Fundamento: A COVID-19 adicionou um fardo enorme sobre os médicos ao redor do mundo, especialmente as mulheres médicas, que são afetadas pelo aumento da carga de trabalho e pela perda da qualidade de vida. Objetivo: Avaliar os efeitos da pandemia de COVID-19 na qualidade de vida, burnout e espiritualidade de médicas brasileiras que atendem pacientes com COVID-19 direta ou indiretamente. Método: Estudo prospectivo, observacional realizado de 28 de julho a 27 de setembro de 2020, no Brasil, com mulheres médicas de 47 especialidades, a mais frequente sendo a cardiologia (22,8%), sem restrição de idade. Elas responderam voluntariamente um questionário online com questões sobre características demográficas e socioeconômicas, qualidade de vida (WHOQOLbrief) e espiritualidade (WHOQOL-SRPB) e enunciados do Oldenburg Burnout Inventory. A análise estatística utilizou o software R, regressão beta, árvores de classificação e matriz de correlação policórica, com nível de significância de 5%. Resultados: Das 769 respondentes, 61,6% relataram sinais de burnout. Cerca de 64% relataram perda salarial de até 50% durante a pandemia. Algumas relataram falta de energia para as tarefas diárias, sentimentos negativos frequentes, insatisfação com a capacidade para o trabalho, e que cuidar de outras pessoas não agregava sentido às suas vidas. Os sentimentos negativos correlacionaram-se negativamente com a satisfação com a vida sexual, a satisfação com as relações pessoais e a energia para as tarefas diárias. A incapacidade de permanecer otimista em tempos de incerteza correlacionou-se positivamente com a sensação de insegurança no dia a dia e com o não reconhecimento de que cuidar de outras pessoas trouxesse sentido à vida. Conclusão: O presente estudo mostrou uma alta frequência de burnout entre as médicas brasileiras que responderam ao questionário durante a pandemia de COVID-19. Apesar disso, apresentavam uma qualidade de vida relativamente boa e acreditavam que a espiritualidade trazia-lhes conforto e segurança nos momentos difíceis. Palavras-chave: Mulheres Médicas; Burnout; Pandemia de COVID-19; Brasil.
INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) em pacientes jovens, manifesta-se comumente como angina típica e supradesnivelamento do segmento ST. Entre os fatores de risco destacam-se tabagismo, dislipidemias, história familiar de doença arterial coronariana precoce e uso de cocaína. A prevalência de doenças reumatológicas e trombofilias é maior neste grupo, devendo ser investigadas. Este relato torna-se relevante ao apresentar caso de IAM com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) em paciente com menos de 30 anos, com diagnóstico tardio e complicações. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de prontuário, seguida de entrevista com acompanhante/cuidador por meio de termo de consentimento livre esclarecido e uma revisão bibliográfica. DESCRIÇÃO: Paciente S.S.M., sexo masculino, 24 anos, com histórico de crise de ausência, procurou atendimento em 17/02/2022, queixando-se de precordialgia irradiando para braço esquerdo e epigastralgia, sendo diagnosticado com refluxo gastroesofágico. Evoluiu com cefaleia, distúrbios visuais e perda súbita da força muscular em membro superior direito. Consultou-se com neurologista e cardiologista no dia 22/02/2022, sendo evidenciado acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e IAMCSST. Foi encaminhado ao hospital. Encontrava-se consciente, taquicárdico, afásico, com déficit motor grau V de hemicorpo direito. Na TC de crânio de crânio apresentou área hipodensa parenquimatosa cerebral têmporo-occipital esquerda com discreto efeito expansivo local à efeito de insulto isquêmico, e ecodopplercardiografia revelou hipocinesia importante ântero-médio-apical, com achinesada do ápice do ventrículo esquerdo. Iniciou-se antiagregação plaquetária, anticoagulação, betabloqueador, inibidor da ECA, estariam sintomáticos e controle da diurese. No dia 11/03/2022 foi encaminhado ao cateterismo cardíaco com evidência de lesão em 95% do terço proximal da artéria descendente anterior (ADA) e fluxo distal TIMI II. O exame prosseguiu com angioplastia coronariana da ADA, com implante de 01 stent farmacológico. Recebeu alta hospitalar e após 30 dias do evento, segue sem rehospitalizações e novas complicações. CONCLUSÃO: O caso relatado enfatiza a importância da investigação e descarte de IAM em pacientes jovens, em situações de dor torácica típica, mesmo sem fatores de risco clássicos. O diagnóstico, instituição do tratamento, prevenção de complicações, investigação etiológica e descarte de trombofilias devem ser realizados de forma ágil.
Degenerative aortic stenosis is currently a public health problem. Affecting the elderly population, this pathology has been showing an increasing prevalence as a direct result of the population aging. In this context, women have a greater life expectancy, corresponding to most of the population with degenerative aortic stenosis. Specific characteristics of this pathology in females are present in the diagnosis, pathophysiology, anatomical aspects, imaging and in therapeutic approach. Women present a more severe disease with less valve calcification than men, more concentric ventricular remodeling, higher transvalvular gradients, and less myocardial fibrosis. Less evident symptoms mean that these patients are referred later for surgical or percutaneous therapeutic treatment. The greater comorbidity presented by females and possibly due to the smaller body surface, bring specific aspects that affect the surgery results, leading to higher mortality rates and, more often, the prosthesis-patient mismatch. Percutaneous valve implantation is a good alternative, with better results in females, when compared to surgery, both in the treatment of native valves and in the treatment of a previously implanted bioprosthesis' dysfunction. The challenges encountered for the treatment of aortic stenosis in women and their possible solutions are described in this article, focusing on the observed difference of aortic stenosis in females and their possible solutions.
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