Introdução: os motivos que levam o usuário da Estratégia de Saúde da Família a comparecer ou não às consultas médicas programadas precisam ser conhecidos devido ao impacto negativo que as faltas podem causar no serviço de saúde, inclusive de caráter financeiro e no cuidado do usuário. Objetivo: conhecer o motivo e a percepção do usuário quanto à importância de comparecer às consultas agendadas, identificando as razões para o não comparecimento. Métodos: pesquisa quanti-qualitativa, com quantificação de faltosos em duas equipes do Centro de Saúde Escola no período de seis meses e entrevista semiestruturada com 22 pacientes que faltaram ou não às consultas médicas agendadas. Resultados: foi identificado um percentual de faltas de 48,9% no período estudado. O principal motivo para agendamento das consultas dos usuários foi o acompanhamento de sua saúde, o que pode ter diversas interpretações por parte dos profissionais de saúde e dos pacientes. Entre os motivos citados para as faltas às consultas, destacaram-se o esquecimento assim como o agendamento em horários inoportunos. Alguns ruídos na comunicação entre os usuários com a Unidade de Saúde também foram identificados, como a impossibilidade de cancelamento do encontro sem que o usuário compareça ao serviço. Conclusões: o estudo permitiu a identificação de aspectos relacionados à organização do serviço de saúde e ao usuário que interferem na assiduidade, assim como das propostas que podem melhorar o comparecimento às consultas médicas tais como diversificar as formas de agendamento, contato telefônico prévio, escutar o usuário, entre outros.
Resumo Este artigo discute e promove inquietações à luz da repercussão dos 40 anos da Declaração de Alma-Ata e também da Declaração de Astana, discutindo os possíveis impactos na formação em Medicina de Família e Comunidade, segundo o olhar de 2 Programas de Residência de 3 instituições públicas: a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz. Estes estão inseridos em um contexto histórico e social, entre o mundo do trabalho, as políticas públicas, os organismos internacionais, a população e os sujeitos envolvidos na construção, manutenção e consolidação da Atenção Primária no Brasil. Assim, em um breve resgate histórico, contextualizamos qual Atenção Primária era cenário de prática e para onde, possivelmente, estaríamos nos deslocando. Conclui que a garantia do Direito à Saúde, estaria ameaçada pelo conceito de Cobertura Universal, preconizado pela Declaração de Astana; o que provoca importantes discussões: garantia de ofertas de serviços providos pelo estado, defesa da equidade e integralidade das ações. Reafirmação sobre o risco de gerar desigualdade ao se criar múltiplas ofertas de serviços para diferentes segmentos da população, reiteração sobre a importância do acesso às Unidades de Saúde, valorização da territorialização.
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