Este estudo investigou o papel ativo da criança na Educação Infantil em interações lúdicas com pares de idade e situações lúdicas, dirigidas pelo educador. Parte-se de uma compreensão sociointeracionista do desenvolvimento e da brincadeira como contexto relevante para a observação do comportamento infantil (Carvalho, Pedrosa & Rossetti-Ferreira, 2012). Foram utilizadas videogravações, com crianças de 2 a 4 anos e os respectivos educadores em suas salas de aula, em dois Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) da cidade do Recife. Por meio de uma análise microgenética dos dados, observou-se a capacidade das crianças para se adaptar ativamente a situações e extrapolar o uso convencional de objetos, criando brincadeiras através do material disponibilizado pelo adulto, sendo flexíveis aos fatos ocorridos e até mesmo aos acontecimentos espontâneos. Percebeu-se que os pequenos exercitam seu papel ativo ao subverter a ordem da brincadeira, dos objetos e também a disposição dos equipamentos da sala, trazendo elementos presentes no seu cotidiano de forma criativa. Destaca-se a necessidade de se pensar em metodologias que enfatizem os pontos de vista da criança, considerando-a como construtora ativa de significações.
O objetivo desta pesquisa foi compreender os estilos parentais, presentes nos filmes de família contemporâneos e nas entrevistas realizadas com os pais. Partiu-se da premissa de que a mídia infantil explora conteúdos morais, socialmente compartilhados, instigando, sutilmente, modelos educacionais, propensos a serem seguidos pela sociedade. Subdividiu-se o trabalho em: análise do conteúdo de animações infantis, análise das entrevistas dos pais e uma avaliação cuidadosa desses mesmos dados, realizada por um juiz independente. Entendeu-se que as mudanças comportamentais dos personagens/pais das animações retratam figuras participativas, explicitando a influência da mídia através da moral da história. Os pais entrevistados apresentaram, principalmente, um estilo parental participativo. Esta pesquisa traz implicações sobre os valores transmitidos pela mídia e contribui para reflexões sobre as relações que os pais estabelecem com seus filhos.
RESUMOInvestigaram-se estratégias utilizadas por pais para transmitir valores aos filhos. Assistir a um filme infantil e simular sua recontação à criança foi o procedimento usado para introduzir nessa temática dez pais/mães, com filho de 6 a 9 anos. Eles participaram de entrevista semiestruturada cujas respostas foram analisadas qualitativamente, revelando diferentes estratégias intencionais para transmitir valores: instruir ativamente o filho; aproveitar notória motivação da criança e lhe agregar valor; e ensinar pela experiência (ou privação dela) proporcionada ao filho. A recontação revelou-se um procedimento adequado de pesquisa, pois os entrevistados realçaram ou minimizaram trechos do enredo para transmitir valores aos filhos ou comentaram que assim o fariam. Destaca-se o potencial de se explorar a temática sob o foco dos estudos intergeracionais.Palavras-chave: valores; família; relações pais-filhos; estratégias parentais. ABSTRACT From Parents to Children: Intentional Manners of Transmiting ValuesStrategies by parents were investigated in transmitting values onto their children. Seeing a children's movie and simulating retelling to the child was used to introduce ten parents with children aging 6-9. They participated in a semi-structured interview whose answers were qualitatively analyzed, revealing different intentional strategies conveying values: actively instruct their child; take advantage of the child's motivation adding value to it; and teach by experience (or its withdrawal) provided to the child. The retelling proved to be a suitable procedure for research as the respondents highlighted or minimized parts of the plot to transmit values or commented they would do so. It is noteworthy the potential to explore the issue from the standpoint of intergenerational studies.Keywords: values; family; parent-child relationships; parenting strategies. Os pais são os principais responsáveis por ensinar a criança regras e valores necessários à sua socialização, incentivando-a e promovendo meios eficazes para que ela aprenda e se desenvolva. Os modos como os pais orientam o comportamento de seus filhos são chamados de práticas educativas parentais. Nas últi-mas décadas vários estudos têm sido realizados sobre esse tema buscando-se relacionar variáveis específicas a práticas educativas dos pais, algumas vezes apenas da mãe. São exemplos de estudos recentes: Alvarenga e Piccinini (2007), que investigaram a relação do temperamento infantil, da responsividade materna e das práticas educativas maternas, com problemas de externalização e competência social de crianças; Alvarenga e Piccinini (2009), que buscaram relacionar práticas de orientação, controle assertivo e envolvimento parental positivo à competência social, e práti-cas coercitivas e permissivas aos problemas de externalização; Carmo e Alvarenga (2012), que compararam o uso de práticas coercitivas em mães de diferen-
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