Introdução: Diversos fatores podem interferir na qualidade de vida, entre eles os problemas advindos do uso de substâncias, como o tabaco, que por consequência afetam a satisfação com a vida. Os efeitos do tabagismo, que interferem na qualidade de vida, servem para alertar o tabagista, bem como motivá-lo a parar e manter a abstinência. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida por meio do WHOQOL-Bref em tabagistas que procuraram um serviço de teleatendimento para informações e orientações sobre drogas. Método: Estudo transversal com usuários de tabaco e outras substâncias psicoativas que ligaram para o VIVAVOZ no período de novembro/2009 a dezembro/2010. Foram coletadas características socioeconômicas, dados de consumo do tabaco (quantidade, frequência, diagnóstico e intensidade de dependência) além da aplicação do questionário WHOQOL-Bref. Resultados: 105 fumantes foram incluídos no estudo. Os domínios psicológicos e de relações sociais do WHOQOL-Bref em tabagistas apresentaram valores estatisticamente menores em relação à população de referência (p=0,023 e p=0,001, respectivamente). Observou-se que dependentes de tabaco apresentavam escores inferiores a não dependentes em todos os domínios do WHOQOL-Bref, embora não tenham diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Todos os domínios se correlacionaram positiva e significativamente com o domínio global, mas não com a intensidade de dependência. Conclusão: Tabagistas apresentam índices inferiores de qualidade de vida, quando comparados a indivíduos não fumantes, o que estaria diretamente relacionado à insatisfação com vários domínios da vida incluindo felicidade e bem-estar.
Introdução: A prematuridade é um fator de risco para o crescimento e o desenvolvimento dos neonatos. Objetivo: Analisar as características clinicas e fonoaudiológicas de neonatos hospitalizados na unidade de tratamento intensivo (UTI) neonatal com suspeita de doença genética. Material e Método: Estudo transversal descritivo, conduzido em um hospital na região sul do Brasil com coleta de dados entre novembro de 2020 e setembro de 2021. Todos os neonatos que se encontravam internados na UTI, atendidos pelo Sistema Único de Saúde e que apresentavam suspeita de etiologias genéticas foram acompanhados pela equipe de Fonoaudiologia. Foram analisados todos os prontuários dos recém-nascidos com suspeita de alteração genética, extraindo-se os dados médicos e fonoaudiológicos. Resultados: A amostra foi constituída por 14 neonatos prematuros com média de idade gestacional de 36 semanas e 5 dias e uma média de tempo de nascimento, no momento da avaliação fonoaudiológica, de 14,6 dias de vida. No que se refere às comorbidades, 71,4% dos recém-nascidos apresentavam alguma malformação, sendo múltiplas na maior parte dos casos (64,29%). Todos os neonatos estavam fazendo uso de via enteral de alimentação durante a avaliação fonoaudiológica. Na avaliação de reflexos orais, observou-se que houve um predomínio de pacientes com reflexo de procura débil, sendo que a maior parte apresentava reflexo de sucção presente. Conclusões: Pode-se afirmar que, neste estudo, a amostra foi composta por pacientes principalmente prematuros que apresentavam malformações múltiplas e que todos faziam uso de via alternativa de alimentação sugerindo, assim, a necessidade de atendimento fonoaudiológico como parte da assistência multidisciplinar desses neonatos.
Objetivo: Investigar a relação entre fatores sociodemográficos e o desempenho de atividades relacionadas à função oral, com o bem-estar psicológico em adolescentes escolares. Materiais e Métodos: Estudo transversal, de base escolar, realizado em 36 municípios de até 50 mil habitantes da região sul do Brasil. A amostra foi composta por 1.760 acadêmicos, selecionados por amostragem sistemática completa. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado, contendo informações sobre situação socioeconômica, impacto oral nas atividades diárias (OIDP) e Bem-Estar (Escala de Andrews). Regressão de Poisson foi usada para conduzir as análises de dados. Resultados: A dificuldade para sorrir foi quase duas vezes maior para os estudantes que não apresentaram bem-estar, RP = 1,9 (IC95% = 1,30-2,80). Além disso, dificuldade para falar, RP = 1,57 (IC95% IC = 1,02-2,40) e desconforto para escovar os dentes, RP = 1,93 (IC = 1,29-2,91), também foram associados ao bem-estar. A dificuldade para comer PR = 1,1 (IC 95% = 0,75-1,65), não foi associada a ele. A renda familiar média foi a única variável sociodemográfica associada ao bem-estar dos adolescentes, RP = 0,65 (IC95% = 0,45-0,96). Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram a influência das atividades relacionadas à saúde bucal, sorriso, fala e dentes no bem-estar de adolescentes escolares no estado do Rio Grande do Sul. Além disso, apontaram a renda média da Família como fator de proteção para o bem-estar dessa população
Objetivo: Descrever a atuação fonoaudiológica hospitalar no paciente oncológico disfágico. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, descritivo, quantitativo, desenvolvido em um hospital oncológico. A amostra foi composta por prontuários de pacientes com câncer que realizaram acompanhamento fonoaudiológico para disfagia. Foram aplicados indicadores fonoaudiológicos de disfagia e comparada a escala de ingestão de alimentação por via oral (FOIS) antes e após terapia fonoaudiológica. Resultados: A amostra contou com 400 prontuários, 189 foram incluídos no GA (grupo ambulatório) e 211 no GI (grupo internação). A média geral da idade da amostra corresponde a 60,35±12,63, sendo o predomínio de homens 263 (65,8%). Quanto às neoplasias apresentadas pelos pacientes: 247 cabeça e pescoço e 43 esôfago e estômago. No GA 143 (75,7%) pacientes melhoraram a escala FOIS pós-terapia, 33 pacientes (17,5%) mantiveram o mesmo nível e 13 pacientes (6,9%) apresentaram piora na FOIS após o processo terapêutico. No GI 103 (48,8%) pacientes melhoraram pós-terapia, 81 pacientes (38,4%) mantiveram o mesmo nível na escala, e 27 pacientes (12,8%) apresentaram piora após a terapia fonoaudiológica. Conclusão: O estabelecimento de indicadores na atuação junto ao paciente disfágico permite identificar e quantificar as melhorias dos processos assistenciais, trazendo benefícios diretos aos pacientes, auxiliando na caracterização da população atendida, otimizando e aprimorando os processos e resultados, visando o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados, bem como redução do tempo de internação e dos custos hospitalares.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.