O artigo busca compreender a construção do enquadramento dos fatos que envolvem conflitos entre etnias indígenas e produtores rurais no principal jornal impresso de Mato Grosso do Sul, o Correio do Estado, adotando-se como ponto de referência o assassinato do líder indígena Semião Vilhalva, das etnias Guarani e Kaiowá, em agosto de 2015. A partir do referencial teórico da framing analysis, volta-se a um recorte empírico de cinco editoriais e de cinco artigos de opinião veiculados entre agosto e outubro de 2015, identificando-se na retórica contemporânea do veículo elementos simbólicos e culturais afeitos à “ideologia da cultura sul-mato-grossense”, concepção forjada pelas elites regionais desde a década de 1930.
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