O artigo trata da análise da música “Belém-Pará-Brasil”, da Banda Mosaico de Ravena, composta por Edmar da Rocha, com o objetivo de trazer possibilidades à discussão socioambiental crítica no âmbito escolar, precisamente no desvelamento das “marcas” da colonialidade presentes na referida canção. Recorremos à análise de conteúdo, de base temática, para desvelamento dessas marcas. A canção, aqui tida como objeto de estudo, apresenta um “desabafo” na forma de crítica socioambiental aos eventos que ainda insistem em ocorrer na Amazônia. Basicamente três categorias analíticas são apresentadas: aquelas que tratam da exploração dos recursos naturais, dos estereótipos criados sobre a região amazônica e os amazônidas e, por fim, a incorporação das culturas alienígenas pelos habitantes da região. Tais aspectos constituem-se resultados da dominação colonial, ainda hoje presente enquanto processo de colonialismo continuado. A música em questão, quando da sua utilização em sala de aula, pode se constituir prática decolonial, com potencial pedagógico para a construção de uma outra visão da Amazônia, diferente do olhar eurocêntrico.

Este estudo é integrante do subprojeto “Formação inicial de professores que ensinam matemática por meio de residência pedagógica em práticas de numeracia em escolas públicas de Belém-PA”, do Programa Residência Pedagógica, Edital N.º 01/2020, componente curricular de matemática, do Instituto de Educação Matemática e Científica, vinculado ao curso de Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens da Universidade Federal do Pará. Apresenta como objetivo relatar e analisar a proposição e implementação de uma sequência de atividades sobre frações com turmas do 6˚ ano do ensino fundamental da Escola de Aplicação da UFPA. Metodologicamente, trata-se de um estudo com enfoque qualitativo, desenvolvido nas seguintes etapas: estudos teóricos sobre frações, diagnóstico dos níveis de aprendizagem dos alunos das turmas do 6˚ ano, elaboração de sequência de atividades, implementação dessa sequência, disponibilização de formulários eletrônicos sobre o uso dos aplicativos e aprendizagens sobre frações pelos alunos e análise do material constituído. Das respostas dadas aos formulários, é possível inferir que o uso desses aplicativos permitiu a compreensão de aspectos do conteúdo de frações de forma lúdica. Dos aprendizados, consideramos que esta prática pode ser incorporada tanto no ensino remoto quanto no presencial para mobilizar aprendizagens com significado.

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