RESUMO: A sub-região da Zona da Mata nordestina possui grande importância no contexto nacional, foi neste setor que se iniciou a colonização brasileira, além dos primeiros ciclos econômicos. Esta é uma das sub-regiões densamente mais povoadas do Brasil (IBGE, 2010), nesta, encontram-se seis das nove capitais nordestinas, além de importantes polos industriais, tais como o Polo Industrial de Camaçari e o Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (mais conhecido como porto de Suape). É uma área que apresenta altos índices de pluviosidade, sendo uma característica marcante. Diante disto, este trabalho busca contribuir com a compreensão da climatologia da Zona da Mata por analisar a variação espaço-temporal das chuvas, identificar Anos considerados Padrão para futuras análises, além de relacionar os eventos ENOS e dipolo positivo/Negativo com os totais pluviométricos das estações meteorológicas presentes neste território, revestindo-se assim, de grande importância devido à inexistência deste tipo de análise aplicada à Zona da Mata. Para isto, foram utilizados dados de pluviosidade de 12 estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) durante o período de 1995 – 2016. Para a classificação dos totais pluviométricos anuais utilizou-se a técnica dos quantis que se mostrou bastante apropriada. Como resultado, destaca-se que a pesquisa evidenciou o quanto é forte a relação existente entre a pluviosidade na Zona da Mata e a ocorrência do ENOS. Com respeito à ocorrência dos dipolos, observou-se que nem todos os anos em que ocorreu dipolo positivo, a pluviosidade foi baixa no Norte da Zona da Mata, quanto ao dipolo negativo, foram poucos os anos (4 anos) em que este fenômeno ocorreu ao longo da série analisada, destes, em apenas um, houve Dipolo negativo sem interferência dos fenômenos do Pacifico. Quantos aos Anos Padrão, o ano 2016 foi considerado o Ano Padrão muito seco, 2002 foi o ano mais representativo para a categoria normal e o ano 2000 foi considerado o Ano Padrão muito chuvoso.
Este artigo busca analisar os eventos extremos ocorridos nos dias 16 e 17 de abril de 2016, sua gênese e suas repercussões no espaço urbano na cidade de João Pessoa-PB. A materialização deste trabalho se deve à excepcionalidade destes eventos, uma vez que, até o presente momento, a cidade estudada não havia registrado a ocorrência de dois eventos pluviométricos extremos consecutivos acima de 100 mm/dia na série de dados analisada (1981 a junho de 2016). Os resultados demonstraram que estes eventos ocorreram devido à atuação de uma forte Onda de Leste, incomum para este período do ano, esta foi desencadeada devido a distúrbios no campo dos alísios. Registraram-se os seguintes danos relacionados a este evento: desabamento, pessoas feridas, interrupção dos semáforos, interrupção da energia elétrica, alagamentos e outros. Os dados também revelaram que entre 2010 a junho de 2016, registrou-se 14 eventos, mais do que em qualquer outro período investigado. Observou-se que os eventos diários extremos que ocorriam comumente nos meses da estação chuvosa, passam também a ocorrer nos meses da pré-estação chuvosa a partir da década de 2000.
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