ResumoNesse trabalho apresenta-se uma análise das ocorrências de desastres naturais de ordem hidrológica e meteorológica por estado da Federação e por municípios que integram a região Nordeste do Brasil. Na análise foram considerados aqueles desastres oficialmente reconhecidos por decretos de Estado de Calamidade Pública -ECP entre os anos de 2003 a 2015. As informações sobre as ocorrências dos desastres foram levantadas na página do site do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil -SINPDEC do Ministério da Integração Nacional. O Nordeste é a região do país com maior número de desastres naturais reconhecidos por decretos de ECP. Os reconhecimentos por decretos de ECP na região são vinculados a desastres de ordem climática (estiagem e seca) e hidrometeorológica (inundações graduais, enxurradas e chuvas intensas). Um total de 111 ocorrências de desastres hidrometeorológicos foi registrado, esse número corresponde a 43,7% das 254 ocorrências de desastres naturais reconhecidos por ECP na região. Quanto ao tipo de desastre hidrometeorológico, constatou-se uma maior frequência de enxurradas ou inundações bruscas. Esse tipo de desastre foi mais frequente nos municípios situados na Zona da Mata dos estados de Pernambuco e Alagoas. Esses municípios, em sua maioria, se localizam nos vales dos rios Una e Mundaú, regiões geográficas que historicamente, mais por conta da cultura canavieira, denunciam na forma de desastres naturais a vulnerabilidade socioambiental de seus territórios.Palavras-chave: Desastres Naturais, Decretos de Reconhecimento, Região Nordeste.
DGEOC/UFPB -Univ Fed da Paraíba LIMA, Joab de Oliveira -joab@de.ufpb.br DE/UFPB -Univ Fed da Paraíba RESUMO. Elementos climáticos em regiões tropicais, principalmente a pluviosidade, se mostram como insumos essenciais para a produtividade agrícola. Nessa perspectiva, esse trabalho tem por objetivo analisar a variabilidade da série temporal de chuvas como subsídio para o planejamento agrícola no município de Caicó/RN. A investigação apoiou-se na abordagem dinâmica do clima, tendo como procedimento metodológico a análise rítmica. A partir da análise dos dados, pôde ser verificada a complexidade da variação anual, sazonal e a tendência de previsão linear das chuvas na área estudada e os possíveis impactos à agricultura. Palavras chaves:Variabilidade; Precipitação Pluviométrica; Ritmo Climático; Caicó/RN. RAINFALL VARIABILITY ANALYSIS AS SUPPORT FOR AGRICULTURAL PLANNING IN CAICÓ/RNABSTRACT. Climatic elements in tropical regions, especially rainfall, appear as essential inputs for agricultural productivity. From this perspective, this work aims at analyzing the variability of rainfall temporal series as a support for agricultural planning in the town of Caico/RN. The research rested on the climate dynamic approach, having as methodological orientation the rhythmic analysis. From the data analysis, it was possible to verify the complexity of annual and seasonal variation and the linear forecasting trend of rainfall in the area studied and the possible impacts to agriculture. Key words: Variability; Rainfall; Climate Rhythm; Caicó/RN. INTRODUÇÃOA precipitação pluviométrica é reconhecida como uma variável climatológica importante na região semiárida do Brasil, devido principalmente a irregularidade na sua distribuição temporal e espacial, sendo reconhecida como um dos fatores limitantes ao maior desenvolvimento e a estabilização da produção agrícola (MORAES, 2005). O clima e as condições atmosféricas podem influenciar a produção e a produtividade agrícola, a qual é fortemente dependente das condições climáticas, uma vez que os organismos vegetais expostos às condições hídrico-energéticas necessárias ao desenvolvimento de seus ciclos, desde o plantio perpassando ao florescimento, frutificação e colheita, permitem um maior rendimento agrícola, (BALDO et al., 2001). No caso do Brasil, essa dependência das condições pluviais é particularmente sentida na Região Nordeste, em sua porção semiárida. Esse pedaço do território nordestino é formado por um conjunto de espaços que se caracterizam pelo balanço hídrico negativo, resultantes das precipitações médias anuais inferiores a 800 mm, insolação média de 2.800h/ano, temperaturas médias anuais que variam de 23ºC a 27ºC, evaporação de 2.000mm/ano e umidade relativa do ar média em torno de 50% (BRITO et al., 2007). De acordo com Antonino (2000), a água no semiárido nordestino é um dos fatores limitantes mais importantes à obtenção de elevadas produtividades agrícolas, principalmente por causa da extrema variabilidade das condições climáticas, fazendo com que em alguns anos o supri...
