RESUMONa vigilância das populações expostas a agrotóxicos, é relevante o protagonismo da rede nacional de centros de informação e assistência toxicológica para produção de dados confiáveis sobre as intoxicações. O objetivo do estudo foi caracterizar as intoxicações por agrotóxicos reportadas a um centro de assistência toxicológica do Paraná, por meio de análise retrospectiva de fichas epidemiológicas de Ocorrência Toxicológica de 1240 indivíduos com diagnóstico médico de intoxicação aguda ou crônica por agrotóxicos, registrados no período de 2003 a 2011. Foram verificados sexo e idade das vítimas, classificação química dos agrotóxicos, e circunstância, gravidade e desfecho dos eventos. Os dados foram tabulados em planilha no Software Excel 2007 e analisados por estatística descritiva simples. A média foi de 138 intoxicações/ano. O perfil das intoxicações apontou predomínio do sexo masculino e em idade produtiva; destaque para as profissões agrícolas e a presença de trabalho infantil e do idoso; alta incidência de intoxicação por inseticidas inibidores das colinesterases e maioria dos casos notificados por unidades hospitalares; maior percentual de intoxicações e óbitos na circunstância intencional; e maior proporção de cura. No entanto, elevadas taxas de internação em terapia intensiva e a letalidade indicaram gravidade dos casos.Palavras-chave: Envenenamento. Praguicidas. Notificação de doenças.
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