O ensaio científico discute a questão do exílio e das ideologias totalitários na vida de dois grandes intelectuais críticos, Theodor Adorno e Paulo Freire, que ao manifestarem suas posições de denúncia a explorações, às injustiças sociais e à rigidez do pensar da época, fadaram-se ao exílio. Nesse processo, compreende-se, com Adorno, que a educação passa pela reavaliação crítica da cultura e pela reeducação da sociedade administrada, coisificada, para superar o estado de opressão e alienação das questões que abordamos aqui. Por sua vez, Freire, parte de um cenário da comunicação como exigência para a recriação do conhecimento e da realidade sociocultural, seguindo as prerrogativas de autonomia, liberdade e dignidade humana imanente ao ato pedagógico. Concluímos que tais concepções, embora distintas, sinalizam para um movimento mais participativo da cultura e de resistência crítica ao pensamento homogeneizador, no sentido de despertar e promover o diálogo que revigora a experiência formativa e criativa da educação.