O presente texto trata de uma análise dos campos, métodos e técnicas empregados nos estudos de clima urbano desenvolvidos na região Nordeste do Brasil à medida que também traça reflexões sobre aplicabilidade dessas pesquisas no planejamento e gestão urbana nas cidades. Os campos de investigação do Sistema Clima Urbano de Monteiro (1976) serviram como estratégia de classificação para análise da produção científica. A consolidação dos estudos de clima urbano no Nordeste só ocorreu depois do ano 2000, tal ocorrência é fruto do fortalecimento da Pós-Graduação na região, que se amplia consideravelmente, principalmente em nível de doutorado. Constatou-se o predomínio de estudos sob o enfoque do campo térmico, os quais se deram na forma de episódios experimentais em campo, com escala predominantemente microclimática e com coletas horárias em pontos fixos no espaço urbano. Apesar do volume e da qualidade dos estudos contata-se a escassa aplicação dos mesmos nos planos de gestão urbana das cidades do Nordeste.
RESUMO: A sub-região da Zona da Mata nordestina possui grande importância no contexto nacional, foi neste setor que se iniciou a colonização brasileira, além dos primeiros ciclos econômicos. Esta é uma das sub-regiões densamente mais povoadas do Brasil (IBGE, 2010), nesta, encontram-se seis das nove capitais nordestinas, além de importantes polos industriais, tais como o Polo Industrial de Camaçari e o Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (mais conhecido como porto de Suape). É uma área que apresenta altos índices de pluviosidade, sendo uma característica marcante. Diante disto, este trabalho busca contribuir com a compreensão da climatologia da Zona da Mata por analisar a variação espaço-temporal das chuvas, identificar Anos considerados Padrão para futuras análises, além de relacionar os eventos ENOS e dipolo positivo/Negativo com os totais pluviométricos das estações meteorológicas presentes neste território, revestindo-se assim, de grande importância devido à inexistência deste tipo de análise aplicada à Zona da Mata. Para isto, foram utilizados dados de pluviosidade de 12 estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) durante o período de 1995 – 2016. Para a classificação dos totais pluviométricos anuais utilizou-se a técnica dos quantis que se mostrou bastante apropriada. Como resultado, destaca-se que a pesquisa evidenciou o quanto é forte a relação existente entre a pluviosidade na Zona da Mata e a ocorrência do ENOS. Com respeito à ocorrência dos dipolos, observou-se que nem todos os anos em que ocorreu dipolo positivo, a pluviosidade foi baixa no Norte da Zona da Mata, quanto ao dipolo negativo, foram poucos os anos (4 anos) em que este fenômeno ocorreu ao longo da série analisada, destes, em apenas um, houve Dipolo negativo sem interferência dos fenômenos do Pacifico. Quantos aos Anos Padrão, o ano 2016 foi considerado o Ano Padrão muito seco, 2002 foi o ano mais representativo para a categoria normal e o ano 2000 foi considerado o Ano Padrão muito chuvoso.
O objetivo do trabalho se constitui em caracterizar o clima produzido pela cidade de Fortaleza, sob o nível termodinâmico do S.C.U. (MONTEIRO, 1976) numa dimensão linear tendo como referência doze pontos experimentais representativos da realidade urbana. Para isso, houve a realização de dois experimentos de regimes sazonais diferenciados com registros horários e simultâneos em perfis de 24 horas (07 às 06 horas). O primeiro experimento realizado no outono austral, período da quadra chuvosa na região, nos dias 04 e 05/05/2007, e o segundo na primavera, período da quadra seca, nos dias 09 e 10/11/2007. Os resultados encontrados seguem o ritmo da habitualidade climática dos episódios sazonais analisados, sendo os sistemas de circulação atmosférica fatores determinantes no comportamento térmico da cidade. A pesquisa identificou que as ilhas de calor em Fortaleza podem ultrapassar o valor de 5ºC, e ocorrem com maior freqüência e intensidade no período diurno, entre as 07 e 15 horas. As espacializações das ilhas de calor se concentraram nos setores sudoeste, oeste, noroeste e porção central da cidade.
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