Resumo O câncer desencadeia reações orgânicas e emocionais, provocando sentimentos, desequilíbrios e conflitos internos. O estudo procurou identificar as percepções do paciente oncológico sobre o cuidado profissional recebido. Trata-se de estudo qualitativo, constituindo-se como uma possibilidade de reflexão acerca da assistência prestada a estes pacientes, sob a ótica de uma abordagem humanística. Participaram da pesquisa 25 pacientes adultos internados no setor de Oncologia de uma instituição pública, de ensino e de referência na área, localizada na Região Centro-Oeste do Brasil, junto aos quais se realizou entrevista semiestruturada, que teve seu roteiro avaliado por profissionais da área temática. Após a coleta dos dados, estes foram transcritos e sistematizados pelo Discurso do Sujeito Coletivo, sendo posteriormente confrontados com o relatório da Observação Sistemática Participante. Como resultados, o estudo identificou percepção positiva do usuário sobre o cuidado recebido, embora a prática profissional incorpore parcialmente as recomendações preconizadas pela Política Nacional de Humanização. Concluiu-se que é necessário investir esforços no intuito de potencializar a incorporação de condutas profissionais que priorizem o cuidado humanizado, pois sua ausência compromete a adesão terapêutica, fragiliza o paciente, acarretando impactos emocionais no indivíduo.
Resumo Introdução O modelo tradicional de formação em saúde hegemônico e tecnicista limita as respostas às demandas atuais do Sistema Único de Saúde (SUS). Para superar essas fragilidades, a integração ensino-serviço-comunidade (IESC) e as metodologias ativas (MAs) se apresentam como estratégias de reorientação da formação profissional. Objetivo Este estudo analisou as percepções de estudantes de Odontologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) acerca das práticas pedagógicas à luz das MAs e da IESC no e para o SUS. Método Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada entre 2012 e 2013, com 73 estudantes que estavam matriculados e cursando a disciplina de Estágio Obrigatório de Odontologia em Saúde Coletiva II (EOOSC II). O convite para participar da pesquisa foi feito após o encerramento da disciplina, quando as notas já haviam sido lançadas. Utilizou-se de um roteiro contendo questões norteadoras, que versavam sobre a opinião dos estudantes acerca: (1) da disciplina; (2) das potencialidades e fragilidades da metodologia de ensino-aprendizagem utilizada e das unidades de saúde frequentadas; e (3) da intenção de, após a formatura, trabalhar no SUS/Estratégia Saúde da Família. Após a coleta, os dados foram transcritos, e, na sequência, foi processado o discurso do sujeito coletivo (DSC). Resultados A IESC, articulada com as MAs, propiciou aos estudantes conectar teoria e prática, integrada à realidade do SUS. Conclusão Os participantes da pesquisa relataram a relevância da educação permanente em saúde e as dificuldades/potencialidades da utilização de MAs integradas à IESC na formação profissional, apontando o SUS como real possibilidade de trabalho ao se formarem.
Resumo Esta revisão de literatura objetivou analisar a produção acerca dos cuidados paliativos e da formação de profissionais da saúde durante a graduação. Foi realizada revisão integrativa de literatura na base Periódicos Capes, com os descritores “cuidados paliativos” e “ensino”, apenas em português, dos últimos cinco anos. Dos 61 artigos encontrados, após filtros e leitura de título e resumo, foram selecionados dez. Constatou-se que as grades curriculares da maioria dos cursos de saúde não incluem o ensino dos cuidados paliativos, ocasionando despreparo teórico, prático e psicológico. Evidenciou-se o papel fundamental que a filosofia e a bioética têm na formação dos profissionais de saúde, como indutoras de condutas profissionais mais éticas, adequadas e humanas. A dinâmica teoria-prática foi a mais sugerida como forma de inserir adequadamente os cuidados paliativos no processo de formação dos cursos de saúde.
Background Congenital syphilis (CS) is a problem of great concern for public health, especially in Brazil. The aim of this study was to analyse the time trends and the space–time dynamics of morbidity and mortality from CS in Brazil. Methods An ecological and time series study, which included all cases and deaths from CS recorded in a national Brazilian database from 2013 to 2019 was performed. Time trends in CS incidence and mortality were assessed using segmented linear regression. Univariate global and local Moran indices and space–time scan statistics were used in the space and space–time analyses. Results A total of 183 171 cases and 2401 deaths from CS were recorded in Brazil, with the highest number of cases being observed in the Southeast Region (n=82 612 [45.1%]). Only 21.1% of pregnant mothers with syphilis received adequate treatment. There was an upward trend in CS rates among mothers ages 20–29 y (average annual percent change [AAPC] 1.4 [95% confidence interval {CI} 1.0 to 1.7]) and with <8 y of schooling (AAPC 6.6 [95% CI 5.3 to 7.9]). The primary space–time cluster involved 338 municipalities in the Southeast Region (relative risk 3.06, p<0.001) and occurred between 2017 and 2019. Conclusions To reduce the trends in CS rates, it is necessary to develop actions to improve the quality of prenatal care and expand early diagnosis and adequate treatment of syphilis in pregnant women and their sexual partners, especially in groups with upward trends (mothers ages 20–29 y and <8 y of schooling) and living in higher-risk regions (Southeast, North and Northeast).
O presente artigo trata-se de uma revisão de literatura integrativa que tem como objetivo responder à questão “quais são os fatores envolvidos na vivência da sexualidade em pessoas com HIV/Aids?”. Para isto foi utilizado como base de dados de pesquisa LILACS e BVS, os descritores em saúde (DeCS) sexualidade and HIV and Aids, considerando as publicações em português dos últimos cinco anos. A busca resultou em 64 artigos, que após analisados e excluídos aqueles que não atendiam os requisitos, foram selecionados 8 artigos que correspondiam ao objetivo, sendo lidos e analisados na integra. A discussão agrupou formas de vivência da sexualidade a partir do HIV/Aids de diferentes grupos, em relação a sexo e faixa etária e foi dividida em três etapas: 1 – Vivência da sexualidade diante do HIV por mulheres; 2 – Vivência da sexualidade diante do HIV de homens que fazem sexo com homens (HSH); e por último 3 – Vivência da sexualidade diante do HIV: da adolescência à terceira idade. Concluiu-se que a pessoa que vive com HIV/Aids (PVHA) experimentam nas suas vivências em razão da sexualidade, o estigma e preconceito. Estes produzem sentimentos de culpabilidade e medo em duas perspectivas: em relação a infectar terceiros e de abandono e exclusão após revelação do diagnóstico.
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