O artigo trata da análise da música “Belém-Pará-Brasil”, da Banda Mosaico de Ravena, composta por Edmar da Rocha, com o objetivo de trazer possibilidades à discussão socioambiental crítica no âmbito escolar, precisamente no desvelamento das “marcas” da colonialidade presentes na referida canção. Recorremos à análise de conteúdo, de base temática, para desvelamento dessas marcas. A canção, aqui tida como objeto de estudo, apresenta um “desabafo” na forma de crítica socioambiental aos eventos que ainda insistem em ocorrer na Amazônia. Basicamente três categorias analíticas são apresentadas: aquelas que tratam da exploração dos recursos naturais, dos estereótipos criados sobre a região amazônica e os amazônidas e, por fim, a incorporação das culturas alienígenas pelos habitantes da região. Tais aspectos constituem-se resultados da dominação colonial, ainda hoje presente enquanto processo de colonialismo continuado. A música em questão, quando da sua utilização em sala de aula, pode se constituir prática decolonial, com potencial pedagógico para a construção de uma outra visão da Amazônia, diferente do olhar eurocêntrico.
Este trabalho discute resultados de um conjunto de pesquisas sobre os principais desafios enfrentados na formação inicial de professores de ciências e matemática, presentes em dissertações e teses de 2010 a 2019, que revelam a valorização da pesquisa com foco na área disciplinar sem articulação com as questões pedagógicas e a predominância da racionalidade técnica nos métodos de ensino utilizados pelos professores formadores. Os dados foram interpretados e analisados à luz da Teoria Sociológica de Bourdieu, em especial os conceitos de campo e habitus, o que permitiu a compreensão da importância da pesquisa, a valorização das disciplinas específicas e a presença marcante da racionalidade técnica nos cursos de licenciatura investigados. Os resultados apontam as fragilidades formativas nas licenciaturas em ciências e matemática e o papel estratégico do formador de professor. As práticas pedagógicas dos formadores de professores ainda mantêm um distanciamento entre o campo de atuação e o campo de formação e entre as disciplinas específicas e pedagógicas.
Este trabalho objetiva identificar convergências nas teorias de Jürgen Habermas e Paulo Freire que constituem contribuições para a prática educativa. Os referidos autores apresentam aproximações que nos ajudam a perceber a racionalidade instrumental, que ainda hoje persiste na prática educativa. O excesso de racionalidade instrumental denunciado por Habermas e Freire demonstra o valor e a atualidade das ideias dos autores para a educação. Habermas propõe a razão comunicativa, trazendo o potencial da linguagem voltado ao entendimento intersubjetivo no agir comunicativo. Freire, por sua vez, opõe-se à educação bancária, que é por si mesma a personificação da racionalidade instrumental. Como alternativa à educação bancária, Freire nos apresenta a educação libertadora. As afinidades de pensamentos entre esses teóricos estão na intersubjetividade, na proposição e na exploração de uma concepção dialógico-comunicativa da razão, em que o diálogo se apresentada como mediador. Assim, as convergências teóricas percebidas entre Habermas e Freire, com relação às oposições e ao enfrentamento da razão instrumental, expressam relevantes contribuições para a educação.
Este artigo discute a avaliação docente destacando a vinculação das políticas avaliativas educacionais com os interesses de mercado segundo a lógica capitalista. Nesse sentido, evidencia-se as contradições presentes na perspectiva de desvelar os viéses ideológicos do processo, como por exemplo, o interesse pelo professor, que camufla a intenção de preparar este profissional para contribuir com o ajuste da educação às exigências do capital. Metodologicamente, este artigo faz uma análise sistêmica da avaliação docente a partir de uma sistemática revisão bibliográfica e de reflexões das autoras. Constatamos que as políticas para os professores estão inseridas num conjunto de reformas mediadas por organismos internacionais, as quais fazem parte do processo de globalização da educação e da redefinição das políticas educativas.
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