Resumo: Este texto apresenta os trabalhos publicados no dossiê “Exílio e afastamento: considerações sobre uma hermenêutica da distância”, e, para tal, propõe uma reflexão sobre a categoria de exílio. A história do século XX, atravessada por crises, produziu massivamente populações de deslocados, sujeitos instáveis em um tempo de mudanças contínuas. Em torno da situação de estranhamento orbitam novas formas narrativas, possibilidades de saberes, tendo sido criados distintas práticas disciplinares. Nesse sentido, consideramos que o estudo das diversas experiências exilares contribui para a ampliação de nosso entendimento sobre os dilemas de nossa contemporaneidade.
(Org.). Presos políticos e perseguidos estrangeiros na Era Vargas. Rio de Janeiro: Mauad X; Faperj, 2014.Em 10 de dezembro de 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) entregou seu extenso relatório à Presidente da República. São cerca de 3.500 páginas relatando as graves violações aos direitos humanos perpetradas durante o período entre 1946 e 1988. O término do relatório e sua entrega devem ser saudados como um marco na história da democracia brasileira e seu texto serve de referência para o campo de estudos da chamada "justiça de transição".O relatório, no entanto, se move em campo temporal muito particular: 1946/1988. Essa escolha é plenamente compreensível uma vez os membros da CNV entenderam que seu lugar de atuação deveria ser entre as duas constituições democráticas que balizam o regime autoritário iniciado em 1964. Sabemos, como historiadores, das dificuldades em estabelecer rupturas no fluxo do tempo. Sem dúvida que o fim da ditadura do Estado Novo inaugurou um novo momento político, com outra dinâmica e com novas expectativas. Porém, seria imprudente não perceber continuidades. O viés autoritário de extensos setores da sociedade brasileira nem suas instituições repressivas não Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4.0 Internacional.
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