de assumir liderança nas relações interpessoais, com comprometimento, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e desempenho de ações efetivas, mediada pela interação, participação e diálogo, objetivando o bem-estar da comunidade. Uma estratégia para a produção de equipes e o desenvolvimento de competências do trabalho em equipe é o Myers-Briggs Type Indicator (MBTI), amplamente utilizado nos setores de recursos humanos, de gerenciamento e administração na construção de equipes, com o propósito de autoconhecimento e autodesenvolvimento, desenvolvimento organizacional, treinamento gerencial e desenvolvimento curricular acadêmico e profissional. Assim, o MBTI foi incorporado ao planejamento e à execução de um componente curricular de Saúde Coletiva, no sétimo semestre de um curso de Medicina de uma universidade federal brasileira, como estratégia para a divisão das equipes de trabalho durante o período. Dessa forma, o objetivo deste artigo é relatar a experiência vivenciada e realizar análises quantitativa e qualitativa dessa experiência por meio de respostas discentes obtidas em questionários. Após a realização do MBTI pelos estudantes, para a formação das equipes foi aplicado o agrupamento por temperamento, que consiste em reunir os 16 tipos psicológicos em quatro temperamentos: SJ (guardiães), SP (artesãos), NF (idealistas) e NT (racionais). As equipes de trabalho foram formadas de modo que cada uma fosse composta por pelo menos um representante de cada temperamento. A análise quantitativa demonstrou que a intervenção foi estatisticamente significativa. A análise qualitativa das respostas às questões abertas foi obtida inicialmente pela categorização das informações, seguida pelo agrupamento em categorias amplas, por meio da análise de conteúdo. As categorias “formação de equipes satisfatória”, “oportunidade de autoconhecimento e conhecimento dos pares pelo MBTI” e “discordância da divisão segundo MBTI” elucidaram a percepção discente sobre as potencialidades e desafios do uso do MBTI na formação de equipes na educação médica. Com essa experiência, percebemos que somar habilidades individuais é possível e importante não apenas para a construção de produtos finais de qualidade, mas para que o processo de trabalho seja valorizado e permita autoconhecimento e o desenvolvimento de habilidades de relação interpessoal. Fica evidente a importância de que, enquanto estudantes e professores, profissionais de saúde e pessoas, nós nos permitamos ser afetados pelo potencial transformador do processo educacional para que, então, sejamos capazes de agir também como agentes promotores da mudança.
No sétimo semestre do curso de Medicina de uma universidade federal brasileira, construímos um componente curricular de Saúde Coletiva para problematizar as questões de gênero e sexualidade na interface com as políticas públicas e o cuidado em saúde das pessoas. Elegemos a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABPj) como método de ensino-aprendizagem deste componente curricular. Relatamos essa experiência em diálogo com a literatura, refletindo sobre suas potencialidades e desafios. Identificamos a ABPj como capaz de desenvolver habilidades de resolução de problemas e de comunicação, pensamento crítico, gestão de conflitos e profissionalismo. A ABPj também foi capaz de integrar o ensino-aprendizagem das políticas públicas na Saúde Coletiva com a assistência individual desenvolvida em outros componentes curriculares do curso médico. Assim, recomendamos fortemente o uso da ABPj como estratégia para se alcançar o perfil esperado para o profissional de saúde do século XXI.
No contexto das licenciaturas, pouco se ouve falar sobre espaços diferentes da escola para a realização de atividades didáticas. No entanto, pesquisas sobre práticas em espaços não formais, em especial os museus de ciência, vem aumentando cada vez mais. Nesse sentido, é importante que, além do incentivo às práticas em espaços fora da escola, também haja um despertar de interesse e treinamento para a efetivação de tais atividades. Desse modo, este trabalho apresenta uma pesquisa realizada com estudantes da disciplina de PROJETOS INTEGRADOS DE PRÁTICAS EDUCATIVAS 3 (PIPE 3), do curso de Física Licenciatura, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no primeiro semestre de 2016, a fim de evidenciar as possíveis contribuições para a formação de professores de Física diante da construção de artefatos digitais para a exposição de Eletromagnetismo do Museu Diversão com Ciência e Arte – DICA. Nessa pesquisa, ficaram evidentes a evolução das concepções dos estudantes de PIPE 3 quanto aos museus de ciências, e o reconhecimento destes como espaços educativos e diferentes da escola; bem como os saberes despertados e agregados durante essa etapa da formação profissional. Desse modo, acreditamos que esse trabalho evidenciou as vantagens em se trabalhar em espaços diferentes da escola na formação inicial de professores.
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