Este artigo tem como objetivo avaliar a dependência espacial da criminalidade nos municípios do estado do Paraná no ano de 2015, bem como seus possíveis determinantes. A taxa de homicídios por agressões é utilizada como proxy para a criminalidade e para identificar seus determinantes, são coletadas variáveis socioeconômicas e demográficas em que as fontes principais são os dados do IBGE, DATASUS e Ipardes. Para a análise empírica, utilizam-se técnicas de econometria espacial como a Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) e modelos econométricos espaciais. Os resultados encontrados indicam que a taxa de homicídios nos municípios paranaenses não é distribuída aleatoriamente no espaço, sendo possível identificar clusters do tipo Alto-Alto na região Sul do estado, mais precisamente na região metropolitana de Curitiba. Por meio dos modelos de defasagem do termo de erro (SEM) e modelo Durbin espacial do erro (SDEM) identificou-se que a taxa de homicídios sofre influência das variáveis densidade demográfica, coeficiente de Gini, taxa de desemprego, proporção de jovens do sexo masculino, proporção de lares cujas mães são chefes de família e proporção de estudantes com atraso escolar.
Resumo A insatisfação com a imagem corporal é considerada uma variável relevante na compreensão da saúde mental dos adolescentes. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar o impacto dessa insatisfação sobre variáveis associadas à saúde mental dos estudantes brasileiros matriculados no 9º ano. Para isso, utilizou-se os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015 e a metodologia empregada baseou-se no Propensity Score Matching (PSM). Os resultados apontaram que a insatisfação com o próprio corpo tem impacto sobre a saúde mental dos adolescentes, apresentando efeito positivo na probabilidade de o estudante reportar sentimento frequente de solidão, relatar insônia por motivo de preocupação e ter dificuldade de socialização. Esse impacto foi crescente conforme o grau de insatisfação com a imagem corporal, sendo as meninas mais afetadas do que os meninos. Assim, verifica-se a importância da elaboração de estratégias visando reduzir a insatisfação corporal entre os adolescentes contribuindo para o aumento do bem-estar desse público frente as diferenças corporais existentes.
Resumo O objetivo deste artigo é analisar o impacto da obesidade adulta de homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro e nos rendimentos salariais. A base teórica corresponde ao modelo de Grossman e são utilizados os microdados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. Como metodologia, são usados os modelos Probit e Heckit e o método Propensity Score Matching (PSM). Evidenciou-se associação negativa entre obesidade e a participação no mercado de trabalho e nos salários apenas para as mulheres. Considerando os resultados do PSM, houve a confirmação que ser obeso exerce impacto negativo para as mulheres participarem desse mercado e buscarem maiores rendimentos, já para os homens, esse efeito é positivo. Ações mais efetivas de prevenção à obesidade adulta e redução na desigualdade de gênero devem ser adotadas, pois essa doença crônica gera ônus socioeconômico, especialmente, para trabalhadores do sexo feminino.
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